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terça-feira, 12 de abril de 2011

PERNAS DE ANNE DARWIN

Meu amigo Zé Nêumanne, alma generosa, me presenteou com a obra dum poeta que não conhecia: Floriano Martins, que ele me apresentou, e atendeu generosamente ao meu pedido de licença de reprodução. Em português e espanhol. Se eu tiver competência, tentarei vertê-lo para o inglês, mas antes submetendo a versão a Floriano. Se você está triste ou entediado, sua alma se elevará depois de você ler o que segue; creia-me.

Mi amigo Zé Nêumanne, una alma muy generosa, me ha regalado con la obra de un poeta el cual yo no conocía: Floriano Martins, quiene Zé me he presentado, y atendió de pronto a mi requesto de licencia de reproducción. En portugués y español. Se yo tuviera competencia, intentaré verti-lo al inglés, pero no sin antes someterlo a Floriano. Si ud está triste o enfadado, tu alma se enlevará después de leer lo que sigue; creame.




Quando me encontras estou entre a loucura e o silêncio,
como quem sussurra inutilmente o próprio destino.
Não faço idéia do que perdi em tuas mãos.
Preciso de um nome onde te esconder.
Um corpo apropriado à confissão que não gostarias de ouvir.
Eu sigo o teu vulto por entre as sombras,
por entre árvores que rastejam sob a chuva.
A noite encharcada de mistério.
Um rosto revelado a cada gesto murmurado.
Preciso de um lugar onde guardar as cenas vividas em teu nome.
A memória amontoando os corpos perdidos sem que pudéssemos ouvi-los.
Ainda procuras por mim?
Eu não saberia dizer quem fui.
Teus pecados não me comovem mais, porém me assustas com a tua ausência.
Quantos ainda poderão rever-te antes que voltes a ser ninguém?
O teu nome me confunde.
Eu simplesmente embaralho suas letras e não soletro mais onde tudo começou.


PIERNAS DE ANNE DARWIN

Cuando me encuentras estoy entre la locura y el silencio,
como quien susurra inútilmente el propio destino.
No tengo idea de lo que perdí en tus manos.
Necesito un nombre donde esconderte.
Un cuerpo apropiado a la confesión que no gustarías oír.
Yo sigo tu bulto por entre las sombras,
entre árboles que se arrastran bajo la lluvia.
La noche encharcada de misterio.
Un rostro revelado a cada gesto murmurado.
Necesito de un lugar donde guardar las escenas vividas en tu nombre.
La memoria amontonando los cuerpos perdidos sin que pudiésemos oírlos.
¿Todavía me buscas?
Yo no sabría decir quien fui.
Tus pecados no me conmueven más, pero me asustas con tu ausencia.
¿Cuántos aun podrán volver a verte antes que vuelvas a ser nadie?
Tu nombre me confunde.
Yo simplemente barajo sus letras y no deletreo más donde todo comenzó.

poema & fotografía | floriano martins
traducción | gladys mendía

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