Astronomia, astrofísica, astrogeologia, astrobiologia, astrogeografia. O macro Universo em geral, deixando de lado os assuntos mundanos. Um olhar para o sublime Universo que existe além da Terra e transcende nossas brevíssimas vidas. Astronomy astrophysics, astrogeology, astrobiology, astrogeography. The macro Universe in general, putting aside mundane subjects. A look at the sublime Universe that exists beyond Earth and transcends our rather brief life spans.
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segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Collinder 399: The Coat Hanger | Collinder 399: O Cabide
Será este cabide um aglomerado estelar ou um asterismo? Este cabide cosmico foi objeto de debates durante boa parte do século passado, quando os astrônomos imaginavam se este objeto visível através de binóculos é de fato um aglomerado aberto fisicamente associado, ou uma projeção casual.
Projeções estelares casuais são chamadas asterismos, um exemplo das quais é a popular Grande Concha. Recentes medições precisas de diferentes pontos de vista na órbita da Terra ao redor do Sol revelaram discrepantes variações angulares, indicando que o Cabide é melhor definido como um asterismo. Conhecido mais formalmente como Collinder 399, este brilhante agrupamento estelar é mais amplo do que a Lua cheia, e situa-se na constelação da Raposa (Vulpecula).
Tradução de Luiz Leitão da Cunha
Is this coat hanger a star cluster or an asterism? This cosmic hang-up has been debated over much of last century, as astronomers wondered whether this binocular-visible object is really a physically associated open cluster or a chance projection.
Chance star projections are known as asterisms, an example of which is the popular Big Dipper. Recent precise measurements from different vantage points in the Earth's orbit around the Sun have uncovered discrepant angular shifts indicating that the Coat Hanger is better described as an asterism. Known more formally as Collinder 399, this bright stellar grouping is wider than the full moon and lies in the constellation of the Fox (Vulpecula).
Na Pátria do Pixuleco, nem inferno é o limite
José
Nêumanne
Desgoverno Dilma
detrata povo que manifesta intolerância à corrupção nas
ruas
Em plena
campanha, a candidata à reeleição Dilma Rousseff afirmou, sem medo de ser
contrariada, que seria capaz de “fazer o diabo” para ganhar eleições. Foi uma
das poucas verdades que disse ao longo de todo o pleito – talvez a única.
Prometeu o paraíso nos trópicos e está entregando uma conjunção infernal de
crises: política, econômica e, sobretudo, moral.
Mas nenhuma das
mentiras que ela contou em palanques e debates na TV é comparável à sua reação
aos protestos do domingo 16 de agosto dos revoltados com a corrupção e com seu
padim Lula, indignados com seu partido de adoção, o PT, e insatisfeitos
com a má gestão de seu desgoverno. Em vez de dar alguma satisfação aos
manifestantes, mandou uma trinca de porta-vozes falar por ela. Foram eles seu
porta-voz, Edinho Silva, acusado na Operação Lava Jato de ter recebido dinheiro
sujo para a campanha dela, da qual ele era tesoureiro; e os líderes de seu
desgoverno na Câmara, José Guimarães (PT-CE), chamado pelo ex-presidente de Lula
de “aloprado” após um assessor ter sido preso no aeroporto com dólares na cueca
e irmão de José Genoino, ex-presidente de seu partido e condenado por corrupção
pelo Supremo Tribunal Federal; e no Senado, José Pimentel (PT-CE), que ninguém
sabe de onde vem nem para onde vai. O tal trio classificou como manifestações de
“intolerância” os protestos pacíficos, dos quais não participaram os anarquistas
black blocs de junho de 2013 e em que não se registrou, por isso mesmo, nenhum
ato de vandalismo.
O ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, cobrou da presidente o “gesto de grandeza”
da renúncia. O apelo serviu de senha para conter o oportunismo em duas mãos da
oposição, dividida entre o golpismo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), tentando
antecipar a eleição presidencial, e a esperteza de Geraldo Alckmin (PSDB-SP),
que prefere deixar o desgoverno dela desabar sobre nossas cabeças descobertas
até 2018. “Vamos deixá-la sangrar”, disse o senador Aloysio Nunes
(PSDB-SP).
Mas não provocou
nenhuma reação da chefona do governo. Como esperar um “gesto de grandeza” de uma
presidente incapaz sequer de reconhecer os próprios erros? Ou de corrigir, de
forma satisfatória, a trajetória errática da condução de sua política econômica?
Ela deu uma guinada para a direita nomeando Joaquim Levy ministro da Fazenda. E
logo em seguida convocou o fantasma da origem da catástrofe, que ela encomendou
a Guido Mantega no primeiro mandato, ao distribuir benesses à indústria
automobilística, cujos operários têm retribuído o patrocínio do próprio
desemprego com índices espetaculares de rejeição, que foi de 84% no ABC na
pesquisa do Datafolha com índice nacional de 71%.
Posterior à
pesquisa, o desemprego do mês passado foi o pior de todos os meses de julho nos
anos anteriores. Com a perspectiva de chegar o fim do ano com 1 milhão de
brasileiros sem emprego, a tendência é seus índices de popularidade desabarem,
aumentando em proporção similar a intolerância da cidadania à corrupção, sobre a
qual Dilma e seus asseclas calam. Mas os fatos se sucedem de forma espantosa: as
notícias de que a Camargo Corrêa devolverá R$ 700 milhões às estatais tungadas e
de a UTC ter vencido licitação na BR com um preço 795% maior que o dos
concorrentes não levaram Dilma a reconhecer o óbvio.
E agora, ao
confessar que não percebeu a dimensão da crise na campanha, insinuando que
sofremos aqui o efeito do desabamento chinês, a presidente já merece receber –
juntos – os Prêmios Nobel da Economia, por gerir uma crise vinda de fora um ano
depois; da Física, por ter antecipado o efeito à causa; e da Literatura. Pois
superou Jonas, considerado pelo Prêmio Nobel Gabriel García Márquez o inventor
da ficção porque contou à mulher que fora engolido e expelido por uma baleia.
Comparado com Dilma, o profeta bíblico é um repórter sem
imaginação.
Na campanha, o
marqueteiro João Santana produziu um vídeo em que mãos peludas de banqueiros
furtavam a comida da mesa do trabalhador, referindo-se a Neca Setúbal, assessora
da adversária Marina Silva. Um ano depois, tornada a terra prometida o deserto
de desesperança geral, Roberto, irmão de Neca e presidente do Itaú-Unibanco,
disse à Folha de S.Paulo que a saída da reeleita do poder provocaria
“instabilidade”. Com lucro líquido de R$ 20,242 bilhões no ano passado, 29%
acima do resultado de R$ 15,696 bilhões de 2013, talvez ele tema que a
“instabilidade” que infelicita centenas de milhares de trabalhadores sem
holerite, este ano, vá bater às portas do seu banco.
Dilma, que se
jacta de ter resistido à tortura na ditadura, adotou na tal campanha o codinome
de Coração Valente. Recentemente, ao lado de Barack Obama, na Casa Branca, disse
desprezar delatores, referindo-se a colaboradores da Justiça na Operação Lava
Jato, o único empreendimento público do Estado brasileiro a merecer respeito da
cidadania. E a guerrilheiros que, torturados, deram informações a torturadores
que os levaram a companheiros de armas. No entanto, não contestou o coronel
Maurício Lopes Lima, que ela havia acusado de ter quebrado seus dentes, no
DOI-Codi da Rua Tutoia. Lima negou e até fez blague dizendo em entrevista
ao Portal IG, citada pelo jornalista Luiz Cláudio Cunha no jornal Já, de
Porto Alegre: “Se eu soubesse naquela época que ela seria presidente, eu teria
pedido: ‘Anota meu nome aí. Eu sou bonzinho'”. A frei Tito o tal oficial
apresentou o DOI-Codi como “a sucursal do inferno”.
Dilma também não
contestou o relatório apresentado pelo Exército à Comissão da Verdade, que ela
constituiu, assegurando que nada aconteceu de irregular em suas dependências. A
ditadura acabou, mas as vítimas das pedaladas e outras artimanhas de seu
desgoverno nesta Pátria do Pixuleco vivem um inferno em cuja porta, ao contrário
do de Dante Alighieri, não têm mais esperança nenhuma a
deixar.
(Publicado na
Pag 2A de O Estado de S. Paulo na quarta-feira 26 de agosto de
2015)
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domingo, 30 de agosto de 2015
M31: The Andromeda Galaxy | M31: A galáxia de Andrômeda
Qual é a grande galáxia mais próxima da Via Láctea? É Andrômeda. Na verdade, acredita-se que nossa galáxia seja muito parecida com Andrômeda. Juntas, essas duas galáxias dominam o Grupo Local de Galáxias. A luz difusa de Andrômeda é originada pelas centenas de bilhões de estrelas que a compõem.
As várias estrelas distintas que circundam a imagem de Andrômeda são, na verdade, estrelas de nossa galáxia que estão bem em frente ao objeto do plano de fundo. Andrômeda é frequentemente referida como M31, já que é o 31º objeto da lista de objetos celestes difusos de Messier.
M31 está tão distante que a luz emitida por ela leva cerca de dois milhões de anos para chegar até nós. Embora visível sem o auxílio de instrumentos, a imagem de M31 acima é um mosaico digital de 20 fotos tiradas com um pequeno telescópio. Muitas coisas sobre M31 permanecem desconhecidas, inclusive exatamente quanto tempo levará para ele colidir com nossa galáxia.
Muito se tem dito sobre exoplanetas, vida estraterrestre, mas estamos tão longe até mesmo da vizinha Andrômeda, que jamais conseguiremos contato com qualquer forma de vida inteligente de outros planetas, que certamente existem, pois Andrômeda sozinha contém centenas de bilhões de estrelas, que são sóis, e cada uma delas pode ter planetas orbitando-as. De certa forma, podemos dizer que estamos sozinhos no meio da multidão...
Tradução de Luiz Leitão da Cunha
What is the nearest major galaxy to our own Milky Way Galaxy? Andromeda. In fact, our Galaxy is thought to look much like Andromeda. Together these two galaxies dominate the Local Group of galaxies. The diffuse light from Andromeda is caused by the hundreds of billions of stars that compose it.
The several distinct stars that surround Andromeda's image are actually stars in our Galaxy that are well in front of the background object. Andromeda is frequently referred to as M31 since it is the 31st object on Messier's list of diffuse sky objects.
M31 is so distant it takes about two million years for light to reach us from there. Although visible without aid, the above image of M31 is a digital mosaic of 20 frames taken with a small telescope. Much about M31 remains unknown, including exactly how long it will before it collides with our home galaxy.
Much has been said about exoplanets, extraterrestrial life, but we are so very far even from the neighbour Andromeda, that we will never, ever manage to get in touch with any kind of intelligent life from other planets, which certainly exist, as Andromeda alone contains hundreds of billions of stars, which are suns, and each one of them like has planets orbiting them. In a certain way, we can very well say we are alone in the middle of the crowd...
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Andromeda Rising over the Alps | Andrômeda surgindo sobre os Alpes
Você já viu a galáxia de Andrômeda? Embora M31 pareça uma gota esmaecida e pouco nítida a olho nu, a luz que você vê terá mais de dois milhões de anos, o que faz dela, provavelmente, a luz mais antiga que você verá diretamente.
Surgindo agora no céu poucas horas após o pôr-do-sol em localidades de médias latitudes norte, Andrômeda está surgindo mais cedo a cada noite, e será visível para habitantes do hemisfério norte durante toda a noite a partir de setembro. A imagem aqui mostrada captou Andrômeda surgindo sobre os Alpes Italianos, no mês passado.
Tão bacanas quanto ver esta galáxia vizinha da Via Láctea com nossos próprios olhos, as exposições de câmera de longa duração podem captar muitos detalhes esmaecidos e de tirar o fôlego. Dados recentes indicam que a Via Láctea irá colidir e juntar-se com com a levemente maior Andrômeda dentro de poucos bilhões de anos.
Tradução de Luiz Leitão da Cunha
Have you ever seen the Andromeda galaxy? Although M31 appears as a faint and fuzzy blob to the unaided eye, the light you see will be over two million years old, making it likely the oldest light you ever will see directly.
Now rising near a few hours after sunset from mid-latitude northern locations, Andromeda is rising earlier each night and will be visible to northerners all night long starting in September. The featured image captured Andromeda rising above the Italian Alps last month.
As cool as it may be to see this neighboring galaxy to our Milky Way with your own eyes, long duration camera exposures can pick up many faint and breathtaking details. Recent data indicates that our Milky Way Galaxy will collide and coalesce with the slightly larger Andromeda galaxy in a few billion years.
domingo, 23 de agosto de 2015
M27: Not a Comet | M27: Não é um cometa
Enquanto procurava por cometas no céu da França no século 18, o astrônomo Charles Messier diligentemente mantinha uma lista das coisas que ele encountrava e que definitivamente não eram cometas. Esta é a número 27 em sua agora famosa lista de não-cometas.
Na verdade, astrônomos do século 21 a identificariamcomo nebulosa planetária, mas também não se trata de um planeta, embora possa parecer redonda e semelhante a um planeta através de pequenos telescópios. Messier 27 (M27) é um excelente exemplo de uma nebulosa gasosa de emissões criada quando uma estrela semelhante ao Sol tem o combustível nuclear de seu núcleo esgotado.
A nebulosa se forma quando as camadas externas da estrela são expelidas para o espaço, com um brilho visível gerado por átomos excitados pela intensa mas invisível luz ultravioleta da estrela em colapso. Conhecida pelo popular nome de Nebulosa do Haltere, a bela e simétrica nuvem de gás interestelar tem mais de 2,5 anos-luz de diâmetro e está distante cerca de 1.200 anos-luz, na constelação Vulpecula, a Raposa.
Esta impressionante composição colorida ressalta detalhes dentro da bem estudada região central e características mais esmaecidas, quase nunca fotografadas no halo externo da nebulosa. Ela incorpora imagens de banda larga e estreita gravadas com o uso de filtros sensíveis a emissões de átomos de enxofre, hidrogênio e oxigênio.
Tradução de Luiz Leitão
While hunting for comets in the skies above 18th century France, astronomer Charles Messier diligently kept a list of the things he encountered that were definitely not comets. This is number 27 on his now famous not-a-comet list.
In fact, 21st century astronomers would identify it as a planetary nebula, but it's not a planet either, even though it may appear round and planet-like in a small telescope. Messier 27 (M27) is an excellent example of a gaseous emission nebula created as a sun-like star runs out of nuclear fuel in its core.
The nebula forms as the star's outer layers are expelled into space, with a visible glow generated by atoms excited by the dying star's intense but invisible ultraviolet light. Known by the popular name of the Dumbbell Nebula, the beautifully symmetric interstellar gas cloud is over 2.5 light-years across and about 1,200 light-years away in the constellation Vulpecula.
This impressive color composite highlights details within the well-studied central region and fainter, seldom imaged features in the nebula's outer halo. It incorporates broad and narrowband images recorded using filters sensitive to emission from sulfur, hydrogen and oxygen atoms.
sábado, 22 de agosto de 2015
Anunciando o Cometa Catalina | Announcing Comet Catalina
Irá o Cometa Catalina tornar-se visível a olho nu? Considerando-se a imprevisibilidade dos cometas, ninguém pode dizer ao certo, mas essa parece ser uma boa aposta. O cometa foi descoberto em 2013 através de observações da Pesquisa Celeste Catalina.
Desde então, o Cometa C/2013 US10 (Catalina) tem brilhado constantemente, e atualmente seu grau brilho está acima da 8ª magnitude, o que o torna visível através de binóculos e imagens da câmeras de longa duração.
À medida que o cometa se aproxima mais do sistema solar interno, seu brilho irá certamente continuar a intensificar-se, possivelmente tornando-se um objeto visível a olho nu em algum momento de Outubro, chegando ao pico no final de Novembro.
O cometa irá permanecer inicialmente nos céu do hemisfério sul, até meados de Dezembro, quando sua órbita altamente inclinada irá trazê-lo rapidamente para o céu do norte. Na foto acima, o Cometa Catalina foi retratado na semana passada exibindo uma coma verde e duas caudas crescentes.
Tradução de Luiz Leitão da Cunha
Will Comet Catalina become visible to the unaided eye? Given the unpredictability of comets, no one can say for sure, but it seems like a good bet. The comet was discovered in 2013 by observations of the Catalina Sky Survey.
Since then, Comet C/2013 US10 (Catalina) has steadily brightened and is currently brighter than 8th magnitude, making it visible with binoculars and long-duration camera images.
As the comet further approaches the inner Solar System it will surely continue to intensify, possibly becoming a naked eye object sometime in October and peaking sometime in late November.
The comet will reside primarily in the skies of the southern hemisphere until mid-December, at which time its highly inclined orbit will bring it quickly into northern skies. Featured above, Comet Catalina was imaged last week sporting a green coma and two growing tails.
domingo, 16 de agosto de 2015
Beto, um delator que Dilma não despreza
Delação sob tortura de homenageado pela presidente não faz dele mais herói nem canalha
Dia destes, a presidente Dilma Rousseff foi a Maricá, na Grande Rio, inaugurar dois conjuntos residenciais com 2.932 casas populares de seu programa “Minha Casa, Minha Vida”, terminadas às pressas em bairros sem água, luz nem saneamento. A um deles denominou Carlos Marighella, o facínora que ganhou aura de mártir na hagiografia comunista. O outro recebeu o nome de Carlos Alberto Soares de Freitas. Nenhum destes homens teve relação alguma com as comunidades contempladas. Ambos figuram no panteão particular da dona “presidenta”.
O primeiro dispensa apresentações. Tido como inimigo número um da ditadura militar por ter chefiado grupos armados para enfrentá-la, ganhou notoriedade suficiente para ter o nome reconhecido por algum habitante mais velho do lugar. Nenhum dos codinomes usados pelo segundo – Beto, Breno, Cláudio, Gustavo, Melo, Sérgio, Fernando, Fernando Sá de Souza ou Fernando Ferreira –, contudo, pode ser identificado em Maricá, no Rio de Janeiro ou no Brasil. É bem provável que na solenidade de inauguração, que Dilma resolveu usar como evento da agenda positiva para sair da crise, somente esta tinha alguma ideia de quem ele tinha sido.
Pois o nome e os sobrenomes dela são citados no depoimento que este homenageado deu de próprio punho à Justiça Militar quando estava preso pela ditadura, em 28 de fevereiro de 1971. E está disponível no site do jornal O Globo há três anos. Na primeira vez, Dilma Vana Roussef (sic) Linhares (“Wanda”) foi definida como uma “ampliação” do grupo que ele tinha fundado, a Organização Revolucionária Marxista Política Operária (Polop), crítica ao Partidão Comunista. Na segunda, como parte do grupo que “rachou” para criar a Dissidência da Polop, bando armado que ganhou notoriedade como Comando de Libertação Nacional (Colina). E, por fim, ele contou que ela fez parte do que se intitulava “comando”, enquanto ele próprio passou a figurar em outro compartimento, chamado de “área”.
É provável que Beto, como era chamado pelos amigos, ou Breno, codinome que usou por mais tempo na luta armada, tenha deixado uma forte impressão entre as pessoas com as quais conviveu. Em 1965, o historiador José Murilo de Carvalho, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), cursou com ele o último ano da Faculdade de Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Participaram juntos de ações de apoio a populações carentes e disputaram a indicação de orador da formatura da turma. Ganhou a disputa na banca o autor de Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. Mas a turma preferia Beto. “Ele era carismático e sua estampa impressionava as moças”, narrou o historiador.
Beto também foi dirigente da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e fundou, em 1969, a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Foi preso em 15 de fevereiro de 1971 no Rio e nunca mais foi visto. Dado oficialmente como desaparecido, seu corpo até hoje não foi encontrado. Inês Etienne Romeu, única sobrevivente da Casa da Morte, centro de tortura e execuções em Petrópolis, morta em abril passado, ouviu de seus carcereiros que ele tinha sido visto lá. O ex-sargento Ubirajara Ribeiro de Souza, o Zezão, que participava das torturas, por exemplo, lhe segredou: “Seu amigo esteve aqui”. A frase serviu de título à biografia dele, lançada pela jornalista Cristina Chacel em 2012.
Qualquer curioso que se dispuser a saber quem foi o homenageado pela ex-companheira de armas em Maricá encontra seu perfil ao abrir com seu nome civil, no Google, a série Biografias da Resistência no portal Memórias da Ditadura. Logo abaixo de seus dados biográficos encontram-se a notícia do lançamento da biografia e links contendo seu prontuário no DOPS e a “íntegra do depoimento de Beto em 1971”, além do dossiê “Mortos e desaparecidos políticos no Brasil”.
É detalhado o depoimento do homenageado em Maricá no qual Dilma (“Wanda”) foi citada, encimado por duas datas: “30/04/2011 0:00 / Atualizado 03/11/2011 22:52”. Tudo indica que se trata de uma delação obtida após o depoente ter sido submetido à dor além do limite suportável pela prática de torturas nos porões da ditadura. Isso não faz dele mais herói nem um canalha. Nenhum ser humano submetido à tortura deve ser vilipendiado por ter contado aos carrascos tudo o que sabia. Beto, como seus comandados, tinha instruções quanto a isso. Resistiam enquanto pudessem até faltarem ao primeiro ponto (encontro), dando ciência de que tinham “caído” e oportunidade para que outros não fossem presos.
Dilma (“Wanda”) deveria saber disso. Sua empáfia ao repetir que nunca delatou e seu desprezo manifesto por quem tenha delatado sob tortura são manifestações de desumanidade e falta de noção dos limites da dor. Se foi torturada e não delatou, como se jacta, deveria perceber que detratar um delator como Beto é aceitar a tortura e justificar o torturador.
Há, ainda, na tentativa que ela fez de desqualificar quem dá informações úteis ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e à Justiça Federal em Curitiba, na Operação Lava Jato, desconhecimento expresso de uma lei que ela mesma assinou. Os que são chamados de “delatores premiados” no caso são apenas “colaboradores da Justiça”, assim designados nas leis que instituíram o método: a 9.807, assinada em 1999 por Fernando Henrique Cardoso e seu ministro da Justiça, Renan Calheiros; e a 12.850, de 2013, da lavra de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, Luiz Inácio Adams e Jorge Hage.
Não faz também sentido confundir “colaborador” (em nenhuma das leis se usa “delator premiado”) com alcaguete do crime comum, como na absurda proposta do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de limitar o benefício à colaboração a quem não estiver preso. Isso excluiria o Brasil do mundo civilizado, que fez um pacto contra a corrupção.
Jornalista, poeta e escritor
(Publicado na Pág.A2 do Estado de S. Paulo da quarta-feira 12 de agosto de 2015)
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quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Milky Way and Exploding Meteor | Meteoro explodindo na Via Láctea
Esta noite, a Chuva de Meteoros das Perseidas atinge seu auge. Grãos de rocha gelada irão cruzar o céu enquanto evaporam-se durante a entrada na atmosfera da Terra. Esses grãos foram projetados do Cometa Swift-Tuttle. As Perseidas resultam do cruzamento anual da Terra pela órbita do Cometa Swift-Tuttle, e são tipicamente a mais ativa chuva de meteoros do ano.
Embora seja difícil prever o nível de atividade em qualquer chuva de meteoros, em um céu escuro límpido um observador pode ver um meteoro por minuto. As Perseidas deste ano ocorrem pouco antes de uma Lua nova, então, o céu relativamente escuro deve tornar visíveis mesmo os meteoros mais apagados.
Chuvas de meteoros em geral são melhores de ser vistas de uma posição relaxada, longe de luzes. Um meteoro flagrado explodindo, há duas semanas na Áustria é mostrado aqui, próximo à faixa central da Via Láctea.
Tradução de Luiz Leitão da Cunha
Tonight the Perseid Meteor Shower reaches its maximum. Grains of icy rock will streak across the sky as they evaporate during entry into Earth's atmosphere. These grains were shed from Comet Swift-Tuttle. The Perseids result from the annual crossing of the Earth through Comet Swift-Tuttle's orbit, and are typically the most active meteor shower of the year.
Although it is hard to predict the level of activity in any meteor shower, in a clear dark sky an observer might see a meteor a minute. This year's Perseids occur just before a new Moon and so the relatively dark sky should make even faint meteors visible. Meteor showers in general are best be seen from a relaxing position, away from lights. Featured here is a meteor caught exploding two weeks ago above Austria next to the central band of our Milky Way Galaxy.
domingo, 9 de agosto de 2015
HCG 87: A Small Group of Galaxies | HCG 87: Um pequeno grupo de galáxias
às vezes, galáxiass formam grupo. Por exemplo, nossa própria Via Láctea faz parte do Grupo Local de Galáxias. Pequenos grupos compactos, como o Grupo Compacto Hickson 87 (HCG 87) aqui mostrado, são interessante em parte porque lentamente destróem a si próprios.
De fato, as galáxias de HCG 87 estão esticando gravitacionalmente uma às outras durante suas órbitas de 100 milhões de anos ao redor de um centro em comum. A atração cria gás colidente que causa brilhantes surtos de formação estelar e fornece matéria para os centros ativos de suas galáxias.
HCG 87 é composto de uma grande galáxia espiral com a borda voltada para fora, visível próxima ao centro da imagem, uma galáxia elíptica visível à sua direita, e uma galáxia espiral visível próxima ao topo. A pequena espiral próxima ao centro pode estar distante.
Várias estrelas de nossa galáxia estão também visíveis em primeiro plano. O estudo de grupos como HCG 87 permite a possibilidade de compreender como as galáxias se formam e se modificam.
Tradução de Luiz Leitão da Cunha
Sometimes galaxies form groups. For example, our own Milky Way Galaxy is part of the Local Group of Galaxies. Small, compact groups, like Hickson Compact Group 87 (HCG 87) shown above, are interesting partly because they slowly self-destruct.
Indeed, the galaxies of HCG 87 are gravitationally stretching each other during their 100-million year orbits around a common center. The pulling creates colliding gas that causes bright bursts of star formation and feeds matter into their active galaxy centers.
HCG 87 is composed of a large edge-on spiral galaxy visible near the image center, an elliptical galaxy visible to its right, and a spiral galaxy visible near the top. The small spiral near the center might be far in the distance.
Several stars from our Galaxy are also visible in the foreground. Studying groups like HCG 87 allows insight into how all galaxies form and evolve.
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
O escândalo é único: o Brasil de Lula e Dilma
José Nêumanne
Teles, fundos de pensão, Santo André, mensalão, BNDES, eletrolão e petrolão - um caso só
Que WikiLeaks, que Swissleaks, que cartéis mexicano e colombiano de drogas, que Fifagate, que nada! O escândalo top do mundo hoje é outro. Nada se lhe compara em grandeza aritmética, ousadia delituosa ou desrespeito a valores éticos. E é coisa nossa! Embora nada tenhamos a nos orgulhar de que o seja. Ao contrário!
Após se ter oposto ferozmente à escolha de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral para dar início à Nova República; à posse e ao governo de José Sarney, a Fernando Collor, que ajudou a derrubar; ao sucessor constitucional deste, Itamar Franco, de cuja ascensão participou; e a Fernando Henrique Cardoso, o Partido dos Trabalhadores (PT) chegou ao governo federal com seu maior líder, Luiz Inácio Lula da Silva, e se lambuzou no pote de mel do poder sem medo de ser feliz.
O primeiro objetivo caiu-lhe no colo como a maçã desabou sobre a cabeça de Newton. Era de uma obviedade acaciana. Sob crítica feroz da oposição, que o PT comandava, os tucanos privatizaram a Telebrás e, devidamente desossado, o filé apetitoso das operadoras de telefones foi devorado na nova administração. Sob as bênçãos e os olhos cúpidos do padim Lula, a telefonia digital foi entregue a consórcios nos quais se associaram algumas operadoras internacionais, com a experiência exigida no ramo, burgueses amigos e fundos de pensão, cujos cofres já vinham sendo arrombados pelos mandachuvas das centrais sindicais. Nunca antes na história deste país houve chance tão boa para mergulhar na banheira de moedas do Tio Patinhas.
Só que o negócio era bom demais para ser administrado em paz. Logo os concessionários se engalfinharam em disputas acionárias, que mobilizaram a Polícia Federal (PF), a Justiça nacional, os órgãos de garantia de combate a monopólios e até instrumentos de arbitragem internacional. No fragor da guerra das teles, os primeiros sinais de maracutaia dividiram as grandes rotas com os aviões de carreira. Sabia-se que naquele pirão tinha caroço. Mas quem ficou com a parte do leão?
Impossível saber, pois este contencioso está enterrado sob sete palmos de terra. Desde o Estado Novo, os sindicatos operários ou patronais administram sem controle externo caixas que têm engordado ao longo do tempo com a cobrança da Contribuição Sindical, que arrecada um dia de trabalho de todo trabalhador formal no Brasil, seja ou não sindicalizado. Sob a égide de Lula, as centrais sindicais foram incluídas na divisão desse bolo gordo e açucarado. E o sistema financeiro, acusado de ser a sanguessuga do suor do trabalhador, incorporou a esse cabedal os fundos de pensão. Sob controle de dirigentes sindicais, estes ocultam uma caixa-preta que ninguém tem poder nem coragem para abrir.
Só que o noticiário sobre tais episódios foi soterrado pela avalanche de denúncias provocada pelas revelações da Ação Penal (AP) 470, já julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e conhecida popularmente pela denominação que lhe foi dada pelo delator, Roberto Jefferson – o mensalão. Agora, após seu julgamento ter sido concluído e com os réus condenados, este é visto quase como lana-caprina desde a eclosão de outro mais espetacular: a roubalheira do propinoduto da Petrobrás devassada pela Operação Lava Jato. Mas a cada dia fica mais claro que os dois casos se conectam e se explicam.
A importância de elucidar um crime ao investigar outro foi comprovada quando, na Operação Lava Jato, a PF encontrou nos papéis de Meire Poza, contadora do delator premiado Alberto Youssef, a prova de que o operador do mensalão, Marcos Valério, deu R$ 6 milhões ao empresário Ronan Maria Pinto, como tinha contado em depoimento referente à AP 470. Segundo Valério, essa quantia evitaria chantagem de Ronan, que ameaçava contar o que Lula e José Dirceu tinham que ver com o sequestro e morte de Celso Daniel, que era responsável pelo programa de governo na campanha de 2002.
Mas nem esta evidência da conexão Santo André-mensalão-petrolão convence o PSDB a dobrar a oposição do relator da CPI da Petrobrás, Luiz Sérgio (PT-RJ), e levar Ronan a depor, como tem insistido a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP). É que os tucanos articulam uma aliança com o atual dono do Diário do Grande ABC para enfrentar o petista Carlos Alberto Grana na eleição municipal de Santo André. E este corpo mole pode dificultar o esclarecimento da verdade toda.
A Lava Jato já produziu fatos antes inimagináveis, como acusações contra os maiores empreiteiros do País e até a prisão de vários deles. É o caso de Otávio Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, que presidia o Conselho de Administração da Oi na guerra das teles. Isso revela mais um investigado em mais de um escândalo. Como Pedro Corrêa e José Dirceu, acusados de receber propina da Petrobrás quando cumpriam pena pelo mensalão.
A Consuelo Dieguez, em reportagem da revista Piauí, publicada em setembro de 2012, Haroldo Lima, que tinha sido demitido por Dilma da presidência da Agência Nacional de Petróleo, disse que, no Conselho de Administração da Petrobrás, ele, a presidente e o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli só votavam como o chefe mandava. E agora Lula é investigado por eventual lobbypara a Odebrecht no exterior em obras financiadas pelo BNDES, a ser devassado em breve numa CPI na Câmara.
E a Lava Jato chegou à eletricidade. Walter Cardeal, diretor da Eletrobrás que acompanha Dilma desde o Rio Grande do Sul, foi citado na delação de Ricardo Pessoa, tido como chefe do cartel do petrolão, acusado de ter negociado doação de R$ 6,5 milhões à campanha da reeleição dela. Othon Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, foi preso ontem, sob suspeita de ter recebido propina.
Teles, fundos de pensão, Santo André, mensalão, BNDES, eletrolão e petrolão não são casos isolados. Eles compõem um escândalo só, investigado em Portugal, Suíça e EUA: é este Brasil de Lula e Dilma.
Jornalista, poeta e escritor
(Publicado na página 2A de O Estado de S. Paulo de quarta-feira 29 de julho de 2015)
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quinta-feira, 6 de agosto de 2015
A Terra vista de longe
Roberto DaMatta
Buscar uma outra coisa pode ser sinal de um impulso positivo ou negativo. No tempo em que eu tinha apenas dois pares de sapato (um “sapato tanque” para a escola e a rotina) e um outro “social”, conservado com brilho, para a missa de domingo e para as festas, eu era, apesar do regime de alta sobriedade, obrigado a trocar de sapato. E se é relativamente fácil encontrar um sapato 2.0 para o par jogado fora, imagine o que seria migrar para um outro sistema solar para viver numa outra “Terra”. Agora, velho de idade, compreendo bem a luta de papai comprando cinco pares de sapato para seus cinco meninos... E não posso me esquecer do pesar ligado ao ato de “jogar fora” os sapatos velhos, cujo conforto e suavidade eram trocados pela rigidez implacável dos novos, com os quais meus pés não tinham a menor intimidade.
Sou do tempo em que tínhamos um relógio, uma caneta e um casamento. Coisas do século passado com seus aviões bimotores, seus bondes com estribos, suas praias de águas transparentes, suas moças de saias rodadas e um planeta gigantesco no qual havia muito o que descobrir e mapear.
Os foguetes espaciais inauguraram um novo modo de ver a nós mesmos na nossa imensa insignificância e assustadora responsabilidade. Começamos a perceber que estamos vivos com e para a Terra e não contra ela. Pois a Terra, ela própria, é tão ou mais viva do que nós. Temos uma noção cada vez mais nítida (e trágica) de que somos os únicos seres conscientes de um universo que, sem “sujeito”, não seria “real”.
Chegamos ao infinitamente pequeno e ao denso mistério do espaço. Fomos obrigados a valorizar o papel básico dos micro-organismos, sem os quais não existiríamos, ao mesmo tempo que nos damos conta das imensas dificuldades de sair do nosso para “colonizar” outros mundos.
Ao mesmo tempo que as fotografias revelam um Plutão morto, arrematando o mapa do nosso sistema solar, no concerto formidável dos corpos celestes somos um grão de poeira e, quando pensamos em viajar pelo espaço fora da órbita terrestre, as previsões revertem as sagas juvenis dos Flash Gordons. Deixar a Terra implica enormes dificuldades.
Assim como é complicado trocar de corpo ou de continente, é igualmente complicado mudar de planeta. Dizem que há mundos semelhantes ao nosso, mas situados a uma distância inimaginável: milhares de anos-luz de distância! Tais mundos somente seriam alcançáveis pela imaginação. Outro dia, li que uma viagem a Marte demanda decisões complexas e apresenta problemas fisiológicos talvez intransponíveis para nossa biologia atrelada à Terra. Sem a gravidade terrena e trivial que nos torna seres irremediável pesados, nossa fisiologia seria subvertida, senão interrompida.
Todas as vezes que vejo a Terra de longe, duas coisas me impressionam. Primeiro, a diferença das imagens que jamais são idênticas entre si. Nosso planeta, como nós, muda de cara a cada fotografia. Vemos sempre uma mescla de azul e branco, trocando de lugar. Depois, porque o olhar distanciado não mostra mapas. De longe, a Terra surge como uma esfera sem divisões. Suas descontinuidades são geológicas e geográficas. Ela surge sem sua intrigante (e problemática) diversidade linguística, política e cultural.
Ao lado da magnífica imagem de Plutão, noticiou-se a existência de um planeta gêmeo. Uma Terra 2.0 a ser um dia colonizada. Um lado meu afirma que tal busca expressa uma fantasia. Ela teria o papel de aliviar a destruição sistemática do nosso planeta por seus filhos. Tal fantasia evita enxergar o limite. A linha que, implacavelmente, separa o explorar com parcimônia do esgotar assassino.
Se há outros planetas como o nosso, então podemos fazer como os sapatos - jogar fora a nossa Terra, trocando-a por outro mundo. Tal como fazemos com tudo o que usamos. O crime de morte para com o planeta passaria como parte do um inevitável “progresso”. Uma Terra 2 aliviaria a nossa responsabilidade moral para com este único planeta vivo de todo o nosso sistema solar e, quem sabe, de toda a galáxia. Se somos os únicos seres conscientes deste imenso universo, somos deuses! Olha só o tamanho do barulho e do embrulho no qual estamos metidos.
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Virgo Cluster Galaxies | Galáxias do Aglomerado de Virgem
Muito mais de mil galáxias são conhecidos integrantes do Aglomerado de Virgem, o mais próximo aglomerado galáctico de nosso grupo local. Na verdade, o aglomerado galáctico é difícil de apreciar todo de uma vez pelo fato de cobrir uma grande região do céu.
Este cuidadoso mosaico de campo amplo de imagens telescópicas claramente registra a região central do Aglomerado de Virgem através de esmaecidas nuvens de poeira pairando acima do plano da Via Láctea.
A gigantesca galáxia elíptica dominante do aglomerado, M87, está logo abaixo e à esquerda do centro do quadro. À direita de M87 há uma corrente de galáxias chamada cadeia de Markarian. Um exame mais atento da imagem irá revelar várias galáxias membros do aglomerado de Virgem como pequenos retalhos borrados.
Ao deslizar seu cursor sobre a imagem, as galáxias maiores serão rotuladas através de designações do catálogo NGC. As galáxias são também mostradas com números do catálogo de Messier, inclusive M84, M86, e as proeminentes espirais coloridas M88, M90, e M91.
Em média, as galáxias do Aglomerado de Virgem estão distantes cerca de 48 milhões de anos-luz. A distância de Virgem tem sido usada para dar uma importante determinação da Constante de Hubble e da escala do Universo.
Este cuidadoso mosaico de campo amplo de imagens telescópicas claramente registra a região central do Aglomerado de Virgem através de esmaecidas nuvens de poeira pairando acima do plano da Via Láctea.
A gigantesca galáxia elíptica dominante do aglomerado, M87, está logo abaixo e à esquerda do centro do quadro. À direita de M87 há uma corrente de galáxias chamada cadeia de Markarian. Um exame mais atento da imagem irá revelar várias galáxias membros do aglomerado de Virgem como pequenos retalhos borrados.
Ao deslizar seu cursor sobre a imagem, as galáxias maiores serão rotuladas através de designações do catálogo NGC. As galáxias são também mostradas com números do catálogo de Messier, inclusive M84, M86, e as proeminentes espirais coloridas M88, M90, e M91.
Em média, as galáxias do Aglomerado de Virgem estão distantes cerca de 48 milhões de anos-luz. A distância de Virgem tem sido usada para dar uma importante determinação da Constante de Hubble e da escala do Universo.
Tradução de Luiz Leitão da Cunha
Well over a thousand galaxies are known members of the Virgo Cluster, the closest large cluster of galaxies to our own local group. In fact, the galaxy cluster is difficult to appreciate all at once because it covers such a large area on the sky.
This careful wide-field mosaic of telescopic images clearly records the central region of the Virgo Cluster through faint foreground dust clouds lingering above the plane of our own Milky Way galaxy.
The cluster's dominant giant elliptical galaxy M87, is just below and to the left of the frame center. To the right of M87 is a string of galaxies known as Markarian's Chain. A closer examination of the image will reveal many Virgo cluster member galaxies as small fuzzy patches.
Sliding your cursor over the image will label the larger galaxies using NGC catalog designations. Galaxies are also shown with Messier catalog numbers, including M84, M86, and prominent colorful spirals M88, M90, and M91.
On average, Virgo Cluster galaxies are measured to be about 48 million light-years away. The Virgo Cluster distance has been used to give an important determination of the Hubble Constant and the scale of the Universe.
This careful wide-field mosaic of telescopic images clearly records the central region of the Virgo Cluster through faint foreground dust clouds lingering above the plane of our own Milky Way galaxy.
The cluster's dominant giant elliptical galaxy M87, is just below and to the left of the frame center. To the right of M87 is a string of galaxies known as Markarian's Chain. A closer examination of the image will reveal many Virgo cluster member galaxies as small fuzzy patches.
Sliding your cursor over the image will label the larger galaxies using NGC catalog designations. Galaxies are also shown with Messier catalog numbers, including M84, M86, and prominent colorful spirals M88, M90, and M91.
On average, Virgo Cluster galaxies are measured to be about 48 million light-years away. The Virgo Cluster distance has been used to give an important determination of the Hubble Constant and the scale of the Universe.
terça-feira, 4 de agosto de 2015
As Grandes Pirâmides
Caças a jato de fabricação francesa Rafael sobrevoam as Grandes Pirâmides na periferia de Cairo, Egito.
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
The Sombrero Galaxy | A Galáxia do Sombrero
Por que a galáxia do Sombrero se parece com um chapéu? Dentre as razões estão o incomumente grande e amplo bulbo central de estrelas de Sombrero, e escuras e dark proeminentes vielas de poeira que aparecem em um disco que se vê quase totalmente de lado.
Bilhões de antigas estrelas causam o brilho difuso do bulbo central expandido. Um olhar atento ao bulbo na foto acima mostra vários pontos de luz que são, na verdade, aglomerados globulares.
Os espetaculares aneis de poeira de M104 abrigam várias estrelas mais jovens e brilhantes, e mostram intrincados detalhes que os astrônomos ainda não compreendem totalmente. O centro mesmo do Sombrero brilha através do espectro electromagnético, e acredita-se que abrigue um grande buraco negro. A luz de cinquenta milhões de anos atrás vinda da galáxia do Sombrero é visível através de pequenos telescópios na direção da constelação de Virgem.
Tradução de Luiz Leitão da Cunha
Why does the Sombrero Galaxy look like a hat? Reasons include the Sombrero's unusually large and extended central bulge of stars, and dark prominent dust lanes that appear in a disk that we see nearly edge-on.
Billions of old stars cause the diffuse glow of the extended central bulge. Close inspection of the bulge in the above photograph shows many points of light that are actually globular clusters.
M104's spectacular dust rings harbor many younger and brighter stars, and show intricate details astronomers don't yet fully understand. The very center of the Sombrero glows across the electromagnetic spectrum, and is thought to house a large black hole. Fifty million-year-old light from the Sombrero Galaxy can be seen with a small telescope towards the constellation of Virgo.
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