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quarta-feira, 13 de abril de 2011

A escala INES

A escala Internacional de Eventos Nucleares classifica a gravidade dos acidentes numa escala de 0 a 7.

O Japão iguala a catástrofe de Fukushima, um mês mais tarde, a Chernobil, o pior acidente nuclear  da história.

O Japão levou um mês para atribuir à catástrofe da central nuclear de Fukushima o nível 7, o máximo na Escala Internacional de Acidentes Nucleares (International Nuclear Event Scale, INES), uma classificação feita pela Agência Internacional para a Energía Atômica (AIEA) desde 1990.

A escala INES tem 7 níveis (de "sem relevância para a segurança" a "acidente grave") e se aplica para "comunicar ao público de maneira rápida e coerente a importância do ponto de vista da segurança de eventos associados às fontes de radiação", segundo o site a AIEA.

Esta escala se aplica a qualquer ocorrência relacionada às instalações nucleares, alem do transporte, armazenagem e uso de material radioativo. Foi criada por um grupo de especialistas dos países membros da AIEA, convocados pela primeira vez pelo próprio organismo e pela OCDE em 1989.

Desde então, ficou estabelecido como grupo permanente e tem reuniões técnicas duas vezes por ano. É um grupo aberto à participação de todos os Estados membros da AIEA que o desejem e à participação voluntária.

Em Fukushima, o governo japonês demorou a atribuir um valor na escala ao acidente, e a primeira dada foi 4. Isso provocou protestos da França, cujos especialistas elevaram o nível de perigo a 6 nos primeiros  momentos.

A valoração japonesa situava o ocorrido em Fukushima, consequência do pior terremoto/maremoto e posterior tsunami registrado neste país, abaixo do acidente na central de Three Mile Island,  em 1979 nos Estados Unidos, ao qual se atribuiu o nível 5.

Este acidente, sem vítimas fatais, teve consequências econômicas e ambientais reduziu notavelmente a confiança da população nas centrais nucleares.

O grau 4 de gravidade é, no entanto, o mesmo atribuído ao acidente de Tokaimura em 1999 - considerado até agora o pior desastre nuclear do Japão- no qual os trabalhadores da usina de urânio morreram e 440 pessoas foram afetadas pela radiação.









Días depois, o governo japonês elevou a ocorrência em Fukushima ao nível 5, um ponto abaixo da classificação francesa. O nível 6 é, segundo o INES, um "acidente importante", só alcançado em duas ocasiões.

 Em ambos os casos se trata de centrais da antiga União Soviética: o primeiro, menos conhecido, foi a explosão no complexo nuclear de Kyshtym (Mayak, Rússia) em 1957, quando morreram várias centenas de pessoas e que permaneceu oculto durante 30 anos. O segundo foi a catástrofe de Chernobil, que em 1986 alcançou o nível máximo da escala INES (7).
Alguns especialistas assinalaram, após essa mudança de nível, que o normal é que num primeiro momento o governo atue de maneira prudente, supondo que o nível de gravidade do acidente se elevaria oficialmente em algum momento.

O segundo aumento no nível se deu  um mês depois do acidente, quando ainda não se havia controlado a central  e segue-se trabalhando tanto na refrigeração de seus reatores como para evitar novos escapes de gases radioativos.

O radiobiólogo do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) Eduard Rodríguez-Farré, qualificou o desastre em Fukushima, quando ainda se considerava um acidente de nível 6, como "um nível máximo, 7." 

Níveis de gravidade de ocorrências nucleares e radiológicas -INES

- Nível 0 / Abaixo da escala: Sem significãncia para a segurança.
- Nível 1: Anomalía.
- Nível 2: Incidente.
- Nvel 3: Incidente importante.
- Nível 4: Acidente com consequências de alcance local.
- Nível 5: Acidente com consequências de maior alcance.
- Nível 6: Accidente importante.
- Nível 7: Acidente grave.

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