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quinta-feira, 31 de março de 2011

Sole survivor / Um sobrevivente

A shortage of helmets in Phnom Penh, Cambodia. In the case of an accident a sole survivor, at least, is guaranteed...



Escassez de capacetes em Phnom Penh, Camboja. Em caso de acidente, pelo menos um sobrevivente, no mínimo, é garantido...

Goa

Agonda Beach, Goa (Former Portuguese colony, India)


A Praia Agonda, em Goa, Índia, ex-colônia portuguesa (Goa, não a Índia inteira), como nóis, brazucas.



Janus

A lua Janus de Saturno obscurece parte do anel A do planeta quando a nave-sonda Cassini olha em direção aos aneis principais e ao fino  anel F. Janus (179 quilômetros de diâmetro) aparece como uma forma oval escura à esquerda do centro da imagem.

Uma estrela também pode ser vista à direita da imagem, para além do anel F. Esta visão mira a direção norte, o lado ensolarado do aneis logo acima do plano dos aneis.

A imagem foi obtida em luz visível com a câmera de ângulo estreito da Cassini em 21 de janeiro de 2011. A visão foi obtida a uma distância de aproximadamente 2,6 milhões de quilômetros de Janus.


Saturn's moon Janus obscures part of the planet's A ring as the Cassini spacecraft looks toward the main rings and the thin F ring. Janus (179 kilometres, or 111 miles across) appears as a dark oval to the left of the centre of the image.

A star can also be seen on the right of the image, beyond the thin F ring. This view looks toward the northern, sunlit side of the rings from just above the ringplane.

The image was taken in visible light with the Cassini spacecraft narrow-angle camera on January 21, 2011. The view was acquired at a distance of approximately 2.6 million kilometres (1.6 million miles) from Janus.

A supernova Tycho / Tycho Supernova

Aparentando um buquê de flores do Dia das Mães, esta imagem provém de uma profundíssima observação do Observatório Orbital Chandra de Raois-X dos remanescentes da explosão da Supernova Tycho, na Via Láctea, produzido pela explosão de uma estrela anã branca em nossa galáxia.

Raios-X de baixa energia (vermelho) mostram os restos em expansão da explosão da Supernova, e raios-X de alta energia (azul) mostam a onda da explosão, uma concha de elétrons extremamente energéticos. Esses raios-X de alta energia mostram um padrão de "estrias" de raios-X nunca antes vistos em remanescentes de uma supernova.

Algumas das estrias mais brilhantes podem ser vistas do lado direito dos remanescentes apontando da borda exterior para o interior. Essas estrias podem fornecer a primeira evidência de que remanescentes de supernova podem acelerar partículas até energias mil vezes mais altas que as obtidas pelo mais poderoso acelerador da Terra, o Grande Colisor de Hádrons (LHC), em Genebra, Suíça.

Os resultados poderiam explicar como algumas das altamente energéticas partículas que bombardeiam a Terra são produzidas, chamadas raios cósmicos. Tycho é o nome dado em homenagem ao astrônomo holandês Tycho Brahe, que a viu, pela prmeira vez, em 1572.

Mil vezes mais altas que o LHC!! Provenientes de uma explosão ocorrida há quase 500 anos, uma ninharia em termos cósmicos, é verdade...


Looking like a Mother's Day bunch of flowers, this image comes from a very deep Chandra Orbiting X-Ray Observatory's observation of the Tycho supernova remnant in the Milky Way, produced by the explosion of a white dwarf star in our galaxy.

Low-energy X-rays (red) show expanding debris from the supernova explosion and high energy X-rays (blue) show the blast wave, a shell of extremely energetic electrons. These high-energy X-rays show a pattern of X-ray "stripes" never seen in a supernova remnant. Some of the brightest stripes can be seen on the right side of the remnant pointing from the outer rim to the interior.

 These stripes may provide the first evidence that supernova remnants can accelerate particles to energies a hundred times higher than achieved by the most powerful particle accelerator on Earth, the Large Hadron Collider.

 The results could explain how some of the extremely energetic particles bombarding the Earth, called cosmic rays, are produced. Tycho is named after a Danish astronomer who first observed it in 1572, Tycho Brahe.

One thousand times more than the LHC!! Coming from an explosion that happened almost 500 years ago. Nearly a briefness in cosmic terms, that's for sure...

Video: Belgium Libyan bombing mission / Caças belgas bombardeiam a Líbia

O Ministério da Defesa da Bélgica divulgou este vídeo do que diz ser seu primeiro bombardeio com caças F16 na Líbia.



Belgium's Ministry of Defence has released video of what it says is the first bombing mission carried out by Belgian F16s in Libya.



quarta-feira, 30 de março de 2011

Tassili n'Ajjer National Park

Esta imagem do Parque nacional Tassili n'Ajjer, na parte do Deserto do Saaara Desert que fica no sudeste da Algéria, foi feita através de múltiplas observações do satélite Landsat 7, utilizando uma combinção de infravermelho, próximo ao infravermelho e luz visível a fim de melhor distinguir entre os vários tipos de rochas.

A areia aparece em tons de amarelo e cobre. Rocha de granito em vermelho-tijolo. As áreas azuis são provavelmente sais.


This image of Tassili n'Ajjer National Park, in the Sahara Desert in southeastern Algeria, was made from multiple observations by the Landsat 7 satellite, using a combination of infrared, near-infrared and visible light to better distinguish between the various rock types.

Sand appears in shades of yellow and tan. Granite rocks appear brick red. Blue areas are likely salts. 

Aurora a 180 graus / 180-dregree aurora view

Usando uma lente olho de peixe (grande angular),  o fotógrafo  O Chul Kwon captou uma visão de 180 graus do céu quando as cortinas das Luzes do Norte (Aurora borealis) dançavam sobre Enodah Lodge, em Yellowknife, Canadá.

O Astrofotógrafo O Chul, 36, nascido na Coreia, disse: "Eu estava tirando fotos que uma aurora bem menor quando, subitamente, a aurora se tornou muito brilhante. Toda a paisagem nevada foi tingida com a cor verde fluorescente. Parecia o paraíso."


Using a fisheye lens, photographer O Chul Kwon captured a 180-degree view of the sky as curtains of northern lights danced in the sky above Enodah Lodge in Yellowknife, Canada.

Astrophotographer O Chul, 36, born in Korea, said: "I was taking shots of quite minor aurora when suddenly the aurora became very bright. The whole snowy landscape was dyed with fluorescent green colour. It was like a Wonderland."

Fukushima No.1 & 3


Esta foto aérea, tirada por um veículo não tripulado, mostra a usina nuclear da Tokyo Electric Power Co (TEPCO) Fukushima Nº 1. À esquerda está o reator nº 4 danificado, e à direita o também atingido reator nº 3.

This aerial view, taken by an unmanned aerial vehicle, shows Tokyo Electric Power Co (TEPCO) Fukushima No.1 nuclear power plant. At left is the damaged fourth reactor, while at right the damaged third reactor.

Lucky escape / Por um triz


Pierre Boursse e o passageiro Rick Cuerton escaparam com leves escoriações da queda de uma avião no Aeroporto Albert Whitted, em São Petersburgo, Flórida, EUA.
Boursse estava voando seu avião de guerra antigo modelo T-28 Warbird na cerimônia de abertura da corrida Honda Grand Prix, que seria no aeroporto quando tentava pousar, após reportar problemas mecânicos.
Após dirigir o avião em direção à pista de pouso, Boursse perdeu a pista e o avião se chocou contra as a´guas que circundam o aeroporto.
A Federal Aviation Administration e a National Transportation Safety Board estão investigando o acidente.




A pilot was fortunate to survive when he crashed into the sea during a Florida air show. 

Pierre Boursse and passenger Rick Cuerton escaped with only minor injuries after the crash at Albert Whitted Airport in St Petersburg, Florida, US.
Boursse had been flying his T-28 Warbird vintage aircraft as part of the opening ceremony for the Honda Grand Prix race being held at the airport when he tried to land after reporting mechanical difficulties.
After guiding the plane toward the runway Boursse fell just short of the runway and crashed into the water surrounding the airport.
The Federal Aviation Administration and National Transportation Safety Board are investigating the accident.













Ficha Limpa não pode ignorar Constituição



José Nêumanne


Cabe a Supremo tirar dúvidas para que cidadão possa decidir seu voto com segurança


É definitivamente lamentável que a onda de indignação despertada na sociedade brasileira pela votação do Supremo Tribunal Federal (STF) que adiou a vigência da Lei da Ficha Limpa para a eleição de 2012 não passe de um tsunami cívico inócuo. Pois não produzirá efeitos nem contra a corrupção do serviço público nem no fortalecimento da democracia.

Cai no vazio por dois motivos básicos e óbvios: a causa não é sólida e a mobilização é festiva e efervescente. Se esse tipo de ira coletiva se manifestasse na rejeição a outros malfeitos dos homens públicos, ele seria mais nobre, mais útil e mais efetivo. Desafinando mais uma vez o coro dos descontentes, aqui proponho uma reflexão retrospectiva e aprofundada para chegar à autêntica raiz de nossos problemas institucionais. E destes, mais grave do que a improbidade administrativa – que a lei condena, mas não alcança – é a impunidade generalizada.

O prestígio e a ineficácia da Lei da Ficha Limpa são frutos dos mesmos enganos. Um deles foi a tentação de tentar tornar a Constituição a panaceia universal, capaz de resolver as distorções sociais e curar as doenças crônicas de nossa organização política. Se se contém um paradoxo numa frase curta – do tipo “a lei é dura, mas é lei” –, o que dizer, então, da enxúndia produzida pelos constituintes ansiosos em corrigir a História do Brasil com boas intenções, que, como lembrava minha arguta avó, sempre terminam debaixo de sete palmos de terra em algum cemitério – daqueles que João Cabral retratou em seus poemas?

A Constituição de 1988 consagra, é claro, o princípio da probidade administrativa. Tal seria se não o celebrasse! Mas, ao mesmo tempo, garante a qualquer cidadão acusado de violá-lo o direito de se defender plenamente, o que implica uma plêiade de recursos, que, por sua vez, legitimam um sem-fim de chicanas e gambiarras. São tão complexas as engrenagens do Direito no Estado democrático que o fazem mover-se em direções opostas, tornando permanentemente necessária a interpretação de um Poder republicano, o Judiciário, para que a máquina não pare de funcionar. Um dispositivo constitucional obriga o mandatário público a ser honesto. Outro, logo adiante, lhe assegura o direito de percorrer os labirintos dos escaninhos da Justiça para ter sua eventual infração punida.

Falso, enganoso e nocivo pode ser o resultado final da tentativa de criar atalhos nesses caminhos tortuosos. Um dos enganos mais comuns resultantes dessa tentativa de atenuar a subida ao patíbulo foi cometido pelos constituintes quando venderam à sociedade a mentira sutil de que milhões de assinaturas de cidadãos comuns teriam mais legitimidade – e, portanto, mais força – do que as iniciativas rotineiras dos representantes escolhidos pela maioria do eleitorado. Na democracia representativa, a representação não deve ser trocada pela intervenção direta do representado. Um abaixo-assinado não pode substituir o exercício máximo de poder do povo, que é escolher seu representante diante da máquina de votar. Por isso, mesmo tendo cedido ao senso comum de aceitar as iniciativas ditas populares na atividade legislativa, os constituintes não tiveram como retirar do legislador a palavra final de aprovar, ou não, a proposta do eleitor que não se elegeu.

A Lei da Ficha Limpa não é melhor do que as outras só por ter sido originada numa mobilização popular e avalizada por milhões de assinaturas de pessoas que não legislam diretamente, mas o fazem de maneira indireta pela voz de representantes por elas escolhidas nas urnas. Ao contrário, como resulta de um benemérito, mas superficial, desejo de extinguir a corrupção, o que não pode ser feito por uma penada, consolidou uma série de providências de aparência sedutora, mas perigosas na vigência. Em suma, a lei é ambiciosa e mal feita, uma mistura fatídica de vontade de fazer o bem não importando a quem atingir.

É necessário o primado da probidade para o exercício do poder público, mas não convém sobrepô-lo a outros direitos da cidadania. Por exemplo: ninguém aceitaria que agora, no meio do campeonato estadual, a Federação Paulista de Futebol substituísse a fórmula que adotou (de um octogonal decisivo) para definir o campeão pelo sistema de pontos corridos, empregado no Brasileirão. Não se trata de decidir qual é o melhor sistema. Trata-se, isso sim, de partir do pressuposto insubstituível de não mudar uma regra no meio da competição. Se isso vale num torneio esportivo, como não valeria na mais importante disputa cívica, o processo em que o cidadão indica quem legislará e quem governará? Portanto, se o STF fez mal ao permitir que, em 2010, o eleitor votasse sem saber se poderia, ou não, eleger certo candidato, deixando em aberto a decisão sobre a validade da Lei da Ficha Limpa na eleição do ano passado, agiu bem ao dar primazia ao conceito da regra que não pode ser mudada e ao respeito à decisão do eleitor, no exercício do soberano direito de escolher quem o representa.

Agora a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) defende a necessidade de o STF se pronunciar de vez sobre dois pilares do Estado Democrático de Direito ameaçados pela pressa com que o abaixo-assinado dos faxineiros da República foi tornado lei pelos representantes do povo.

Um deles é o princípio de que nenhuma norma legal pode retroagir. A Justiça precisa, de fato, dizer ao eleitor se este terá garantido o direito, nos próximos pleitos, de votar em alguém que tenha sido condenado por improbidade antes da promulgação da lei, em 2009.

Outra questão fundamental a ser avaliada pela última instância judiciária é a negação pela Lei da Ficha Limpa da presunção de inocência concedida a quem não houver tido a condenação passada em julgado, ou seja, reconhecida em todas as instâncias do Poder Judiciário. Aqui está em jogo o célebre conceito da dúvida a favor do réu (in dubio pro reo). A obrigação do STF é dirimir a questão antes de o eleitor ter de tomar a decisão.

Jornalista e escritor, é editorialista do Jornal da Tarde.

terça-feira, 29 de março de 2011

War from above / A guerra vista do alto

Uma imagem obtida pelo satélite IKONOS da GeoEye mostra aviões militares queimando na pista de pouso de uma base aérea em Misrata, Líbia.


An image taken by GeoEye's IKONOS satellite shows military aircraft burning on the runway of an airfield in Misrata, Libya.

Trapped in water / Preso na água


Presa numa perfeita e minúscula esfera de água, esta azarada formiga não consegue escapar. Um súbito aguaceiro não lhe deu tempo para se proteger, e o fotógrafo Adam Gormley estava lá para clicar a imagem. Adam, de Noosaville, Queensland, Austrália, estava fotografando aranhas no jardim de seu vizinho quando a chuva começou a cair. Ele não fazia  ideia de que havia uma formiga em uma das gotículas de três milímetros até ver as  imagens mais tarde.

Ele disse: "Eu pensei que fosse alguma sujeira lá dentro, e não estava em meu foco principal, Eu gostei do jeito que a gota pousou sobre a folha de Aloe-vera, com os finos pêlos. Quando eu passei as fotos para meu computador, vi a imagem grande, e gritei de alegria quando me dei conta de que a captei por acaso!"

Trapped in a tiny perfect sphere of water, this unlucky ant is unable to escape. A sudden downpour gave it no time to take cover, and photographer Adam Gormley was there to snap the image. Adam, from Noosaville, Queensland, Australia, had been photographing spiders in his neighbour's garden when the rain came down. He had no idea there was an ant in one of the three millimetre droplets until he viewed the images later.

He said: "I thought it was some dirt inside the drop, and it was not my main focus, I liked the way the drop was sitting on the Aloe-vera leaf, with the tiny hairs. When I uploaded the shot to my PC, I viewed it large, and I think I shouted out loud in excitement when I realised what I'd captured by accident!"

French 'Spiderman' begins scaling world's tallest bldg / O Homem-Aranha Francês começa a escalar o maior prédio do mundo

Usando cordas e um arreio, o destemido inciou sua subida pela lateral externa da mais alta torre do mundo, que tem mais de 800 metros de altura.

Embora o francês já tenha escalado a Torre Eiffel Tower em Paris,  a Petronas Tower, na Malaysia e o mais alto prédio da China, ele disse que o reluzente Burj Khalifa foi seu maior desafio, até agora. Robert disse: "Há uma enorme pressão sobre mim, porque eu sei que eles instalaram tudo aqui para mim; isso é para mim.

"Há uma gigantesca tela, com 50 metros de altura e 30 metros de comprimento. Eu sei que todos estarão me observando, então há um pouco, ou melhor, muito estresse."


Using ropes and a harness, the daredevil started to pull his way up the side of the world's highest tower, which stands at a staggering 2,717 foot tall.

Although the Frenchman has climbed the likes of the Eiffel Tower in Paris, Malaysia's Petronas Towers and China's tallest building, he said that the gleaming Burj Khalifa as his greatest challenge yet.

Robert said: "There is huge pressure on me because I know that they have installed everything there; this is for me. "There is a giant screen; 50 metres high, 30 metres long. I know everybody is going to look at me so it's a bit of, a lot of, stress in fact." 





Alain Robert rides again / Alain Robert está de volta

Alain Robert, o escalador de prédio francês apelidado Homem Aranha, sobe, pelo lado de fora o mais alto edifício do mundo, com 828 metros, chamado Burj Khalifa, em Dubai. Ele completou a façanha em apenas seis horas.


Alain Robert, the French climber known as Spiderman, climbs the world's tallest building, the 2,717 foot-tall (828 metre) Burj Khalifa in Dubai. His feat took just over six hours.

A Zona da Morte / Killing Zone



http://www.rollingstone.com/politics/photos/death-zone-20110327

O videoclipe apresentado aqui é parte de um todo intitulado 'Death Zone,' ("Zona da Morte")  um vídeo impressionate feito e compartilhado por membros do “kill team” de soldados americanos que assassinaram civis afegãos e mutilaram seu corpos. Psicopatas, sem dúvida.

Feita com o processo de imageamento térmico, a filmagem granulada mostra dois afegãos suspeitos de ter plantado um IED (Dispositivo Explosivo Improvisado), sendo explodidos durante um ataque aéreo.

Cenas do  ataque foram editadas em vídeo musicado de 15 minutos, completo com uma trilha sonora de rock e um cartaz com o título. Este clip do vídeo pega pouco antes do início do ataque aéreo, acompanhado da música “En Vie” do Apocalyptica, uma  banda de cello (violoncelo) rock de Helsinki, Finlândia.

O vídeo termina com macabras imagens congeladas dos mortos, seguido dos créditos no fechamento. Foi passado de soldado para soldado por pendrives e HDs, o macabro vídeo aquivado com clips de shows de TV, lutas e filmes como Iron Man 2.

The clip presented here is excerpted from 'Death Zone,' a chilling video collected and shared by members of the “kill team” of U.S. soldiers who murdered civilians in Afghanistan and mutilated the corpses. Shot through thermal imaging, the grainy footage shows two Afghans suspected of planting an IED being blown up by an airstrike.

While the deaths may have resulted from a legitimate combat engagement, the video itself represents a clear violation of Army standards. Scenes of the attack have been edited into a 15-minute music video, complete with a rock soundtrack and a title card. 

This clip from the video picks up shortly before the airstrike begins, accompanied by the song “En Vie” by Apocalyptica, a cello rock band from Helsinki, Finland. The video ends with grisly still images of the casualties, followed by closing credits.

It was passed from soldier to soldier on thumb drives and hard drives, the gruesome video filed alongside clips of TV shows, UFC fights and films such as Iron Man 2.

As fotos proibidas por Obama - Revista Rolling Stone / Pentagon's censored photos

Como os soldados americanos no Afeganistão assassinaram civis inocentes e mutilaram seus corpos – e como seus superiores falharam em impedi-los.Fotos exclusivas dos crimes de guerra que Pentágono censurou, com o aval de Barack Obama.Pergunta: isso é um país democrático?



No processo de suprimir as fotos, o Exército pode também ter tentado manter em segredo evidências de que a matança de civis foi obra de poucos homens do 3º Pelotão. Na  imagem abaixo, os corpos de dois homens afegãos foram amarrados juntos, suas mãos amarradas, e colocados à margem de uma estrada.



In the process of suppressing the photographs, the Army may also have been trying to keep secret evidence that the killings of civilians went beyond a few men in 3rd Platoon. In this image, the bodies of two Afghan men have been tied together, their hands bound, and placed alongside a road. Question: is this a democratic country, or rather, Government?



Motorcycle Kill / O assassinato dos motociclistas


http://www.rollingstone.com/politics/photos/motorcyle-kill-20110327

ATENÇÃO: O video está no link acima. Imagens de extrema violência. Recomenda-se prudência na sua exibição

O videoclipe apresentado aqui é um excerto de 'Motorcycle Kill,' uma filmagem feita e compartilhada por membros do grupo de soldados americanos “kill team” "Equipe de Matadores") que assassinaram civis no Afeganistão e mutilaram seu corpos.

O agitado vídeo de 30 minutos – feito por soldados presumivelmente de outro batalhão da 5ª Brigada Stryker  – mostra tropas americanas atirando em dois civis afegãos numa motocicleta que poderiam estar armados. Ainda que as mortes fossem parte de um combate legítimo, no entando, trata-se de uma clara violação dos padrões do Exército compartilhas essa filmagem.

O  vídeo foi feito por uma patrulha com uma câmera montada sobre um capacete; em determinado ponto das imagens do soldado atirando pode-se ouvi-lo se gabando, “Eu filmei tudo com a câmera.”.

Quando o presidente barack Obama proibiu a exibição das 2.000 fotos com as atrocidades dos soldados americanos, deveria saber que mais cedo ou mais tarde, elas viriam à tona, como vieram. E pior, com vídeo.

The clip presented here is excerpted from 'Motorcycle Kill,' a video collected and shared by members of the “kill team” of U.S. soldiers who murdered civilians in Afghanistan and mutilated the corpses. 

The jumpy, 30-minute video – shot by soldiers believed to be with another battalion in the 5th Stryker Brigade – shows American troops gunning down two Afghans on a motorcycle who may have been armed. Even if the killings were part of a legitimate combat engagement, however, it is a clear violation of Army standards to share such footage. 

The video was taken on patrol with a helmet-mounted camera; at one point, the soldier shooting the images can be heard boasting, “I got it all on camera.” You can watch the video in the link just below the image.

When Mr. Obama prohibited the disclosure of those 2,000 pictures of americans soldiers' atrocities, he should be aware that they would come up, sooner or later, and here they are. In video, which is by far worse.

Bus narrowly escapes falling bridge / Ponte cai e quase pega ônibus

Após ter sido atingido por um caminhão, um aqueduto que passava acima de uma autoestrada na província de Guangdong, sul da China, caiu bem à frente de um ônibus que vinha trafegando por ela.
Os Passageiros gritaram quando viram a estrutura de concreto adiante, mas o desastre foi evitado pelo motorista que conseguiu parar o veículo a cerca de um metro das ruínas.

An aqueduct across a highway in Guangdong province, south China, fell into the path of an oncoming bus after it was struck by a lorry. 

Passengers screamed when they saw the concrete ahead but disaster was averted by the driver who brought the vehicle to a stop just feet from the fallen structure.



Saudades do futuro

 
 
Arnaldo Jabor 
 
 
Sempre falamos em "cultura brasileira", mas não sabemos exatamente o que é isso, hoje em dia. Cultura é o quê? Uma senhora grega, de camisola, segurando uma tocha? Cultura é uma índia, negra e portuguesa, de cocar e saiote? Cultura é um museu erudito e paralítico que rima com "sepultura"? Fazemos boquinha elegante para falar em "cultura", mas sempre sobra um gosto de alguma coisa em crise, que deve ser salva.

Na tradição de bacharéis colonizados de cartola e fraque, sempre amamos as "coisas do espírito", "a alma minha gentil"ou o "vai-se a primeira pomba despertada", as poesias com que nos embriagávamos nos botequins da República Velha, em meio à febre amarela e varíola.

A impotência política para superar nosso atraso endêmico nos levou a uma supervalorização da "cultura artística". Era nossa ilusão e consolo: "Somos pobres, mas com uma cultura rica...". Senti isso em minha juventude, quando um companheiro me disse: "Não temos nada, mas somos o "sal da terra"". Fazíamos arte, filmes, música como se salvássemos o País. Agora a web é uma cachoeira de criações artísticas. Acabam os poucos artistas criando para muitos.

Antes, o subdesenvolvimento nos dava uma "superioridade" sobre os "falsos problemas europeus", como o absurdismo do teatro de Beckett ou Ionesco, o "existencialismo alienado do social" ou o sinistro comercialismo americano. A pobreza era nossa maior riqueza. Vivíamos na divisão simplista entre "Centro e Periferia", colônia e metrópole, vítimas santificadas do imperialismo cruel. Nossos defeitos institucionais seculares ficavam ocultos, já que a culpa era "dos outros". Chegamos a fazer a glamourização da incompetência. Era a poética da precariedade contra a técnica dos países ricos e "decadentes". Achávamos a miséria uma nova estética - o mito de que o tosco, o povo simples e até o burro são ungidos por uma "verdade sagrada". Essa ideia reacionária rola até hoje, haja vista o carisma triunfal do ex-presidente operário. Minha geração, no cinema e na esquerda, achava que teria um futuro cultural que a salvaria; havia um "geist" artístico em marcha a uma harmonia libertadora. Éramos os "sujeitos" que moldariam a História. Éramos hegelianos e não sabíamos.

No entanto, as mutações culturais mais visíveis (que não enxergávamos) vieram por "irrupções" de causas materiais, de relações de produção industriais e comerciais: a cultura do café e o Modernismo; o "crash" da Bolsa em 29 contribuindo para nossa "identidade" na Revolução de 30; a indústria fonográfica americana e o rádio projetando a música popular dos anos de ouro; a industrialização juscelinista possibilitando a arquitetura, a bossa nova, o cinema novo; a Phillips e outras gravadoras veiculando a música dos anos 60; a TV ensinando o povo a falar e a ver o País. Não éramos marxistas e não sabíamos.

A cultura patriarcal/estatal desde a Colônia nos garantia durante o populismo janguista até 64, que o Estado faria uma revolução tropical e transcendental (vide os delírios de Darcy Ribeiro, por ex.), de modo a tirar o País da "alienação" e salvar, pela arte, os oprimidos. A cultura era uma política.

O golpe de 64 foi uma porrada na utopia. Mas, houve uma vantagem: a derrota nos "ajudou" a ver o atraso de nossas certezas. A ditadura e a depressão dos derrotados nos mostrou que o buraco era mais embaixo e que as forças da história eram mais labirínticas. A esquerda começou a se autocriticar (nem toda, claro - vide os soviéticos que ainda vicejam por aí).

Nos anos 70, a contracultura ampliou repertórios e códigos artísticos, pela loucura do "desbunde" e da subcultura hippie. Houve uma virada mais antropológica que ideológica.

De cabeça para baixo, vimos mais. Valíamos pelo que "não" tínhamos e, se antes éramos vítimas imaginárias do capitalismo, agora éramos vítimas reais da ditadura e passamos a ter uma meta: a liberdade.

Surgiu um novo ente: o mercado. Se Lenin disse que nada existe fora do poder, o capital respondia que nada existia fora do mercado. Para onde ir? O trauma da globalização foi mais profundo que a derrota de 64; ficamos mais informados politicamente, mais cultos, embora, para os mais burros, tenha renascido um neonacionalismo rancoroso e feroz, a ideologia cultural do "bode preto" reforçando conceitos superados: um "mix" de farrapos de esquerda, azedume "punk", pálida tristeza e anseios regressistas.

De repente, outra porrada no voluntarismo de intelectuais e artistas: não há mais futuro. Subitamente o presente nos atacou com uma enxurrada de vida liberada pela era digital na internet.

Sempre falávamos na democratização da cultura, das artes... Pois ela está aí... e não foi o Estado nem o ministério, nem anseios neorromânticos.

Ela esta aí... Bill Gates, Jobs, as redes, os microchips mudaram o mundo... Quem diria?

E agora a mutação é mais intrincada porque não há "uma" ideia nova, uma escola, uma tendência. A mutação atual é a "contribuição milionária" de todos os desejos expressivos. Mudaram todos os suportes, as formas se multiplicam sem parar criando novas significações.

Sabíamos que a era digital mudaria tudo, desde o mundo árabe até a poesia de Shakespeare? Mais uma vez, as coisas criam os homens... Todo mundo pode fazer arte, poesia e a internet é o novo parnaso digital.

Reação romântica: como fazer arte sem futuro, sem finalidade? Sem a ideia de "eterno"? Que será do artista demiurgo, aqueles "poucos falando para muitos", como dialogam Hermano Viana e José M. Wisnik? Agora, em que todos criam para todos, o que é "importante", como dizíamos? O que teria hoje ou amanhã o prefixo "Ur" (alemão) - as coisas fundadoras? Onde está a totalidade?

Há uma revolução de meios sem uma clareza de fins. Como será o mundo árabe? Como será a grande arte? Ainda haverá? Os meios justificam fins desconhecidos. E, vamos combinar, que mesmo na louvação das irrelevâncias, ainda dorme talvez o desejo de um sentido. Olha a encrenca... A própria ideia de um debate sobre essa dúvida já é antiga.

Se fosse proposta a um jovem blogueiro, ele diria: "Pra quê?".

segunda-feira, 28 de março de 2011

Mosaico lunar / Lunar mosaic

Um mosaico feito com 26 fotografias da Lua tiradas por Daniel Lopez, do Instutito de Astrofísica das Canárias com o telescópio IAC80 no Observatório Teyde, em Tenerife, Espanha.



A mosaic made up by 26 photographs of the Moon taken by Canarias Astrophysics Institute's Daniel Lopez from the IAC80 telescope at the Teyde observatory in Tenerife, Spain.

Reabastecimento em voo / In-flight refuelling

Um caça francês Mirage 2000  (D), acompanhado de um também francês Rafale (E), é refabastecido em voo por um Boeing C-135  tanqueiro das Base Militar Aérea Istres, sobre o Mar Mediterrâneo.


A French Mirage 2000 fighter jet (R), accompanied by a French Rafale (L), refuels with an airborne Boeing C-135 refuelling tanker aircraft from the Istres military air base during a refuelling operation above the Mediterranean Sea.

Medindo forças / Comparing forces

Um gigantesco urubu e um faminto chacal lutam sobre uma pilha de ossos. O fotógrafo Stephen Earle flagrou a cena escondido enquanto os dois animais travavam essa batalha na Reserva Giant's Castle Game, em Kwazulu Natal, África do Sul. O urubu recuou após uma disputa de um minuto com o chacal de dorso negro.


A giant vulture and a hungry jackal fight over a pile of bones. Photographer Stephen Earle snapped the scene from a hide as the two animals battled at Giant's Castle Game Reserve in Kwazulu Natal, South Africa. The vulture backed away following a one-minute stand-off with the black-backed jackal.

Fraudes de juízes

"Em 32 anos de magistratura, nunca vi uma coisa tão séria", diz a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, ao falar das investigações que descobriram um esquema de empréstimos fictícios comandado por magistrados. 


Fred Vasconcellos - Folha de São Paulo

"O caso me deixa preocupada, porque está caminhando para a impunidade disciplinar. Mas é emblemático. É muito grave e deixa à mostra a necessidade do Poder Judiciário se posicionar", diz.

Os desvios patrocinados por um grupo de juízes federais a partir de empréstimos concedidos pela Fundação Habitacional do Exército foram objeto de investigação dos próprios magistrados.

Reportagem da Folha revelou que contratos foram celebrados em nome de associados fantasmas da Ajufer e juízes que desconheciam ter feito qualquer empréstimo.

Documentos mostram que, de 2000 a 2009, a Ajufer (Associação dos Juízes Federais da 1ª Região) assinou 810 contratos com a fundação. Cerca de 700 foram fraudados. Ao menos 140 juízes tiveram os nomes usados sem saber, aponta apuração da própria Ajufer.

Folha - Como começou a investigação na corregedoria?

Eliana Calmon - Tive conhecimento com a ação de cobrança. Chamei o dr. Moacir. Ele me disse que tinha havido vários empréstimos e que colegas não pagaram. Chamei a presidente que o antecedeu, dra. Solange [Salgado]. Então, tive ideia dos desmandos na administração da Ajufer.

Quem mais foi ouvido?

Conversei com o general Burmann [Clovis Jacy Burmann, ex-presidente da fundação do Exército]. Ele me disse que a única pessoa que cuidou dos empréstimos foi o dr. Moacir. Voltei a ele, que me disse tudo. A partir da hora em que ele me confirmou que tinha usado indevidamente o nome dos colegas eu não tive a menor dúvida.

Ele admitiu a fraude?

Ele admitiu tudo. E que os antecessores e diretores da Ajufer não participaram


O que a levou a determinar o afastamento do juiz [decisão suspensa pelo STF]?

Os juízes estavam nervosíssimos. Um queria dar queixa na Polícia Federal, o outro queria entrar com uma ação. Teve juiz que chegou a dizer que ia mandar matar o dr. Moacir. Enfim, eu teria que tomar uma posição.

O que a sra. temia?

Meu temor é que ele ocultasse provas ou fizesse incursões. Ele mandou me entregar uma mala de documentos. Os juízes auxiliares ficaram estupefatos de ver os os contratos, empréstimos de R$ 300 mil, R$ 400 mil. Causou muita perplexidade encontrar talonários de cheques já assinados pela presidente que o antecedeu.

Por que o TRF-1 não afastou o dr. Moacir, em janeiro, com base na investigação?

O corregedor votou pelo afastamento, mas o tribunal entendeu que era injusto afastá-lo e não afastar os demais envolvidos.

Alguns juízes temem que haja impunidade.

Doutor Moacir era uma pessoa muito simpática e o tribunal tinha dele o melhor conceito. Ficam com "peninha" dele. "Coitadinho dele". Não é coitadinho, porque ele fez coisa gravíssima.

Entre os suspeitos há algum desembargador?

Há ao menos um desembargador envolvido, tomou empréstimo alto, me disse dr. Moacir, e não pagou.

Time-Lapse Auroras Over Norway / Auroras sobre a Noruega



Às vezes, depois de adaptar os olhos à escuridão, um céu espectacular surge. Foi caso no começo deste mês quando uma das maiores demonstrações de aurora  doa anos recentes apareceu sobre localidades da fronteira  norte entre a Noruega e a Rússia. No filme com lapso temporal acima, auroras fluem acima de paisagem cobertas de neve, árvores, nuvens, montanhas e lagos encontrados próximos a Kirkenes, Noruega.

Muitas vezes as auroras são verdes, quando as partículas de alta energia atingem a atmosfera da Terra, fazendo com que o ar brilhe, à medida que os elétrons se recombinam com seus hospedeiros de oxigênio. Outras cores são ocasionalmente percebidas quando o nitrogênio atmosférico também é afetado. Em sequências posteriores, a Lua e estrelas em ascenção são também visíveis.

Como se espera um umento na atividade solar durante os próximos anos, poderá haver muitas  oportunidades de se ver espectaculares auroras ao vivo, até mesmo a partir de áreas muito próximas ao equador!


Sometimes, after your eyes adapt to the dark, a spectacular sky appears. Such was the case earlier this month when one of the largest auroral displays in recent years appeared over northern locations like the border between Norway and Russia. Pictured in the above time-lapse movie, auroras flow over snow covered landscapes, trees, clouds, mountains and lakes found near Kirkenes, Norway. 

Many times the auroras are green, as high energy particles strike the Earth's atmosphere, causing the air to glow as electrons recombine with their oxygen hosts. Other colors are occasionally noticeable as atmospheric nitrogen also becomes affected. In later sequences the Moon and rising stars are also visible. 

With the Sun expected to become ever more active over the next few years, there may be many opportunities to see similarly spectacular auroras personally, even from areas much closer to the equator.

domingo, 27 de março de 2011

Cassini Finds Saturn Sends Mixed Signals





Como um adolescente petulante, Saturno envia sinais confusos.

Dados recentes da nave  Cassini da NASA mostram que a variação nas ondas de rádio controladas pela rotação do planeta é diferente nos hemisférios norte e sul. Além do mais,as variações rotacionais no norte e no sul também parecem mudar com as estações Saturninas, e os hemisférios Têm realmente trocado as taxas, ou ritmos. Essas duas ondas de rádio, convertidas ao espectro de audição humana, podem ser ouvidas em um novo vídeo disponível online em: http://www.nasa.gov/multimedia/videogallery/index.html?media_id=74390781




"Estes dados apenas mostram quão estranho é Saturno," disse Don Gurnett,  chefe de equipe do Instrumento de Ondas de Rádio e Plasma da Cassini e professor de física da Universidade de Iowa, Iowa City, Estados Unidos.

"Nòs pensávemoas ter compreendido esses padrões de ondas de rádio em gigantes gasosos, já que Júpiter era tão certinho. Sem a longa estdia da Cassini, cientistas não teria entendido que as emissões de rádio de Saturno são tão diferentes."

Saturno emite ondas de rádio conhecidas como Radiação Quilométrica de Saturno, ou SKR abreviadamente. Para a Cassini, elas soam como explosões de uma sirente de ar giratória, já que as ondas de rádio variam com cada rotação do planeta. Esse tipo de padrão de onda de rádio havia sido usado em Júpiter para medir a taxa de rotação do planeta, mas em Saturno, como no caso dos adolescentes, a situação se revelou bem mais complicada.

Quando a nave-robô Voyager da NASA visitou Saturno no início dos anos 1980, as emissões de radiações indicavam que a duração do dia em Saturno era cerca de 10,66 horas.

Mas enquanto seu relógio continuou funcionando numa passagem da nave espacial Ulysses, da NASA/ESA e a  Cassini, a explosão de rádio variava entre segundos e minutos. Um artigo na Geophysical Research Letters em 2009 analisando dados da Cassini mostrou que a Radiação Quilométrica de Saturno  não é sequer um solo, mas um dueto, com dois cantores fora de sincronia.Ondas de Rádio emanando de local próximo ao polo norte tinham um período de cerca de 10,6 horas; ondas de rádio próximas ao polo sul tinham um período de cerca de 10,8 horas.

Um novo artigo dirigido por Gurnett que foi publicado na Geophysical Research Letters em dezembro de 2010 mostra que, em  recentes dados da Cassini, os períodos SRR do sul e do norte se cruzaram em torno de março de 2010, cerca de sete meses após o equinócio, quando o Sol brilha diretamente sobre o equador de um planeta. O período sul de SKR decresceu de cerca de 10,8 horas em 1º de janeiro de 2008 e cruzou com o período de SKR do norte por volta de 1º de março de 2010, a cerca de 10,67 horas. O período norte aumentou de cerca de 10,58 horas para aquele ponto de convergência.

Observando esse tipo de atravessamento levou os cientistas da Cassini a rever dados de visitas anterirores a Saturno. Sob  uma nova perspectiva, eles viram que os dados da Voyager obtidos em 1980, cerca de um ano após o equinócio de Saturno de 1979, mostraram diferentes trinados dos polos norte e sul de Saturno.

Eles também viram um efeito semelhante nos dados de rádio da Ulysses entre 1993 e 2000. Os períodos norte e sul detectados pela Ulysses convergiram e  and cruzaram por volta de Augusto de 1996, cerca de nove meses após o prévio equinócio de Saturno.

Os cientistas da Cassini  não creem que as diferenças nos períodos das ondas de rádio tivessem a ver com os hemisférios realmente rotacionando a taxas diferentes, mas muito mais provavelmente vieram de variações nos ventos de altas altitudes dos hemisférios norte e sul.

Dois outros artigos envolvendo pesquisadores da Cassini foram publicados em dezembro, com resultados complementares aos do instrumento de ondas de rádio e plasma - um por  Jon Nichols, da Universidade de Leicester, Reino Unido, na mesma edição do Geophysical Research Letters, e o outro, conduzido por David Andrews, também da Universidade de Leicester, no Journal of Geophysical Research.

No artigo de Nichols, dados to Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA  mostraram que as auroras do norte e do sul em Saturno oscilavam para a frente e para trás em latitude num padrão que combinava com as variações de rádio, de janeiro a março de 2009, pouco antes do equinócio.

Os dados de sinais de rádio e da aurora são  complementares porque estão ambos relacionados ao comportamento da bolha magnética em torno de Saturno, conhecida como a magnetosfera.

O artigo de Andrews,  um associado à equipe do magnetômetro da Cassini, mostrou que da metade de 2004 à metade de2009, o campo magnético de Saturno sobre os dois polos variou nos mesmos períodos separados que as ondas de rádio e a aurora.

"A chuva de elétrons na  atmosfera que produz as  auroras também causa as emissões de rádio e afeta o campo magnético, então cientistas acreditam que todas essas variações que vemos estão relacionadas à infuência variável do Sol sobre nosso planeta," disse Stanley Cowley, um coautor dos dois artigos, coinvestigator no Instrumento Magnetômetro da Cassini, e professor da Universidade de Leicester, Reino Unido.

À medida que o Sol segue subindo na direção do polo norte de Saturno, a equipe de Gurnett  continuou a observar a tendência de  atravesamento nos sinais de rádio através de 1º de Janeiro de 2011. O período dos sinais de ondas de rádio do sul continuou decrescendo por cerca de 10,54 horas, enquanto o período dos sinais de rádio do norte diminuiu para 10,71 horas.





Esta singular imagem do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA do início de 2009 mostra Saturno com as extremidades dos aneis voltadas para fora e ambos os polos à vista, oferecendo um encantadora visão dupla de suas tremulantes auroras.

This unique image from NASA/ESA's Hubble Space Telescope from early 2009 features Saturn with the rings edge-on and both poles in view, offering a stunning double view of its fluttering auroras.


Like a petulant adolescent, Saturn is sending out mixed signals.

Recent data from NASA's Cassini spacecraft show that the variation in radio waves controlled by the planet's rotation is different in the northern and southern hemispheres.

Moreover, the northern and southern rotational variations also appear to change with the Saturnian seasons, and the hemispheres have actually swapped rates. These two radio waves, converted to the human audio range, can be heard in a new video available online at: http://www.nasa.gov/multimedia/videogallery/index.html?media_id=74390781


"These data just go to show how weird Saturn is," said Don Gurnett, Cassini's radio and plasma wave science instrument team lead and professor of physics at the University of Iowa, Iowa City. "We thought we understood these radio wave patterns at gas giants, since Jupiter was so straightforward. Without Cassini's long stay, scientists wouldn't have understood that the radio emissions from Saturn are so different."

Saturn emits radio waves known as Saturn Kilometric Radiation, or SKR for short. To Cassini, they sound a bit like bursts of a spinning air raid siren, since the radio waves vary with each rotation of the planet. This kind of radio wave pattern had been previously used at Jupiter to measure the planet's rotation rate, but at Saturn, as is the case with teenagers, the situation turned out to be much more complicated.

When NASA's Voyager spacecraft visited Saturn in the early 1980s, the radiation emissions indicated the length of Saturn's day was about 10.66 hours. But as its clocking continued by a flyby of the joint ESA-NASA Ulysses spacecraft and Cassini, the radio burst varied by seconds to minutes. A paper in Geophysical Research Letters in 2009 analyzing Cassini data showed that the Saturn Kilometric Radiation was not even a solo, but a duet, with two singers out of sync. Radio waves emanating from near the north pole had a period of around 10.6 hours; radio waves near the south pole had a period of around 10.8 hours.

A new paper led by Gurnett that was published in Geophysical Research Letters in December 2010 shows that, in recent Cassini data, the southern and northern SKR periods crossed over around March 2010, about seven months after equinox, when the sun shines directly over a planet's equator. The southern SKR period decreased from about 10.8 hours on Jan. 1, 2008 and crossed with the northern SKR period around March 1, 2010, at around 10.67 hours. The northern period increased from about 10.58 hours to that convergence point.

Seeing this kind of crossover led the Cassini scientists to go back into data from previous Saturnian visits. With a new eye, they saw that NASA's Voyager data taken in 1980, about a year after Saturn's 1979 equinox, showed different warbles from Saturn's northern and southern poles. They also saw a similar kind of effect in the Ulysses radio data between 1993 and 2000. The northern and southern periods detected by Ulysses converged and crossed over around August 1996, about nine months after the previous Saturnian equinox.

Cassini scientists don't think the differences in the radio wave periods had to do with hemispheres actually rotating at different rates, but more likely came from variations in high-altitude winds in the northern and southern hemispheres. Two other papers involving Cassini investigators were published in December, with results complementary to the radio and plasma wave science instrument - one by Jon Nichols, University of Leicester, U.K., in the same issue of Geophysical Research Letters, and the other led by David Andrews, also of University of Leicester, UK,  in the Journal of Geophysical Research.

In the Nichols paper, data from the NASA/ESA Hubble Space Telescope showed the northern and southern auroras on Saturn wobbled back and forth in latitude in a pattern matching the radio wave variations, from January to March 2009, just before equinox. 

The radio signal and aurora data are complementary because they are both related to the behavior of the magnetic bubble around Saturn, known as the magnetosphere. The paper by Andrews, a Cassini magnetometer team associate, showed that from mid-2004 to mid-2009, Saturn's magnetic field over the two poles wobbled at the same separate periods as the radio waves and the aurora.

"The rain of electrons into the atmosphere that produces the auroras also produces the radio emissions and affects the magnetic field, so scientists think that all these variations we see are related to the sun's changing influence on the planet," said Stanley Cowley, a co-author on both papers, co-investigator on Cassini's magnetometer instrument, and professor at the University of Leicester.

As the sun continues to climb towards the north pole of Saturn, Gurnett's group has continued to see the crossover trend in radio signals through Jan. 1, 2011. The period of the southern radio signals continued to decrease to about 10.54 hours, while the period of the northern radio signals increased to 10.71 hours.



Kilauea from satellite / O Kilauea visto de satélite



Esta foto do Observatório  Earth da NASA mostra atividade vulcânica no Kilauea, Havaí, um dos vulcões mais ativos do mundo. Uma erupção abriu uma nova fissura, iniciando um incêndio florestal.

This NASA Earth Observatory image shows volcanic activity at Kilauea on Hawaii, one of the world's most active volcanoes. An eruption opened a new fissure, sparking a forest fire.

Febre do feno / Hay fever

Diferenes tipos de pólens podem causar a febre do feno em diferentes épocas do ano. Alguns tipos de árvores, como o carvalho, cinzas e outors elementos podem causar a febre no começo da primavera.

Gramas são  aprincipal causa durante o meio do verão até maio ou agosto. Ervas como a urtiga, artemísia e plantas herbáceas podem disparar a febre do feno no final do verão e outono.


Different pollens can cause hay fever at different times of the year.

Trees such as silver birch, ash, oak and London plane cause hay fever in early spring. Grasses are the biggest culprits during mid-summer from May to August. 

Weeds such as nettles and dock as well as mugwort and plantain can trigger hay fever in late summer and autumn. 

Pollen grains / Grãos de pólen

Uma em cada cinco pessoas na Inglaterra sofre de febre do feno todos os anos - mas mesmo os mais severamente afetados poderiam apreciar a beleza de grãos de pólen aumentados um milhão de vezes.

Esta foto e seguintes apresentam fotos de grãos de pólen que causam a febre do feno, em cores artificiais, obtidas com microscópio de varredura eletrônica. O principal deles é o pólen de grama - cujo close-up parece um punhado de ervilhas arqueadas.


One in five people in the UK suffer from hay fever every year - but even the worst affected could appreciate the beauty of pollen grains blown up by a million times. 

This gallery features false-colour scanning electron microscope pictures of the causes of hay fever. The number one culprit according to scientists is grass pollen - which close-up looks like a bundle of knobbly peas. 

Daisy / Margarida

Escaneamento com microsópio eletrônico de grãos de pólen de margarida, em cores artficiais.


A false-colour scanning electron micrograph of daisy pollen grains.

Valles Marineris




O maior cânion do Sistema Solar corta uma larga faixa ao longo da face de Marte. Chamado Valles Marineris, o grande vale se estende por mais de 3.000 km de comprimento, e se espalha por mais de 600 km de largura, chegando à profundidade de 8 km.

Para comparar, na Terra, o Grand Canyon no Arizona, EUA, tem 800 km de comprimento, 30 km de largura, e 1,8 km de profundidade. A origem do Valles Marineris permanece desconhecida, embora uma hipótese bem aceita diga que ele começou com uma rachadura há bilhões de anos, quando o planeta se esfriou.

Vários processos  geológicos foram  identificados no canyon. O mosaico acima foi criado a partir de mais de 100 imagens de Marte tiradas  pelos Orbitadores Viking nos anos 1970.

The largest canyon in the Solar System cuts a wide swath across the face of Mars. Named Valles Marineris, the grand valley extends over 3,000 kilometers long, spans as much as 600 kilometers across, and delves as much as 8 kilometers deep.

By comparison, the Earth's Grand Canyon in Arizona, USA is 800 kilometers long, 30 kilometers across, and 1.8 kilometers deep. The origin of the Valles Marineris remains unknown, although a leading hypothesis holds that it started as a crack billions of years ago as the planet cooled.

Several geologic processes have been identified in the canyon. The above mosaic was created from over 100 images of Mars taken by Viking Orbiters in the 1970s.

Sword ladder / Escada de espadas

Um  performático chamado Yan Da sobe uma escada de espadas com 28,8m de altura em Chongqing, China, para bater o próprio recorde de 26m.



A performer named Yan Da climbs a 28.8m high sword ladder in Chongqing, China, to break his own 26m record.

Syrian police open fire / A polícia síria abre fogo

  

Um vídeo amador mostra manifestantes fugindo na cidade síria de Sanamein após forças de segurança abrirem fogo para dispersar um protesto antigoverno.

As tentativas do governo sírio de encobrir assassinatis em massa de manifestantes foram expostas quando uma filmagem surgiu para dar uma primeura visão da retribuição àqueles que ousaram enfrentar o regime do país baatista.
Desde então os primeiros sinais de insurgência se materializaram mais de um mês atrás, Bashar al-Assad, o  presidente da Síria, tentou disfarçar tanto o inédito desafio à sua autoridade quanto seus violentos esforços para suprimi-lo.
Mas embra a Síria tenha efetivamente sido isolada do restante do mundo, Assad, como tantos de seus congêneres ditadores árabes, não teve capacidade de ir contra a força da tecnologia.
Usando apenas seus telefones celulares, os manifestantes desafiaram os acontecimentos ao vivo para filmar a carnificina que rolou à solta na cidade sulina de Sanamein sexta-feira onde cerca de 20 manifestantes foram dados como mortos naquele dia.
No videoclipe manifestantes aparecem correndo em busca de cobertura numa rua poeirenta enquanto o som dos disparos era claramente audível. Após o fim do tiroteio os grupos de homens reaparecem carregando três manifestantes serimanete feridos para longe do local.

Amateur video shows protesters fleeing in the Syrian town of Sanamein after security forces open fire to disperse an anti-government demonstration.

Syrian attempts to cover up the mass killings of protesters were exposed as film footage emerged to provide the first glimpse of the retribution taken against those who had dared to stand up to the country's Baathist regime.

Ever since the first stirrings of unrest materialised more than a month ago, Bashar al-Assad, the Syrian president, has sought to disguise both the unprecedented challenge to his authority and his violent efforts to suppress it.

But even though Syria has effectively been sealed off from the outside world, Mr Assad, like so many of his fellow Arab dictators, has been unable to counter the power of technology.

Using nothing more than their mobile telephones, protesters braved live rounds to film the carnage unleashed on the southern town of Sanamein on Friday where as many as 20 protesters are reported to have been killed on Friday.
In the clip demonstrators are seen running for cover on a dusty street as heavy gunfire is clearly audible. After the shooting stops the groups of men reappear as they carry three badly wounded protesters away from the scene.

Gun smuggling / Contrabando de armas

A polícia de Dubai malogrou uma tentativa de contrabadear 16.000 armas para a provícia de Saada, norte do Iêmen, e reduto rebelde.

Seis pessoas foram presas pela polícia de Dubai, que apreendeu as  pistolas em um galpão onde o carregamento estava escondido pela gangue.A polícia disse que a carga veio da Turquia e estava sendo enviada ao Iêmen através de outro país do Golfo.


Dubai Police have foiled a bid to smuggle 16,000 guns to Yemen's northern province of Saada, a Shia rebel stronghold. 

Six people have been arrested by Dubai Police who seized the pistols from a warehouse where the shipment was hidden by the gang. Police said the shipment came from Turkey and was to be sent to Yemen via another Gulf country. 

Kung-fu football / Futebol Kung-fu

Monges Shaolin mostram suas habilidades futebolísticas durante um jogo de exibição em Dengfeng, na provícnia central chinesa de Henan.

O celebrado Templo Shaolin da China está treinando jovens discípulos de kung-fu disciples para jogar futebol, na esperança de reverter a  sorte do time nacional.


Shaolin monks show off their football skills during a demonstration game in Dengfeng, central China's Henan province.


China's celebrated Shaolin Temple is training young kung-fu disciples to play football in the hope of reversing the flagging fortunes of the national team.









Treinamento / Drill


Um tanque do Exército Sulcoreanos dispara cápsulas de fumaça durante um exercício de tiro real, em Pocheon, 65 km a nordeste de Seul.

A Coreia do Sul lancou um grande exercício de tiro real próximo à tensa fronteira com Coreia do Norte, numa demonstração de força, assinalando o primeiro aniversário do afundamento de um de seus navios militares, pelo país vizinho.



A South Korean army tank fires smoke shells during a live-fire drill in Pocheon, 65 kms northeast of Seoul.

South Korea launched a major live-fire drill near the tense land border with North Korea in a show of strength marking the first anniversary of the sinking of one of its warships.

Rescue on the way / Resgate a caminho

Equipes de resgate francesas descarregam artefatos de ajuda destinados às vítimas do terremoto no Japão, do maior avião de carga existente, um Antonov 225, de fabricação russa, no Aeroporto Internacional Narita, próximo a Tóquio.





French rescue team members unload aid destined for earthquake victims from the world's largest cargo plane, a Russian-made Antonov 225, at Narita  int'l airport near Tokyo.

Pollen grains / Grãos de pólen

Uma imagem artificialmente colorida, obtida com microscópio eletrônico de varredura, de dois grãos de pólen.


A false-colour scanning electron micrograph of two cocksfoot grass pollen grains.

Ficha limpa (sic)


Ficha limpa e alopoiese*



 A Lei Complementar nº 135/2010, apelidada Ficha Limpa é uma norma de preceito (direito material), que estabelece pressupostos para eventuais candidaturas ao respectivo processo eleitoral, mas com este não se confundindo substancialmente; não se trata, pois, de norma de processo, ainda a eclodir da composição das candidaturas elegíveis na fase anterior ao processo eleitoral propriamente dito. Por isso mesmo, do ponto de vista técnico, aplica-se desde logo, certo, além do mais, que nela não se cogita tampouco de regra penal ou disciplinar para cuja eficácia a teoria jurídica exige anterioridade aos fatos nela idealizados, prefigurados legalmente. Se uma lei complementar restaurasse, por exemplo, a idade mínima para o exercício do direito de voto aos 18 anos (direito material), aplicar-se-lhe-ia a regra intertemporal do Art. 16 da Constituição Federal, para fins de eficácia? Parece evidente que uma resposta negativa se impõe a tal proposição, excepcional da regra introdutória do Art. 6º do Decreto-lei 4.657/1942 (LINDB), semelhante ou análoga àquela cogitada pela lei dos “ficha-limpa”, porque se trata de normas de genealogias distintas, topografias destacadas e finalidades diversas.

A volta dos que não foram na viagem imaginária dos “ficha-limpa”, surpreende somente aqueles que não conhecem o Judiciário Nacional, a vida nos seus bastidores e tampouco se dão conta dos buracos negros criados constitucionalmente para formar as suas composições: supremo paradoxo democrático consistente na autossuficiência na democracia dos administradores e no silêncio na democracia dos “iguais”!
Estamos muito mal, e já não é de hoje. A única novidade prodigiosa que temos, sem dúvida, no âmbito do Poder Judiciário brasileiro hodierno, tão emperrado, seletivo e kafkiano, como sempre, são as Listas de Discussão de Magistrados. O resto é mais do mesmo...

Dois pontos, em termos acadêmicos, para se tentar compreender o quadro, seus rumos e aqueles que ele não tomou:

Político: A vontade escravizada vale tanto quanto a escravidão que a suscita. Vive-se uma democracia, embora cheia de concessões ao atavismo político e às obtusidades jurídicas como quando se concebe do modo de como são pinçadas e formadas as composições da Suprema Corte, ou seja, de forma inteiramente política, relacional, nada técnica e meritória apenas por circunstância. Falando em coincidência, a vaga do desempatador pode ter sido exigência do PMDB (diz a imprensa que o vice-presidente Michel Temer expressamente ressalvou a aliança em curso com o PT, justificativa da ocupação de cargos da República para rechaçar as acusações de fisiologismo do partido) e pelas mãos de um legítimo representante dessa mesma agremiação político-partidária (Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro) foi catapultado, eleito e festejado também pela comunidade judicial (Associações de Classe), eis que também era Juiz e até fez carta pública de adesão aos melhores fluidos sociais que embalaram o PT quando ainda não era governo, cuja história sempre se evoca como uma espécie de trunfo. Mas, o melhor da história é o seu resultado, que acabou beneficiando, entre outros, o mais emblemático pemedebista da história recente do País, Jáder Barbalho, o grande vitorioso da cena política do momento.

Jurídico: Não parece ser inteiramente correto dizer que a decisão do Supremo no caso dos "ficha-limpa" atendeu à constitucionalidade da matéria. De fato, o busílis do problema que não existiu consistia em descrever fielmente a natureza jurídica da consequência principal derivada da aplicação da nova lei, ou seja, inelegibilidade, em função do que se poderia adequadamente cogitar de sua incidência atual ou remota. Administrou-se, acredita-se, arbitrariamente, o fato como sendo penalidade, razão pela qual não se houve aplicada para o andante (recém-findo) processo eleitoral, entendido como a fase que compreende o início, a realização e o encerramento da votação, além da proclamação dos resultados e da diplomação dos eleitos. Acontece que a Lei da Ficha Limpa não estabelece nenhuma imputação objetiva ou sugerida aos candidatos, constituídos como tais em uma fase pré-processual diversa do processo eleitoral propriamente dito, senão exige-lhes condição de candidatar-se e de elegibilidade, portanto. Trata-se de pressuposto à inscrição e ao registro eleitoral corresponde. Ora, não se tratando de pena ou de consequência jurídica para supostas ilicitudes pendentes de solução definitiva, mas tão somente de cláusula de acesso, pressuposto de validade de candidaturas eleitorais, não há motivo jurídico bastante a impedir sua incidência desde logo. Além do mais, o próprio STF já regulou que não prevalece a tese de aplicação do Art. 16 da Constituição Federal, cuidando-se de disciplina mencionada no seu Art. 14, § 9º, para completar o regime constitucional de inelegibilidades, como ressalta exatamente da hipótese da Lei Complementar nº 135/2010 (cf., Recurso Extraordinário nº 129.392, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 16/04/1993). Como visto, a decisão, a par de seus belos consideranda, quase envergonhada em face da grita da Nação petrificada pelos horrores da corrupção, acabou fecundada em lastro de hermenêutica arbitrária, extensiva, por isso ilegal. Sucede, no entanto, que o Supremo Tribunal Federal é, no País, o órgão que erra por último, circunstância que propicia a festa de quem não merecia voto algum!

Isso tudo demonstra, ao fim, que o que está posto em termos legais no País não é pressuposto de efetivação alguma. Vivemos à deriva não apenas de paradigmas jurídicos, mas de identidade. É por isso que pessoas e grupos teimam em mandar uns nos outros sem observar, por vezes, viés algum de racionalidade, no sentido de Aulis Aarnio (o racional como razoável). Com isso, retroalimentam a bagunça geral estabelecida numa sociedade sem paradigmas, marca essencial da alopoiese que, no âmbito do Estado, favorece somente aos supercidadãos e aos superpoderosos.

*"A alopoiese é um processo pelo qual uma determinada organização produz algo diferente de sua própria organização.

Luiz M. Leitão da Cunha é jornalista (SRTE 57952) luizmleitao@gmail.com