Pesquisar conteúdo deste blog

terça-feira, 31 de julho de 2018

Layers of the South Pole of Mars | Camadas do polo sul de Marte


O que há sob o polo sul de Marte, composto de camadas? Um recente medição  com o radar do satlelite Mars Express da Agencia Espacial Europeia (ESA)  detectou uma camada de reflexo brilhante consistente com a possivel existencia um lago subterraneo de agua salgada. 

O reflexo provém de uma profundidade de, aproximadamente, 1,5 km, mas cobre uma area de 200 km de diametro. A agua em estado liquido se evapora rapidamente da superficie de Marte, porém um lago salgado confinado, como sugere o reflexo de radar, poderia durar muito mais tempo e, quem sabe, abrigar formas de vida como microbios. 

Na foto, uma imagem do polo sil de Marte em infravermelho, verde e azul, tirada pela Mars Express em 2012, mostra uma complexa mistura de camadas de dioxido de carbono sujo e congelado e agua congelada.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

What lies beneath the layered south pole of Mars? A recent measurement with ground-penetrating radar from ESA's Mars Express satellite has detected a bright reflection layer consistent with an underground lake of salty water. 

The reflection comes from about 1.5-km down but covers an area 200-km across. Liquid water evaporates quickly from the surface of Mars, but a briny confined lake, such as implied by the radar reflection, could last much longer and be a candidate to host life such as microbes. 

Pictured, an infrared, green, and blue image of the south pole of Mars taken by Mars Express in 2012 shows a complex mixture of layers of dirt, frozen carbon dioxide, and frozen water.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Lunar Eclipse over Rio | Eclipse lunar sobre o Rio


O nascer-da-Lua não costuma ser tão interessante assim. Uma, porque a Lua cheia não costuma ser tão escura assim — mas, na sexta-feira passada, a Lua nasceu aqui enquanto simultaneamente passava através da sombra da Terra. 

Além disso, a Lua não costuma ter esse visual assim vermelho — mas na sexta-feira passada ela foi ligeiramente iluminada pela luz solar vermelha, preferencialmente refletida através da atmosfera terrestre. 

Depois, a Lua não costuma nascer próxima a um planeta, mas, como Marte, coincidentemente, também estava quase em oposição ao Sol, o planeta vermelho estava visivel acima e à direita da Lua cheia. 

Finalmente, do ponto de vista da maioria das pessoas, a Lua não costuma nascer sobre o Rio de Janeiro, no Brasil. 

No entanto, o eclipse ao pôr-do-Sol da sexta-feira passada, e especificamente seu notável  Eclipse Total Lunar de Micro Lua de Sangue, foi fotografado na Praia de Botofogo, no Rio, juntamente com uma incomum multidão de observadores interessados.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha
Moonrise doesn't usually look this interesting. For one thing, the full moon is not usually this dark -- but last Friday the moon rose here as it simultaneously passed through the shadow of the Earth. 

For another thing, the Moon does not usually look this red -- but last Friday it was slightly illuminated by red sunlight preferentially refracted through the Earth's atmosphere. 

Next, the Moon doesn't usually rise next to a planet, but since Mars was also coincidently nearly opposite the Sun, the red planet was visible to the full moon's upper right. Finally, from the vantage point of most people, the Moon does not usually rise over Rio de Janeiro in Brazil. 

Last Friday's sunset eclipse, however, specifically its remarkable Micro Blood Moon Total Lunar Eclipse, was captured from Rio's Botofogo Beach, along with an unusually large crowd of interested onlookers.

domingo, 29 de julho de 2018

Journey to the Center of the Galaxy | Jornada ao centro da galaxia



Que maravilhas existem no centro de nossa galaxia? No classico de ficção cientifica de Jules Verne Uma viagem ao centro da Terra, o professor Liedenbrock e seus colegas exploradores encontram diversas estranhas e emocionantes maravilhas. Os astronomos já tem conhecimento de alguns dos bizarros objetos que existem em nosso centro galactico, inclusive vastas nuvens de poeira cosmica, brilhantes aglomerados estelares, aneis de gas giratorios, e até um buraco negro supermassivo. 

Muito do que há no centro galactico é é ocultado de nossa visão em luz visivel pela poeira e o gas existentes em seu meio, mas pode ser explorado através do uso de outras formas de radiação eletromagnetica. Este video é, na verdade, um zoom digital do centro da Via Lactea que começa utilizando imagens em luz visivel da Digitized Sky Survey (Pesquisa Celeste Digital). 

À medida que o filme avança, a luz mostrada muda para o infravermelho, capaz de penetrar a poeira, e destaca nuvens que foram descobertas recentemente, em 2013,  caindo em direção ao buraco negro central. Em maio de 2018, observações de uma estrela passando perto do buraco negro da Via Lactea mostraram, pela primeira vez, um desvio gravitational para o vermelho da luz da estrela — conforme previsto na relatividade geral de Einstein.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

What wonders lie at the center of our Galaxy? In Jules Verne's science fiction classic A Journey to the Center of the Earth, Professor Liedenbrock and his fellow explorers encounter many strange and exciting wonders. Astronomers already know of some of the bizarre objects that exist at our Galactic center, including like vast cosmic dust clouds, bright star clusters, swirling rings of gas, and even a supermassive black hole. 

Much of the Galactic Center is shielded from our view in visible light by the intervening dust and gas, but it can be explored using other forms of electromagnetic radiation. The featured video is actually a digital zoom into the Milky Way's center which starts by utilizing visible light images from the Digitized Sky Survey. 

As the movie proceeds, the light shown shifts to dust-penetrating infrared and highlights gas clouds that were recently discovered in 2013 to be falling toward central black hole. In 2018 May, observations of a star passing near the Milky Way's central black hole showed, for the first time, a gravitational redshift of the star's light -- as expected from Einstein's general relativity.

sábado, 28 de julho de 2018

One Night, One Telescope, One Camera | Uma noite, um telescopio, uma camera


Tiradas na mesma noite, do mesmo lugar, com o mesmo telescopio e camera, essas fotos de cartão postal do nosso Sistema Solar são mostradas na mesma escala para proporcionar uma interessante comparação de tamanhos aparentes. 

Espalhando-se por cerca de meio grau no ceu do planeta Terra, a Lua é um mosaico composto de seis imagens. As outras são o resultado de quadros digitalmente empilhados ou simples exposições únicas, com as distancias reais até os objetos indicadas na parte inferior de cada inserto. 

A maioria dos planetas do Sistema Solar com suas luas mais brilhantes, e Plutão, foram capturados durante a expedição telescopica, mas o furtivo Mercurio se perdeu por conta de nuvens proximas ao horizonte. No entanto, a Estação Espacial Internacional foi localizada. A noite era a de 21 de julho. O telescopio e a camera estavam localizados no Observatorio Centro Astronomico de Tiedra, na Espanha.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

Taken on the same night, from the same place, with the same telescope and camera, these postcards from our Solar System are shown at the same scale to provide an interesting comparison of apparent sizes. 

Spanning about half a degree in planet Earth's sky, the Moon is a stitched mosaic of six images. The others are the result of digitally stacked frames or simple single exposures, with the real distances to the objects indicated along the bottom of each insert. 

Most of the Solar System's planets with their brighter moons, and Pluto were captured during the telescopic expedition, but elusive Mercury was missed because of clouds near the horizon. The International Space Station was successfully hunted, though. The night was July 21st. Telescope and camera were located at the Centro Astronomico de Tiedra Observatory in Spain.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Mars Opposition | Marte em oposição


Olhe para o lado oposto ao do Sol no ceu desta noite, e você verá Marte em sua máxima intensidade de brilho. Também dentro de dias de sua máxima aproximação, Marte nasce ao pôr-do-sol, próximo ao seu brilho máximo e melhor para ovservadores telescopicos, também, exceto pela tempestade de poeira que ainda cobre o Planeta Vermelho. 

Essas duas imagens do Hubble permitem comparar a aparencia de Marte próximo às suas oposições de 2016 e 2018. Em 2016, a atmosfera marciana era límpida. Registrada há apenas dois dias, a imagem de 2018 mostra quase a mesma face de Marte. 

Com as caracteristicas da superficie obscurecidas pela poeira, o polo sul do planeta encoberto está inclinado mais em direção ao Sol. O aumento do calor no hemisferio sul e a primavera provavelmente desencadeiam tempestades de poeira por todo o planeta. 

Claro que, se você olhar para o lado oposto ao do Sol hoje à noite, também verá a Lua Cheia próxima a Marte. Observadores celestes NÃO localizados na America do Norte poderão ver o Planeta Vermelho proximo a uma Lua Vermelha, ou Lua de Sangue,  durante o Eclipse Total Lunar.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

Look opposite the Sun in the sky tonight and you'll see Mars at its brightest. Also within days of its closest approach Mars rises at sunset, near its brightest and best for telescopic observers too, except for the dust storm still blanketing the Red Planet. 

These two Hubble Space Telescope images compare Mars' appearance near its 2016 and 2018 oppositions. In 2016 the martian atmosphere was clear. Captured just days ago, the 2018 image shows almost the same face of Mars. 

Surface features obscured by dust, the planet's cloud enshrouded south pole is tilted more toward the Sun. Increased heat in the southern hemisphere spring and summer likely triggers planet wide dust storms. 

Of course, if you look opposite the Sun in the sky tonight, you'll also see a Full Moon near Mars. Skygazers NOT located in North America could see the Red Planet near a Red Moon during a Total Lunar Eclipse.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

NASA Statement on Possible Subsurface Lake near Martian South Pole | Declarações da NASA sobre um possível lago subterraneo no polo sul de Marte


Um novo artigo publicado na revista Science nesta semana sugere a possibilidade de existencia haver água em estado liquido sob uma camada de gelo no polo sul de Marte.

A descoberta baseia-se em dados da espaçonave Europeia Mars Express, obtidos por um instrumento de radar denominado MARSIS (Radar Avançado em Marte para sondagem sonora Subsuperficial e da Ionosfera). A Agencia Espacial Italiana (ASI) liderou o desenvolvimento do radar MARSIS. A NASA forneceu metade do instrumento, com o gerenciamento da porção americana liderado pelo Labotatorio de Propulsão a Jato da agencia em Pasadena, California.

O artigo, de autoria da equipe italiana do MARSIS, dá uma ideia de como uma "mancha brilhante" foi detectada por sinais de radar cerca de 1,5 quilometro abaixo da superficie da calota de gelo na região Planum Australe. Este forte reflexo de radar foi interpretado pelos autores do estudo como sendo agua em estado  liquido — um dos mais importante ingredientes para a vida no Universo.

"A mancha brilhante vista nos dados da MARSIS  é uma caracteristica incomum e extremamente intrigante," disse Jim Green, cientista-chefe da NASA. "Ela definitivamente garante maiores estudos. Indicio adicionais deverão ser buscados para testar essa interpretação.”

"Nós esperamos usar outros instrumentos para estudá-la no futuro,” acrescentou Green.

Um desses instrumentos  estará em marte no final deste ano. O instrumento de pouso da NASA denominado InSight inclui uma sonda termica que irá perfurar até 5 metros abaixo da superficie Marciana. A sonda,  construida no Centro Aeroespacial Alemão (DLR), irá fornecer dados cruciais sobre a quantidade de calor que escapa do planeta, e onde poderia existir agua em estado liquido proxima à superficie.

"Siga a Água" é um dos principais objetivos do programa Marte da NASA. A busca por provas da existencia de agua é atualmente o que move a exploração da NASA na região mais externa do sistema solar, onde astros oceanos — como as luas Europa, de Jupiter, e  Encelado, de Saturno — têm o potencial de abrigar formas de vida. Até mesmo protoplanetas como Ceres podem explicar como a água é armazenada em "baldes" rochosos que a transportam através do sistema solar.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

A new paper published in Science this week suggests that liquid water may be sitting under a layer of ice at Mars' south pole.

The finding is based on data from the European Mars Express spacecraft, obtained by a radar instrument called MARSIS (Mars Advanced Radar for Subsurface and Ionosphere Sounding). The Italian Space Agency (ASI) led the development of the MARSIS radar. NASA provided half of the instrument, with management of the U.S. portion led by the agency's Jet Propulsion Laboratory in Pasadena, California.

The paper, authored by the Italian MARSIS team, outlines how a "bright spot" was detected in radar signals about 1 mile (about 1.5 kilometers) below the surface of the ice cap in the Planum Australe region. This strong radar reflection was interpreted by the study's authors as liquid water -- one of the most important ingredients for life in the Universe.

"The bright spot seen in the MARSIS data is an unusual feature and extremely intriguing," said Jim Green, NASA's chief scientist. "It definitely warrants further study. Additional lines of evidence should be pursued to test the interpretation.”

"We hope to use other instruments to study it further in the future,” Green added.

One of those instruments will be on Mars later this year. NASA's InSight lander will include a heat probe that will burrow down as far as 16 feet (5 meters) below the Martian surface. The probe, built by the German Aerospace Center (DLR), will provide crucial data on how much heat escapes the planet and where liquid water could exist near its surface.

"Follow the Water" has been one of the major goals of NASA's Mars program. Water is currently driving NASA's exploration into the outer solar system, where ocean worlds -- like Jupiter's moon Europa and Saturn's moon Enceladus -- hold the potential to support life. Even protoplanets like Ceres may explain how water is stored in rocky "buckets" that transport water across the solar system.

Barnard 228: The Dark Wolf Nebula in Lupus | Barnard 228: A nebulosa do Lobo escuro em Lupus


Essas marcas escuras no ceu podem ser encontradas em silhueta contra um rico e luminoso plano de fundo de eestrelas. Visivel em direção à constelação sulina de Lupus, o Lobo, as nuvens de poeira obscurecedoras são  parte da Nuvem Molecular do Lobo, distante cerca de 500 anos-luz. 

Pacotes de estrelas de pouca massa estão se formando no interior delas, a partir de nucleo em colapso visiveis somente em comprimentos de ondas infravermelhas longas. Ainda assim, estrelas coloridas em Lupus contribuem para esta vela paisagem galactica. Ela se espalha por cerca de 8 graus, não longe da faixa central da Via Lactea.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

These dark markings on the sky can just be found in silhouette against a rich, luminous background of stars. Seen toward the southern constellation of Lupus the Wolf, the dusty, obscuring clouds are part of the Lupus Molecular Cloud some 500 light-years distant. 

Packs of low mass stars are forming within them, from collapsing cores only visible at long infrared wavelengths. Still, colorful stars in Lupus add to this pretty galactic skyscape. It spans about 8 degrees, not far from the central Milky Way.

quarta-feira, 25 de julho de 2018

The Edge-On Spindle Galaxy | A galaxia da Haste, vista de lado


Que tipo de objeto celestial é este? É uma galaxia relativamente normal — porém vista de lado. Muitos discos galacticos são, na verdade, tão finos quanto os de NGC 5866, aqui fotografada, mas não são observados de nosso ponto de vista. 

Uma galaxia talvez mais familiar vista de frente seja a nossa Via Lactea. Catalogada como M102 e NGC 5866, a galaxia da Haste tem numerosas a complexas trilhas de poeira aparecendo escuras e na cor vermelha, enquanto muitas das estrelas brilhantes no disco lhe dão um tom azul mais subjacente

O disco azul de jovens estrelas pode ser visto estendendo-se além da poeira no extremamente fino plano galactico. Há provas de que a galáxia da Haste teria canibalizado galaxias menores durante os ultimos bilhões de anos, inclusive multiplas correntes de estrelas esmaecidas, poeira escura que se afasta do plano galactico principal, e um grupo de galaxias no entorno (não mostrado aqui). 

Em geral, muitos discos galacticos se tornam finos porque o gas que os forma colide com si proprio ao girar em tono do centro gravitacional. A galaxia da Haste situa-se à distância de, aproximadamente, 50 milhões de anos-luz, na direção da constelação do Dragão (Draco).

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

What kind of celestial object is this? A relatively normal galaxy -- but seen from its edge. Many disk galaxies are actually just as thin as NGC 5866, pictured here, but are not seen edge-on from our vantage point. 

A perhaps more familiar galaxy seen edge-on is our own Milky Way Galaxy. Cataloged as M102 and NGC 5866, the Spindle galaxy has numerous and complex dust lanes appearing dark and red, while many of the bright stars in the disk give it a more blue underlying hue. 

The blue disk of young stars can be seen extending past the dust in the extremely thin galactic plane. There is evidence that the Spindle galaxy has cannibalized smaller galaxies over the past billion years or so, including multiple streams of faint stars, dark dust that extends away from the main galactic plane, and a surrounding group of galaxies (not shown).

In general, many disk galaxies become thin because the gas that forms them collides with itself as it rotates about the gravitational center. The Spindle galaxy lies about 50 million light years distant toward the constellation of the Dragon (Draco).

terça-feira, 24 de julho de 2018

Clouds of Earth and Sky | Nuvens da Terra e do céu


Se você subir a uma altitude suficiente, poderá se ver em uma pitoresca posição elevada entre as nuvens de vapor de água da Terra e as nuvens de estrelas da Via Lactea. Foi o caso, no mes passado, deste aventureiro alpinista e  astrofotografo. 

Fotografados aqui em primeiro plano acima das nuvens brancas estão picos de montanhas da cadeia das Dolomitas, no norte da Italia. Esta imagem de multiplas exposições foi registrada em Lagazuoi, uma das Dolomitas. 

Centenas de milhões de anos atrás, as Dolomitas não eram montanhas, mas ilhas em um antigo mar que se formou pela colisão de placas tectonicas. A historia divergente das Dolomitas é responsável por suas incomuns caracteristicas contrastantes, dentres as quais cristas irregulares e antigos fosseis marinhos. 

Bem nais alto até mesmo que as Dolomitas, e ao longe, escuras  trilhas de poeira cosmica se projetam do plano central da Via Lactea. As estrelas e a poeira são pontilhadas por nuvens vemelhas brilhantes de gas hidrogenio incandescente — como a Nebulosa da Lagoa, logo acima e à esquerda do centro.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

If you go high enough, you may find yourself on a picturesque perch between the water clouds of the Earth and the star clouds of the Milky Way. Such was the case last month for one adventurous alpinist astrophotographer. 

Captured here in the foreground above white clouds are mountain peaks in the Dolomite range in northern Italy. This multi-exposure image was captured from Lagazuoi, one of the Dolomites. 

Hundreds of millions of years ago, the Dolomites were not mountains but islands an ancient sea that rose through colliding tectonic plates. The Dolomites divergent history accounts for its unusually contrasting features, which include jagged crests and ancient marine fossils. 

High above even the Dolomites, and far in the distance, dark dust lanes streak out from the central plane of our Milky Way Galaxy. The stars and dust are dotted with bright red clouds of glowing hydrogen gas -- such as the Lagoon Nebula just above and to the left of center.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Planck Maps the Microwave Background | O Planck mapeia o plano de fundo de midro-ondas


Do que nosso universo é feito? Para ajudar a descobrir isso, a Agência Espacial Europeia —ESA lançou o satelite Planck, de 2009 a 2013, para mapear, em detalhes inéditos, ligeiras diferenças de temperaturas na mais antiga superficie optica conhecida — o céu no plano de fundo, quando nosso universo se tornou transparente à luz. 

Visivel em todas as direções, esse plano de fundo cosmico de micro-ondas é uma complexa tapeçaria que só poderia mostrar que os padrões quentes e frios observados eram o universo a ser composto de tipos especificos de energia que evoluiram de formas  especificas. 

Os resultados finais, relatados na semana passada, confirmam novamente que a maior parte do nosso universo é, na sua maioria, composta de uma misteriosa e desconhecida energia escura, e que mesmo a maior parte da energia da materia remanescente é estranhamente escura. 

Adicionalmente, os dados "finais" de 2018 do Planck, de forma impressionante,  estabelecem a idade do universo em, aproximadamente 13,8 bilhões de anos e a taxa de expansão local — a chamada constante de Hubble — em 67,4 (+/- 0,5) km/s/Mpc. 

Estranhamente, esta constante Hubble determinada do universo primordial  é levemente inferior àquela determinada por outros metodos no universo recente, criando uma tensão que está causando muitas discussões e especulações.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

What is our universe made of? To help find out, ESA launched the Planck satellite from 2009 to 2013 to map, in unprecedented detail, slight temperature differences on the oldest optical surface known -- the background sky when our universe first became transparent to light. 

Visible in all directions, this cosmic microwave background is a complex tapestry that could only show the hot and cold patterns observed were the universe to be composed of specific types of energy that evolved in specific ways. The final results, reported last week, confirm again that most of our universe is mostly composed of mysterious and unfamiliar dark energy, and that even most of the remaining matter energy is strangely dark. 

Additionally, the "final" 2018 Planck data impressively peg the age of the universe at about 13.8 billion years and the local expansion rate -- called the Hubble constant -- at 67.4 (+/- 0.5) km/sec/Mpc. 

Oddly, this early-universe determined Hubble constant is slightly lower than that determined by other methods in the late-universe, creating a tension that is causing much discussion and speculation.

domingo, 22 de julho de 2018

Apollo 11 Landing Site Panorama | Panorama Apollo 11 Landing Site Panorama


Ultimamente, você viu um panorama de outro mundo? Montado a partir de digitalizações em alta resolução dos quadros do filme original, este aqui mostra a magnifica desolação do local de pouso da Apollo 11  na Lua, o Mar da Tranquilidade. 

As imagens foram obtidas por Neil Armstrong através de sua janela do Módulo Lunar Águia, pouco depois do pouso de 20 de julho de 1969. O quadro à extrema esquerda (AS11-37-5449) é a primeira foto tirada por uma pessoa em outro mundo (ou astro, fora da Terra). 

Em direção ao Sul, os bicos dos propulsores são visiveis em primeiro plano, à esquerda, enquanto, à direita, a sombra da Águia é visivel a oeste. Em termos de escala, a grande e rasa  cratera à direita tem um diametro de, aproximadamente, 12 metros. 

Fotos tiradas atraves das janelas do Modulo Lunar , cerca de uma hora e meia após o pouso, antes de uma caminhada pela superficie lunar, destinavam-se, inicialmente, a documentar o local do pouso, caso uma partida prematura fosse necessária.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

Have you seen a panorama from another world lately? Assembled from high-resolution scans of the original film frames, this one sweeps across the magnificent desolation of the Apollo 11 landing site on the Moon's Sea of Tranquility. 

The images were taken by Neil Armstrong looking out his window of the Eagle Lunar Module shortly after the July 20, 1969 landing. The frame at the far left (AS11-37-5449) is the first picture taken by a person on another world. 

Toward the south, thruster nozzles can be seen in the foreground on the left, while at the right, the shadow of the Eagle is visible to the west. For scale, the large, shallow crater on the right has a diameter of about 12 meters. 

Frames taken from the Lunar Module windows about an hour and a half after landing, before walking on the lunar surface, were intended to initially document the landing site in case an early departure was necessary.

sábado, 21 de julho de 2018

Raphaela Vieira Souto Costa


Um tributo à minha mãe, Raphaela Vieira Souto Costa (15/12/1920 — 30/6/2018). Muita gente dizia que ela se parecia com a rainha Elizabeth, e ela, espirituosa, retrucava: Não!, ela é que se parece comigo! Agora, ela é uma estrela no céu.

A tribute to my loving mother, Raphaela Vieira Souto Costa (15/12/1920 — 30/6/2018. Most people used to say she resembled Queen Elizabeth, and she, humorously, replied: No!, it is the Queen who resembles me! Now, she's a star in the face of the sky.

The Teapot and the Milky Way | O Bule e a Via Lactea


As estrelas reconheciveis do asterismo Teapot na constelação de Sagitario posavam com a Via Lactea sobre o Vale da Morte, planeta Terra, nesta noite escura e tranquila. A cena surreal foi apropriadamente registrada em Teakettle Junction, marcada pela placa de madeira adornada com bules terrestres e chaleiras, na acidentada estrada para Racetrack Playa. 

Brilhando contra a  luminosa luz das estrelas da faixa central da Via Lactea, está o brilhante planeta Saturno, logo acima da estrela no pico do bule celestial. Mas o mais brilhante farol celestial, bem alto acima do horizonte sul, é Marte, tingido de cor de laranja, no canto superior esquerdo do quadro.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

The recognizable stars of the Teapot asterism in the constellation Sagittarius posed with the Milky Way over Death Valley, planet Earth on this quiet, dark night. The surreal scene was appropriately captured from Teakettle Junction, marked by the wooden sign adorned with terrestrial teapots and kettles on the rugged road to Racetrack Playa. 

Shining against the luminous starlight of the central Milky Way is bright planet Saturn, just above the star at the celestial teapot's peak. But the brightest celestial beacon, high above the southern horizon, is an orange tinted Mars at upper left in the frame.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Cerealia Facula


Cerealia Facula, também conhecida como a mais brilhante mancha de Ceres, é mostrada nesta impressionante vista de mosaico em close-up. A imagem em alta resolução de dados  foi obtida pela espaçonave Dawn, em uma orbita de loop, a altitudes tão baixas quanto 34 quilometros acima da superficie do planeta anão. 

Cerealia Facula tem cerca de 15 quilometros de diametro, e está localizada no centro ca cratera Occator, de 90 km de diâmetro. Assim como outras manchas brilhantes (faculae) espalhadas ao redor de Ceres, Cerealia Facula não é gelo, mas, sim, um residuo salino exposto com um grau de refletividade como o de neve suja. 

Acredita-se que o residuo seja composto em sua maioria por carbonato de sodio e cloreto de amonia de uma salmpura lamacenta dentro ou sob a crosta do planeta anão. 

Acionado por um avançado sistema de propulsão por íons em uma missão de 11 anos de duração, a Dawn explorou o asteriode Vesta, do cinturão principal, antes de viajar para Ceres. 

Mas em algum momento entre este mês de agosto e o de outubro, o combustivel hidrazina dos propulsores da espaçonave interplanetaria deverá finalmente se esgotar, ocorrendo a subsequente perda de controle de sua orientação, perda de potencia e da capacidade de comunicação com a Terra. 

Nesse ínterim, a Dawn irá continuar a explorar Ceres em detalhes sem precedentes, e, por fim, se aposentará em sua orbita ao redor do pequeno astro.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

Cerealia Facula, also known as the brightest spot on Ceres, is shown in this stunning mosaic close-up view. The high-resolution image data was recorded by the Dawn spacecraft, in a looping orbit, from altitudes as low as 34 kilometers (21 miles) above the dwarf planet's surface. 

Cerealia Facula is about 15 kilometers wide, found in the center of 90 kilometer diameter Occator crater. Like the other bright spots (faculae) scattered around Ceres, Cerealia Facula is not ice, but an exposed salty residue with a reflectivity like dirty snow. 

The residue is thought to be mostly sodium carbonate and ammonium chloride from a slushy brine within or below the dwarf planet's crust. Driven by advanced ion propulsion on an 11-year mission, Dawn explored main-belt asteroid Vesta before traveling on to Ceres. 

But sometime between this August and October, the interplanetary spacecraft is expected to finally run out of fuel for its hydrazine thrusters, with the subsequent loss of control of its orientation, losing power and the ability to communicate with Earth. 

Meanwhile Dawn will continue to explore Ceres in unprecedented detail, and ultimately retire in its orbit around the small world.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Dark Slope Streaks Split on Mars | Riscas escuras em encostas se dividem em Marte


O que estaria causando essas riscas escuras em Marte? Ninguém sabe ao certo. Entre as possibilidades incluem-se avalanches de poeira, pedaços de gelo seco em evaporação e fluxos de água em estado liquido. 

O que está claro é que as riscas ocorrem através da poeira superficial clara e expõem uma camada escura mais profunda. Riscas similares têm sido fotografadas em Marte há anos, e são umas das poucas caracteriscitas da superficie que mudam de aparencia sasonalmente. 

Particularmente interessante aqui é que riscas maiores se dividem em outras menores, mais abaixo pela encosta. Esta imagem foi obtida com a camera HiRISE  a bordo da sonda Orbital de Reconhecimento de Marste (MRO), muitos meses atrás. Atualmente, uma tempestade de poeira global está tomando conta de boa parte do planeta.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

What is creating these dark streaks on Mars? No one is sure. Candidates include dust avalanches, evaporating dry ice sleds, and liquid water flows. 

What is clear is that the streaks occur through light surface dust and expose a deeper dark layer. Similar streaks have been photographed on Mars for years and are one of the few surface features that change their appearance seasonally. 

Particularly interesting here is that larger streaks split into smaller streaks further down the slope. The featured image was taken by the HiRISE camera on board the Mars-orbiting Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) several months ago. Currently, a global dust storm is encompassing much of Mars.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Neutrino Associated with Distant Blazar Jet | Neutrino Associado a um distante jato Blazar


Com equipamentos congelados nas profundezas do gelo sob o Polo Sul da Terra, a humanidade parece ter descoberto um neutrino vindo de longe através do universo. Se for confirmado, isso marcaria a primeira clara detecção de neutrinos cosmologicamente distantes e o alvorecer de uma associação observada entre neutrinos energeticos e raios cosmicos  criados por potentes jatos emanados de quasares ardentes (blazars). 

Depois que o detector Antartico IceCube mediu um neutrino energetico, em setembro de 2017, muitos dos principais observatorios da humanidade entraram em ação para tentar identificar uma contraparte em luz. E conseguiram. 

Uma contraparte em erupção foi identificada por  observatorios de altas energias, inclusive o AGILE, o Fermi, o HAWC, o H.E.S.S., o INTEGRAL, o NuSTAR, o Swift, e o VERITAS, que descobriu que o blazar de raios gama TXS 0506+056 estava na direção certa e com raios gama de uma labareda chegando quase coincidentemente no tempo com o neutrino. 

Muito embora essa e outra coincidencias de posição e tempo sejam estatisticamente fortes, os astronomos irão esperar por outro neutrino similar - associações de luz de blazar para terem certeza absoluta. Esta é uma concepção artistica de um jato de particulas emanando de um buraco negro no centro de um blazar.

Tradução de LM Leitão da Cunha

With equipment frozen deep into ice beneath Earth's South Pole, humanity appears to have discovered a neutrino from far across the universe. If confirmed, this would mark the first clear detection of cosmologically-distant neutrinos and the dawn of an observed association between energetic neutrinos and cosmic rays created by powerful jets emanating from blazing quasars (blazars). 

Once the Antarctican IceCube detector measured an energetic neutrino in 2017 September, many of humanity's premier observatories sprang into action to try to identify a counterpart in light. And they did. 

An erupting counterpart was pinpointed by high energy observatories including AGILE, Fermi, HAWC, H.E.S.S., INTEGRAL, NuSTAR, Swift, and VERITAS, which found that gamma-ray blazar TXS 0506+056 was in the right direction and with gamma-rays from a flare arriving nearly coincidental in time with the neutrino. 

Even though this and other position and time coincidences are statistically strong, astronomers will await other similar neutrino - blazar light associations to be absolutely sure. Pictured here is an artist's drawing of a particle jet emanating from a black hole at the center of a blazar.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Moon and Venus over Cannon Beach | A Lua e Venus sobre a Praia Cannon


O que é aquele ponto próximo à Lua? É Venus. Dois dias atrás, a Lua crescente passou lentamente por Venus, aparecendo dentro de apenas dois graus em seu ponto mais próximo. Esta conjunção, no entanto, foi apenas uma de inúmeras aventuras fotograficas de nossa Lua neste mês, porque, vejam, um eclipse parcial solar ocorreu há poucos dias, em 12 de julho. 

Atualmente, a Lua parece estar se abrilhantando quando vista da Terra, já que a parte de sua face iluminada pelo Sol continua a aumentar. Dentro de alguns dias, a Lua irá aparecer com mais da metade cheia, e estará, portanto, em sua fase gibosa. Na semana que vem, a face da Lua que está sempre voltada para a Terra irá se tornar, conforme vista da Terra, completamente iluminada pelo Sol. 

Mas mesmo essa fase cheia trará uma aventura, já que um eclipse total desta Lua de Trovão irá ocorrer em 27 de julho. Mas não se preocupe achando que nossa Luna possa se cansar, porque ela estará nova outra vez no próximo mês —  11 de agosto, para ser exato — quando causará outro eclipse parcial do Sol. 

Na foto, Venus e a Lua foram aparecem sobre Cannon Beach, acima de uma formação rochosa ao largo da costa de Oregon (EUA), chamada As Agulhas. Cerca de uma hora após a obtenção dessa imagem, a rotação da Terra fez com que Venus e a Lua se pusessem.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

What's that spot next to the Moon? Venus. Two days ago, the crescent Moon slowly drifted past Venus, appearing within just two degrees at its closest. This conjunction, though, was just one of several photographic adventures for our Moon this month (moon-th), because, for one, a partial solar eclipse occurred just a few days before, on July 12. 

Currently, the Moon appears to be brightening, as seen from the Earth, as the fraction of its face illuminated by the Sun continues to increase. In a few days, the Moon will appear more than half full, and therefore be in its gibbous phase. Next week the face of the Moon that always faces the Earth will become, as viewed from the Earth, completely illuminated by the Sun. 

Even this full phase will bring an adventure, though, as a total eclipse of this Thunder Moon will occur on July 27. Don't worry about our Luna getting tired, though, because she'll be new again next month (moon-th) -- August 11 to be exact -- just as she causes another partial eclipse of the Sun. Pictured, Venus and the Moon were captured from Cannon Beach above a rock formation off the Oregon (USA) coast known as the Needles. About an hour after this image was taken, the spin of the Earth caused both Venus and the Moon to set.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Rings Around the Ring Nebula | Aneis ao redor da Nebulosa do Anel


Há muito mais coisas na familiar Nebulosa do Anel (M57), no entanto, do que se pode ver através de pequenos telescopios. O facilmente visivel anel central tem cerca de um ano-luz de diametro, mas esta notavelmente profunda exposição — um esforço colaborativo combinando dados de tres diferentes grandes telescopios — explora os filamentos em forma de laço de gás incandescente espalhando-se muito além da estrela central da nebulosa. 

Esta notavel imagem composta inclui imagens de hidrogenio de banda estreita, emissões de luz visiveis, e emissões de luz em infravermelho. Evidentemente, neste bem estudado exemplo de nebulosa planetaria, a materia incandescente não vem de planetas. Em vez disso, o manto gasoso representa camadas externas expelidas de uma estrela em colapso, semelhante ao Sol. A Nebulosa do Anel está distante cerca de 2.000 anos-luz na direção da constelação da Lira.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

There is much more to the familiar Ring Nebula (M57), however, than can be seen through a small telescope. The easily visible central ring is about one light-year across, but this remarkably deep exposure - a collaborative effort combining data from three different large telescopes - explores the looping filaments of glowing gas extending much farther from the nebula's central star. 

This remarkable composite image includes narrowband hydrogen image, visible light emission, and infrared light emission. Of course, in this well-studied example of a planetary nebula, the glowing material does not come from planets. Instead, the gaseous shroud represents outer layers expelled from a dying, sun-like star. The Ring Nebula is about 2,000 light-years away toward the musical constellation Lyra.

domingo, 15 de julho de 2018

Star Trails and the Bracewell Radio Sundial | Trilhas de estrelas e o Radiorelogio de Sol Bracewell


Os relogios de Sol usam a locazação de uma sombra para medir a rotação da Terra e indicar a hora do dia. Portanto, vem a calhar que este relogio de Sol, no Observatorio do Conjunto de Grandes Telescópios no Novo Mexico, EUA, comemore a historia da radioastronomia e do pioneiro da radioastronomia Ronald Bracewell. 

O radiorelogio de Sol foi construido com pedaços de um conjunto de radiotelescopio de mapeamento solar que Bracewell orginalmente construiu próximo ao campos da Stanford University. 

O conjunto de Bracewell foi usado para contribuir com dados para planejar o primeiro pouso na Lua, e seus pilares foram assinados por cientistas visitantes e radioastronomos, inclusive dois ganhadores do premio Nobel. 

Como na maioria dos relogios de Sol, a sombra projetada pelo gnomon central  segue marcadores que mostram o horário solar do dia, juntamente com solsticios e equinocios. Mas marcadores no radiorelogio de Sol  são também dispostos de acordo com o tempo sideral local. 

Eles mostram a posiçion das sombras de radio invisiveis de tres brilhantes fontes de radio no ceu da Terra, o remanescente da supernova Cassiopeia A, a galaxia ativa  Cygnus A, e a galaxia ativa Centaurus A. 

O tempo sideral é apenas o tempo estelar, a rotação da Terra conforme medida com as estrelas e galaxias distantes. Aquela rotação é refletida nesta exposição compota de quatro horas de exposição. Acima do Radiorelogio de Sol Bracewell, as estrelas traçam trilhas concentricas ao redor do polo norte celestial.

Tradução de Luiz M. Leitão da Cunha

Sundials use the location of a shadow to measure the Earth's rotation and indicate the time of day. So it's fitting that this sundial, at the Very Large Array Radio Telescope Observatory in New Mexico, commemorates the history of radio astronomy and radio astronomy pioneer Ronald Bracewell. 

The radio sundial was constructed using pieces of a solar mapping radio telescope array that Bracewell orginaly built near the Stanford University campus. 

Bracewell's array was used to contribute data to plan the first Moon landing, its pillars signed by visiting scientists and radio astronomers, including two Nobel prize winners. 

As for most sundials the shadow cast by the central gnomon follows markers that show the solar time of day, along with solstices and equinoxes. But markers on the radio sundial are also laid out according to local sidereal time. 

They show the position of the invisible radio shadows of three bright radio sources in Earth's sky, supernova remnant Cassiopeia A, active galaxy Cygnus A, and active galaxy Centaurus A. 

Sidereal time is just star time, the Earth's rotation as measured with the stars and distant galaxies. That rotation is reflected in this composited hour-long exposure. Above the Bracewell Radio Sundial, the stars trace concentric trails around the north celestial pole.

sábado, 14 de julho de 2018

A Nibble on the Sun | Um recorte no Sol


O menor dos tres eclipses parciais solares durante 2018 ocoreu ontem mesmo, sexta-feira,  13 e julho. Ela foi mais visivel no oceano aberto, entre a Australia e a Antartica. 

Still, este quadro de video de um minusculo recorte no Sol foi registrado atraves de um filtro hidrogenio-alfa em Port Elliott, South Australia, durante o maximo eclipse visivel daquela localidade. 

Lá, a Lua nova cobriu cerca de 0,16 por cento do disco solar. O maior eclipse, com cerca de um terço do diametro do Sol, bloqueado pela Lua nova, pôde ser visto no leste da Antartica, perto de Peterson Bank, onde a colonia local de pinguins imperadores, provavelmente, teve a melhor visão. 

Durante esta produtiva temporada de eclipses, a vindoura Lua cheia irá trazer um eclipse total lunar em 27 de julho, seguida de mais um  eclipse  parcial solar na próxima Lua cheia, em 11 de agosto.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

The smallest of the three partial solar eclipses during 2018 was just yesterday, Friday, July 13. It was mostly visible over the open ocean between Australia and Antarctica. 

Still, this video frame of a tiny nibble on the Sun was captured through a hydrogen-alpha filter from Port Elliott, South Australia, during the maximum eclipse visible from that location. 

There, the New Moon covered about 0.16 percent of the solar disk. The greatest eclipse, about one-third of the Sun's diameter blocked by the New Moon, could be seen from East Antarctica near Peterson Bank, where the local emperor penguin colony likely had the best view. 

During this prolific eclipse season, the coming Full Moon will bring a total lunar eclipse on July 27, followed by yet another partial solar eclipse at the next New Moon on August 11.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Centaurus A


Distante apenas 11 milhões de anos-luz, Centaurus A é a galaxia ativa mais proxima do planeta Terra. Espalhando-se por mais de 60.000 anos-luz, a peculiar galaxia eliptica, também chamada NGC 5128, é mostrada nesta nitida vista telescopica. 

Centaurus A é, aparentemente, o resultado de uma colisão de duas galaxias normais em outras circunstancias, resultando em uma fantastica mistura de aglomerados estelares e imponentes trilhas de poeira escura. 

Próximos ao centro da galaxia, restos de detritos cosmicos vão constantemente sendo consumidos por um buraco negro central com um bilhão de vezes a massa do Sol. Como no caso de outras galaxias ativas, aquele processo, provavelmente, gera a energia em ondas de radio, raios X  e  gama emitida por Centaurus A.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

Only 11 million light-years away, Centaurus A is the closest active galaxy to planet Earth. Spanning over 60,000 light-years, the peculiar elliptical galaxy also known as NGC 5128, is featured in this sharp telescopic view. 

Centaurus A is apparently the result of a collision of two otherwise normal galaxies resulting in a fantastic jumble of star clusters and imposing dark dust lanes. 

Near the galaxy's center, left over cosmic debris is steadily being consumed by a central black hole with a billion times the mass of the Sun. As in other active galaxies, that process likely generates the radio, X-ray, and gamma-ray energy radiated by Centaurus A.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Symbiotic R Aquarii | A simbiotica R Aquarii


É possivel ver a variação da intensidade de seu brilho só com o uso de binoculos ao longo do  curso de um ano. A estrela variável R Aquarii é, na verdade, um sistema estelar binario em interação, duas estrelas que parecem ter uma relação muito proxima, simbiotica. 

Distante cerca de 710 anos-luz, este intrigante sistema consiste em uma fria estrela gigante vermelha e uma quente e densa anã branca em órbita mutua ao redor de seu centro de massa em comum. A luz visivel do sistema binario é dominada pela gigante vermelha, ela própria uma estrela variavel de longo periodo do tipo Mira. 

Mas a materia no envoltorio ampliado da fria estrela gigante é atraído pela gravidade para a superficie da menor e mais densa anã branca, acabando por desencadear uma explosão termonuclear e lançar material ao espaço. Esta imagem do Hubble mostra o anel de detritos ainda em expansão, que se espalha por menos de um ano-luz e se originou de uma explosão que teria sido vista no começo da década de 1770. 

A evolução de eventos energeticos menos compreendidos que produzem emissão de alta energia no sistema R Aquarii é monitorada desde 2000, através de dados do Observatorio  Chandra de raios X.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

You can see it change in brightness with just binoculars over the course of a year. Variable star R Aquarii is actually an interacting binary star system, two stars that seem to have a close, symbiotic relationship. 

About 710 light years away, this intriguing system consists of a cool red giant star and hot, dense white dwarf star in mutual orbit around their common center of mass. The binary system's visible light is dominated by the red giant, itself a Mira-type long period variable star. 

But material in the cool giant star's extended envelope is pulled by gravity onto the surface of the smaller, denser white dwarf, eventually triggering a thermonuclear explosion and blasting material into space. The featured image from the Hubble Space Telescope shows the still-expanding ring of debris which spans less than a light year and originated from a blast that would have been seen in the early 1770s. 

The evolution of less understood energetic events producing high energy emission in the R Aquarii system has been monitored since 2000 using Chandra X-ray Observatory data.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

A Northern Summer's Night | Uma noite de verão no norte


Proximo a uma meia noite de verão, uma bruma assombra a margem do rio nesta paisagem celeste de sonho, tirada em 3 de julho no norte da Dinamarca. A luz solar avermelhada pouco abaixo do horizonte dá uma coloração estranha às nuvens que pairam baixo. 

Formadas próximo à borda do espaço, as aparições prateadas acima delas são nuvens  notilucentes, ou nuvens que brilham à noite. As gélidas condensações em poeira meteorica ou cinzas vulcanicas ainda estão sob plena luz solar às extremas altitudes da mesosfera. 

Normalmente vistas a grandes latitudes nos meses de verão, aparições de nuvens notilucentes amplamente espalhadas estão sendo reportadas agora.

Tradução de Luiz Mario Leitão da Cunha

Near a summer's midnight a mist haunts the river bank in this dreamlike skyscape taken on July 3rd from northern Denmark. Reddened light from the Sun a little below the horizon gives an eerie tint to low hanging clouds. 

Formed near the edge of space, the silvery apparitions above them are noctilucent or night shining clouds. The icy condensations on meteoric dust or volcanic ash are still in full sunlight at the extreme altitudes of the mesophere. 

Usually seen at high latitudes in summer months, wide spread displays of the noctilucent clouds are now being reported.

terça-feira, 10 de julho de 2018

An Airplane in Front of the Moon | Um avião em frente à Lua


Se você observar a Lua atentamente, verá um grande avião diante dela. Bem, nem sempre. OK, raramente. Na verdade, para captar uma imagem como essa é necessario um timing preciso, uma exposição suficientemente rápida para congelar o avião e não superexpor a Lua — porém lenta o suficiente para permitir que se vejam ambos, uma camera fixa, e sorte —porque nem todo avião que se aproxima  da Lua cruza diante dela. 

Um  equipamento util inclui uma camera  com um  video em modo rapido continuo e um  tripe que automaticamente acompanhe a Lua. Esta  fugaz superposição foi captada em Seul, Coreia do Sul, duas semanas atrás, durante um nascer da Lua gibosa crescente durante o dia. Em 1/10 de segundo, o avião já havia cruzado.

Tradução de Luiz M. Leitão da Cunha

If you look closely at the Moon, you will see a large airplane in front of it. Well, not always. OK, hardly ever. Actually, to capture an image like this takes precise timing, an exposure fast enough to freeze the airplane and not overexpose the Moon -- but slow enough to see both, a steady camera, and luck -- because not every plane that approaches the Moon crosses in front. 

Helpful equipment includes a camera with fast continuous video mode and a mount that automatically tracks the Moon. The featured fleeting superposition was captured from Seoul, South Korea two weeks ago during a daytime waxing gibbous moonrise. Within 1/10th of a second, the airplane crossing was over.