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terça-feira, 2 de agosto de 2011

floriano martins & manuel íris


SO SWEET MY LITTLE GIRL


si tengo suerte
un verso que no he dicho va a reír en tu muñeca
como si fuera una pulsera loca un adelanto
de la lluvia triste de la urgencia de que sigas
de que nunca sepas lo que esconde esa mañana
que bajaste de un columpio sin sentir
esa niñez que habías dejado atrás
ve buscar tu larga risa que repite sin cesar las cuadernillas de misterio
por las alfombras del mismo sueño mi dulce niña siempre cuida calentar las piedras de la lluvia el mar que golpea su ventana las pocas notas del relámpago
el olvido que se hace encanto y siempre regresa a la misma puerta
en que una vez lloraste por un globo un pajarito muerto
era ese llanto repetido y monótono de una tristeza ciega
y no lloraste así cuando bajaste del columpio
y te quedaste allí por siempre balanceándote mi niña triste y dulce
trilce
niña mía


SO SWEET MY LITTLE GIRL


se tenho sorte
um verso que não disse rirá em teu pulso
como se fosse uma pulseira louca uma antecipação
da chuva triste da urgência de que sigas
de que nunca saibas o que esconde essa manhã
em que desceste de um balanço sem sentir
essa infância que havias deixado para trás
busca teu longo riso que repete sem cessar os caderninhos de mistério
pelos travesseiros do mesmo sonho minha doce menina sempre cuida de aquecer as pedras da chuva o mar que bate em sua janela as poucas notas do relâmpago
o esquecimento que se torna encanto e sempre regressa à mesma porta
em que uma vez choraste por um globo um passarinho morto
era esse pranto repetido e monótono de uma tristeza cega
e não choraste assim quando desceste do balanço
e ficaste ali para sempre balançando-se minha menina triste e doce
trilce
menina minha




               SO SWEET MY LITTLE GIRL



If I’m lucky
a verse you didn’t say will laugh in your wrist
as if it were a crazy wristlet     an anticipation
of the blue rain     of the urgency that you move on
that you never know what this morning hides
in which you descended from a rocking without feeling
this childhood you had left behind
seek your long laughter which repeats without ceasing the
small notebooks of mystery
through pillows of the same dream     my sweet girl always  handles warming
the rains’ stones     the sea that hits your window     the few notes
of the lightning
the oblivion that becomes charm and always returns to the same door
in which you once cried for a globe a dead bird
it was this repeated and monotonous mourning of a blind sadness
and you didn’t cry like this when you descended
from the rocking
and stayed there     forever rocking yourself     my sad and sweet girl
trilce
          girl of mine

poema | floriano martins & manuel íris
imagens | nicolau saião
traducción al portugués | floriano martins
traducción al inglés | luiz leitão
dedicado a so sweet my little girl” (johnny coles) | little johnny c (1963)



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