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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Mistérios do espaço "interestelar" | Mysteries of 'Interstellar' Space


O novo filme "Interestelar" da Paramount remete a um futuro em que astronautas precisam encontrar um novo planeta adequado à  vida humana após as mudanças climáticas terem acabado com a capacidade da Terra de nos sustentar. Várias missões da NASA estão ajudando a evitar esse futuro distópico ao fornecerem dados vitais para proteger a Terra. Ainda assim o cosmos nos atrai a explorarmos além de nosso planeta, expandindo a presença humana mais profundamente pelo sistema solar, e além. Durante milhares de anos nós imaginamos se poderíamos encontrar outro lar entre as estrelas. E estamos prestes a responder essa pergunta.
Se você sair ao ar livre em uma noite bem escura, terá a sorte de ver várias das 2.000 estrelas visíveis a olho nu. Mas elas são apenas uma fração dos bilhões de estrelas de nossa galáxia e das inumeráveis outras galáxias ao nosso redor. Várias missões da NASA estão ajudando a ampliar os sentidos da humanidade e captar a luz das estrelas para nos ajudar a compreender melhor nosso lugar no universo.
Grandes telescópios de luz visível como o Hubble nos mostram a luz antiga que permeia o cosmos, levando a descobertas pioneiras, como a da aceleração da expansão do universo. Através de missões de infravermelho, como a SpitzerSOFIA e WISE, nós olhamos profundamente através da poeira cósmica, para dentro de nascedouros estelares onde gases formam novas estrelas. Com missões como o ChandraFermi e NuSTAR, nós detectamos os estertores de grandes estrelas, que podem liberar enormes quantidades de energia através de supernovas e formar o exótico fenômeno dos buracos negros. 
Ainda assim, foi somente nos últimos anos que nós pudemos compreender totalmente quantos outros planetas podem haver além do sistema solar. A cerca de 100 quilômetros da superfície da Terra, o Telescópio Espacial Kepler olhou através de uma pequena janela do céu durante quatro anos. Quando os planetsa passavam diante de uma estrela na linha de visão da Kepler, a espaçonave media a variação em seu brilho. A Keplerfoi projetada para determinar a probabilidade de que outros planetas orbitem estrelas. Graças à missão, nós agora sabemos ser possível que toda estrela tenha ao menos um planeta orbitando-a. Sistemas solares nos rodeiam em nossa galáxia e estão espalhados através da miríade de galáxias que vemos. Embora ainda não tenhamos encontrado um planeta exatamente igual à Terra, as implicações das descobertas da Kepler são muito surpreendentes — pode muito bem haver muito mais mundos como o nosso para as futuras gerações explorarem.
A NASA também está desenvolvendo sua próxima missão exoplanetária, a Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), que irá vasculhar 200.000 estrelas próximas à procura da presença de planetas do tamanho da Terra.
Por ora, as distâncias entre as estrelas são grandes demais para que espaçonaves as cruzem com os sistemas de propulsão existentes. Somente uma espaçonave está pronta para deixar o sistema solar no futuro próximo. A Voyager 1, lançada em 1977, fez a histórica entrada no espaço interstelar em agosto de 2012, alcançando a região entre as estrelas, cheia de material ejetado pela morte de estrelas próximas há milhões de anos.Ela não vai encontrar qualquer outra estrela além do Sol durante, pelo menos, 40.000 anos.  
No entanto o futuro próximo da exploração deverá causar muita emoção, quando humanos e espaçonaves robóticas explorarem o caminho percorrido pela Voyager, mais fundo no nosso sistema solar, onde pode existir vida extraterrestre, e onde os humanos poderiam um dia prosperar.
As formas de vida que conhecemos exigem água e calor. Em nosso planeta aquoso, nós encontramos formas de vida em abundância, mesmo sob as mais extremas temperaturas. Os cientistas estão ansiosos para saber se há provas da existência de vida microbiana em outros planetas e luas ao nosso alcance. Na lua joviana Europa, por exemplo, há um oceano temperado entre um núcleo vulcânico e a superfície gelada. Assim como existe vida nas escuras e quentes profundezas dos oceanos da Terra, poderia da mesma forma existir também em Europa, à espera de serem descobertas. A NASA está estudando uma futura missão àquela lua aquosa na próxima década.
Muitos cientistas questionam se a Terra se formou com a água que tem atualmente. Impactos de cometas e asteroides no começo da história do planeta podem ter trazido a água e ajudado a transformar nossa atmosfera. Missões vindouras para colher amostras de asteroides, como a OSIRIS-REx, poderiam revelar os componentes formadores de vida incrustados na rocha, o que poderia levar a novas  compreensões a respeito das origens da vida.
No entanto talvez o alvo mais  tentador para se procurar provas da existência de vida seja Marte. Uma frota de espaçonaves na superfície e orbitando Marte  revelou que o Planeta Vermelho um dia teve condições propícias à vida. Embora a água fulente e a atmosfera do planeta tenham diminuído muito, provas da existência de vida passada ainda poderiam ser descobertas por explorações futuras. Poderia até mesmo vir a ser um lar para  futuros pioneiros humanos.
Os recursos naturais de Marte, como o gelo de água embutido em rochas  poderiam ser extraídos para criar ar respirável, água potável, e até mesmo componentes para propelentes de espaçonaves. Uma capacidade de viver fora da terra irá habilitar muito várias missões a Marte e mudar para sempre a história da humanidade.
Esta Jornada a Marte começa a bordo da Estação Espacial Internacional, onde astronautas 250 milhas acima da Terra estão aprendendo como viver no espaço por longos períodos — conhecimento fundamental necessário para  viagens de ida e volta a Marte, que poderiam levar 500 dias, ou mais. Uma nova geração de espaçonaves comerciais e foguetes dos EUA estão abastecendo a estação espacial e em breve irão lançar novamente astronautas do solo dos EUA. Com essas inovações dos voos espaciais no século 21 abrindo a órbita baixa da Terra de novas formas, a NASA está produzindo os meios de enviar humanos para mais longe da Terra do que nunca antes.Em dezembro, nós realizaremos o primeiro teste de voo da espaçonave Orion, que irá transportar astronautas na próxima década em missões além da Lua, até um asteroide e para Marte, lançada pelo gigantesco foguete Space Launch System
Tradução de Luiz Leitão
The new Paramount film "Interstellar" imagines a future where astronauts must find a new planet suitable for human life after climate change destroys the Earth's ability to sustain us. Multiple NASA missions are helping avoid this dystopian future by providing critical data necessary to protect Earth. Yet the cosmos beckons us to explore farther from home, expanding human presence deeper into the solar system and beyond. For thousands of years we've wondered if we could find another home among the stars. We're right on the cusp of answering that question.
If you step outside on a very dark night you may be lucky enough to see many of the 2,000 stars visible to the human eye. They're but a fraction of the billions of stars in our galaxy and the innumerable galaxies surrounding us. Multiple NASA missions are helping us extend humanity's senses and capture starlight to help us better understand our place in the universe.
Largely visible light telescopes like Hubble show us the ancient light permeating the cosmos, leading to groundbreaking discoveries like the accelerating expansion of the universe. Through infrared missions like Spitzer, SOFIA and WISE, we've peered deeply through cosmic dust, into stellar nurseries where gases form new stars. With missions like ChandraFermi and NuSTAR, we've detected the death throes of massive stars, which can release enormous energy through supernovas and form the exotic phenomenon of black holes. 
Yet it was only in the last few years that we could fully grasp how many other planets there might be beyond our solar system. Some 64 million miles (104 kilometers) from Earth, the Kepler Space Telescope stared at a small window of the sky for four years. As planets passed in front of a star in Kepler's line of view, the spacecraft measured the change in brightness. Kepler was designed to determine the likelihood that other planets orbit stars. Because of the mission, we now know it's possible every star has at least one planet. Solar systems surround us in our galaxy and are strewn throughout the myriad galaxies we see. Though we have not yet found a planet exactly like Earth, the implications of the Kepler findings are staggering—there may very well be many worlds much like our own for future generations to explore.
NASA also is developing its next exoplanet mission, the Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), which will search 200,000 nearby stars for the presence of Earth-size planets.
As of now, the distance between stars is too great for spacecraft to traverse using existing propulsion. Only one spacecraft is poised to leave the solar system in the near future. Voyager 1, launched in 1977, made the historic entry into interstellar space in August of 2012, reaching the region between stars, filled with material ejected by the death of nearby stars millions of years ago. It won't encounter another star for at least 40,000 years.  
The near-term future of exploration should be cause for much excitement, though, as humans and robotic spacecraft pioneer the path Voyager traveled, deeper into our solar system, where extra-terrestrial life may exist, and where humans could one day thrive.
Life as we know it requires water and heat. On our watery planet, we find life teeming at even the most extreme temperatures. Scientists are eager to know if evidence of microbial life exists on other planets and moons within our reach. On Jupiter's moon Europa, for example, there is a temperate ocean caught between a volcanic core and icy surface. Just as life exists in the dark, hot reaches of Earth's ocean, so too could it exist on Europa, waiting to be discovered. NASA is studying a future mission to the watery moon next decade.
Many scientists question if Earth formed with the water it has now. Comets and asteroid impacts early in the planet's history may have brought the water and help transform our atmosphere. Upcoming missions to capture samples of asteroids, like OSIRIS-REx, could reveal the building blocks of life embedded in the rock, which could lead to new insights about the origins of life.
Perhaps the most enticing target to search for evidence of life, however, is Mars. A fleet of spacecraft on the surface and orbiting Mars have revealed the Red Planet once had conditions suitable for life. While the planet's flowing water and atmosphere have significantly diminished, evidence of past life could still be discovered by future exploration. It could even be a home for future human pioneers.
Martian natural resources like water ice embedded in rock could be extracted to create breathable air, drinkable water, and even components for spacecraft propellant. An ability to live off the land will greatly enable multiple human missions to Mars and forever change the history of humankind.
This Journey to Mars begins aboard the International Space Station where astronauts 250 miles above Earth are learning how to live in space for long durations — key knowledge needed for round trips to Mars, which could take 500 days or more. A new generation of U.S. commercial spacecraft and rockets are supplying the space station and will soon launch astronauts once again from U.S. soil. As these 21st century spaceflight innovations open low-Earth Orbit in new ways, NASA is building the capabilities to send humans farther from Earth than even before. In December, we'll conduct the first flight test of the Orion Spacecraft, which will carry astronauts next decade on missions beyond the moon to an asteroid and Mars, launched on the giant Space Launch System rocket. 

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