A Polícia Federal com o apoio do
Instituto Nacional do Seguro Social-INSS deflagrou na manhã de hoje, 25,
a Operação Gerocômio, com o objetivo de desarticular quadrilha
responsável pela emissão e recebimento fraudulento de benefícios da
Previdência Social. Sete pessoas foram presas.
Foram cumpridos 7 mandados de prisão e
28 mandados de busca e apreensão expedidos pela 9ª Vara Criminal da
Justiça Federal de São Paulo. 106 Policiais Federais e 7 servidores do
INSS participam da ação, que ocorre simultaneamente nas cidades de São
Paulo, Guarulhos, Jundiaí, Valinhos e Campinas.
A investigação iniciou-se se em outubro
de 2011 após a verificação de informações inconsistentes nos bancos de
dados da Previdência Social. Há evidências de envolvimento de uma rede
composta por beneficiários, intermediários e servidores públicos.
Os benefícios fraudulentos eram
solicitados sempre junto à mesma Agência da Previdência Social e
concedidos pelos mesmos servidores. Eles se referem especialmente a
Aposentadoria por Tempo de Contribuição, Pensão por Morte e Benefício de
Amparo Social ao Idoso, conhecido por LOAS. Para o LOAS não é necessária contribuição prévia, pois se destina a pessoas idosas cuja renda
familiar, por pessoa, não ultrapasse o valor de ¼ de salário mínimo.
O grupo agia de duas maneiras: para os
benefícios assistenciais eram obtidas declarações falsas de familiares
dos beneficiários. Para a concessão de aposentadoria por tempo de
serviço e pensão por morte, era feita a conversão irregular de tempo de
serviço especial ou, ainda, a inserção de vínculos ou recolhimentos
fictícios no sistema informatizado da Previdência. Estima-se que mais de
R$ 8 milhões tenham sido pagos em benefícios irregulares.
O termo gerocômio refere-se à casa de
idosos, tendo sido utilizado porque as fraudes referem-se a benefícios
devidos, em sua maioria, em razão da idade.
Os envolvidos responderão, na medida de
suas participações, pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção
passiva, corrupção ativa, falsidade documental, estelionato qualificado e
inserção de dados em sistemas de informação ou documentos
previdenciários, cujas penas variam de 1 a 12 anos de prisão.
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