Um novo tipo de partícula, chamado pentaquark, foi descoberto ontem por cientistas no Grande Colisor de Hádrons.
Físicos já haviam produzido teorias sobre a existência do pentaquark desde os anos 1960, mas nunca haviam conseguido prová-la, até sua detecção pelo mais potente esmagador de partículas do mundo, no Cern.
A descoberta do pentaquark surge após o LHC ter sido usado, em 2012 , para provar a existência de outra partícula, o Boson de Higgs, que dá massa à matéria.
O porta-voz do Grande Colisor de Hádrons, Guy Wilkinson disse que o pentaquark representava uma maneira de combinar quarks - as partículas subatômicas que compõem os prótons e nêutrons.
"O estudo de suas propriedades pode nos permitir entender melhor como a matéria comum, os prótons e nêutrons dos quais tudo é feito, é constituída,” disse Wilkinson.
O LHC voltou à atividade em Junho após uma atualização de dois anos, com cientistas saudando uma "nova era" em sua busca por desvendar mais mistérios do Universo.
Bóson de Higgs: P&R
Os novos testes na Organização Europeia de Pesquisas Nucleares (CERN) têm o dobro dos npiveis de energia que tinham durante a última fase experimental de três anos, quando a existência do Bóson de Higgs foi confirmada.
Quatro laboratórios estão localizados ao longo do túnel em formato de anel do LHC, a cerca de 100 metros sob o solo, onde cientistas analisam colisões entre partículas movendo-se quase à velocidade da luz.
O LHC, um dos quatro experimentos, é concentrado na compreensão das diferenças entre matéria e antimatéria, e na análise de certos quarks.
"Nossa compreensão da estrutura da matéria foi revolucionada em 1964 quando o físico americano Murray Gell-Mann propôs que uma categoria de partículas chamadas bárions, que inclui prótons e nêutrons, são compostas de três objetos de carga fracionada, chamados quarks," disse o CERN em uma declaração.
Gell-Mann, que ganhou o prêmio Nobel de Física em 1969, propôs posteriormente outra categoria de partículas, mésons, formadas por pares de "quark-antiquark".
Seu modelo considerava a existência de outras combinações de quarks - como os pentaquarks, que são compostos de quatro quarks e um antiquark. Mas ainda não se havia visto qualquer prova conclusiva da existência dos pentaquarks até agora.
Tradução de Luiz Leitão da Cunha
A new kind of particle, called the pentaquark, was discovered by scientists at the Large Hadron Collider yesterday.
Physicists had theorised the existence of the pentaquark since the 1960s, but had never been able to prove it until its detection by the world's most powerful particle smasher at Cern.
The discovery of the pentaquark comes after the LHC was used in 2012 to prove the existence of another particle, the Higgs Boson, which confers mass.
Large Hadron Collider spokesman Guy Wilkinson said the pentaquark represented a way to combine quarks - the sub-atomic particles that make up protons and neutrons.
"Studying its properties may allow us to understand better how ordinary matter, the protons and neutrons from which we're all made, is constituted,” said Mr Wilkinson.
The LHC cranked back up again in June after a two-year upgrade, with scientists hailing a "new era" in their quest to unravel more mysteries of the Universe.
Higgs boson: Q&A
The new tests at the European Organisation for Nuclear Research (CERN) have twice the energy levels they had during the last three-year experiment phase, when the existence of the Higgs Boson was confirmed.
Four laboratories are located along the LHC's ring-shaped tunnel around a hundred metres (109 yards) underground, where scientists analyse collisions between particles moving at close to the speed of light.
The LHC, one of the four experiments, is focused on understanding the differences between matter and anti-matter and analysing certain quarks.
"Our understanding of the structure of matter was revolutionized in 1964 when American physicist, Murray Gell-Mann, proposed that a category of particles known as baryons, which includes protons and neutrons, are comprised of three fractionally charged objects called quarks," CERN said in a statement.
Gell-Mann, who won the Nobel Physics Prize in 1969, further proposed another category of particles, mesons, formed of "quark-antiquark" pairs.
His model allowed for the existence of other quark combinations - such as pentaquarks, which are composed of four quarks and an antiquark. But no conclusive evidence for pentaquarks had been seen until now.
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