Fernando Alves de Oliveira
De há muito que se ouve falar da tal “extraordinária” popularidade do atual inquilino do Planalto, que em 31 de dezembro terá de deixar o Palácio onde ultimamente reina de forma imperial, mercê de seus histriônicos rompantes compatíveis as de um furibundo cabo eleitoral, além da conhecida soberba, sendo esta não só peculiar a ele, mas também à sua ungida candidata. Em termos de popularidade, até três de outubro, apregoava-se aos quatro cantos que ela beirava a 80%.
Pois muito bem. Apurados os votos que os seus eleitores sufragaram ao cognominado “poste” por ele erigido na disputa presidencial, isto após terem sido baldados todos os seus esforços para a inserção na Constituição de um casuísmo representado pela ardorosa e cogitada muleta denominada de “terceiro mandato", que culminou repelida pela Carta Magna e pela sociedade, para desagrado daquele que se julga o “semideus” da política brasileira contemporânea.
Afora os incontáveis escândalos ocorridos em seu governo, muitos deles sem apuração ou punição, exceto a obrigatória saída dos envolvidos, mas sempre com o tarja “a pedido” e da soberba cada vez mais volumosa, o donatário e chefe da capitania hereditária petista, foi igualmente responsável pelo aparelhamento desta nefasta e nefanda republica sindicalista, constatada e denunciada pela insuspeita e acreditada Fundação Getúlio Vargas, através de uma séria pesquisa que ninguém das hostes palacianas teve coragem de negar e onde se prova que praticamente a metade dos cargos do Governo está nas mãos de sindicalistas. Aqui, mérito e competência dão lugar à vulgaridade ao empreguismo da “cumpinchada”.
No campo da Economia (onde se diz ter emanado essa “estrondosa” popularidade) foi ainda mais neoliberal que o seu antecessor. Entrou no Governo na companhia de um ex-tucano (Henrique Meirelles) responsável pela condução até hoje da trajetória econômica do País, mesmo com toda a carga que o PT fez contra o titular da pasta, que, na verdade foi, é, e continuará sendo o fiador do Brasil junto à comunidade financeira mundial. Aqui também é verdadeiro o adágio de que papagaio come milho e o periquito leva a fama...
Todavia, o que verdadeiramente importa nestas considerações é o fato de ter chegado, finalmente, a hora e vez do desmascaramento de uma colossal enganação, que até então serviu como mais uma das muitas falsas ferramentas de marketing desse governo, mantida sob o soldo da verba publicitária oficial. Isto é, do dinheiro público financiando o logro. O que prova, de vez, o aparelhamento do Estado brasileiro que é manuseado de forma impressionantemente espúrio pelo petismo, como agente que entorpece ainda mais os especialmente dotados de poucos esclarecimentos e mesmo os que não conseguiam atinar com inverossimilhança de tal índice de popularidade até então apregoada e que neste três de outubro foi finalmente desmascarada.
Como é que alguém que tendo uma apregoada popularidade de 80% e que se utiliza da máquina pública (que é na verdade é quem paga a cooptação e o apoio político-partidário obtido, através de acordos espúrios e loteamento de ministérios e cargos públicos) consegue perder uma eleição majoritária?
Comprovemos os fatos através de irretorquíveis e insofismáveis números. Se o dito governante tem 80% de popularidade sobre quase 190 milhões de brasileiros do território nacional (considerados ai dos recém-nascidos aos macróbios...) o resultado exponencial seria quilometricamente fabuloso.
Ah, não, perdão. A tal popularidade referida cinge-se ao quadro eleitoral. Pois então identicamente recorramos aos números oficiais do Tribunal Superior Eleitoral. O Brasil tem hoje (todos os números a seguir em milhões) 135.804.433 eleitores. De uma abstenção de 24.608.548 (18,12%), que, convém asseverar, é altíssima para um país que se jacta, segundo sua classe política, de ter uma democracia consolidada (sendo esta, pois, mais outra colossal mentira que precisa ser corrigida enquanto é tempo, especialmente em relação do que pode vir por aí e em muito breve...) louvemo-nos nos votos válidos, correspondentes a 111.190.202 milhões de votos.
Ora, como explicar então que a candidata oficial do Planalto tenha obtido apenas 47.649.670, ou seja, 46,91% dos votos válidos?
Onde, pois, os tais 80%, 77%, 71%, ou qualquer outro índice (ao gosto do freguês) considerado de “excepcional” percentual de popularidade? Afinal, popularidade é voto na urna ou enganosa ferramenta de marketing? Portanto, quem de direito responda (e prove) a autenticidade da dita “estrondosa popularidade” do titular desse governo de turno. E o faça com dados matemáticos explícitos e convincentes e não com as generalidades idênticas à conversa mole petista. Em seu seio não há só “inocentes úteis”. A cúpula é de gente comprovadamente do Mal, totalitários. Além de terem transformado o Brasil numa reles república sindicalista, esses indisfarçáveis êmulos de Mussolini demonstram óbvia avidez para a instauração da tão sonhada ditadura populista e totalitarista. Prova disso é a insaciável e indisfarçável sanha de perpetuidade de poder! Quem verdadeiramente conhece a biografia da ungida? Aqueles que desconhecem, seria aconselhável consultar o “Google”.
Portanto, quanto a todos eles um claro aviso. Não brinquem com a Democracia desta Nação brasileira, que veste as cores do verde e amarelo e não a de nenhuma onda. Muito menos a de cor encarnada. E se tiverem a petulância de intentar alguma coisa desse tipo, venham quentes, porque nós estaremos literalmente fervendo!
E que fique bem claro: Éramos nós, somos nós e continuaremos sendo nós, a verdadeira e comprovada maioria dos que efetivamente detém a real popularidade desta Pátria. Das pessoas constituídas em sua grande maioria de vigilantes e intimoratos democratas. De gente do Bem, que despreza dissimuladores e bifrontes. Somos, nós, comprovadamente a maioria e não minoria, como essa gente imaginava poder ilaquear indefinidamente a opinião pública, sendo agora posto por terra os índices de popularidade anunciados.
E mais. Pertencemos a uma maioria composta de pessoas honestas, trabalhadoras, cultivadoras e praticantes dos fundamentos da decência, da moralidade, da honestidade e da ética. E em termos religiosos, não importando de qual crença professada: Dos que respeitam e cumprem as leis de Deus. Dos que claramente e sem nenhuma tergiversação repelem e abominam a prática do aborto e das relações promíscuas. Dos que procuram os templos para orar e clamar por justiça, saúde, paz e outros valores, especialmente os de ordem moral.
O autor é Consultor Sindical Patronal, autônomo e independente, com 35 anos de atuação profissional, autor de livros da LTr Editora, de dezenas de artigos e palestrante. Maiores informações na página http://falvesoliveira.zip/net Contatos: falvesoli40@terra.com.br
Nota do editor: Ótimo o artigo de Fernando. Contudo, embora respeitando a sua opinião sobre o aborto, não a endossa, embora a publique não só por integrar o texto, mas pelo direito dele e de todos aqui de dizer o que bem entenderem, à exceção do que for proibido por lei ou ofensivo a terceiros.
Ofensivo a mim, não tem problema, porque defendo esse direito também, mas terceiros raramente entendem assim, e aí pode vir processo por injúria, calúnia, difamação.
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