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sábado, 31 de agosto de 2013

Mais médicos


O editorial deste domingo do jornal O Estado de S. Paulo O outro lado do Mais Médicos (1/9, A-3) peca ao afirmar que o programa Mais Médicos começa a apresentar suas consequências “negativas”. Desde quando trocar médicos cuja remuneração pode chegar a absurdos R$35 mil por outros de salário mais condizente com a realidade brasileira — se os cubanos vão receber menos do governo de seu país, isso são outros quinhentos — é uma providência ruim?

Além disso, na reportagem Médicos formados em Cuba lideram no Revalida, publicada naquele jornal na mesma data, Bárbara Ferreira Santos  informa que os cubanos tiveram os maiores índices de aprovação naquele exame. A repórter, inclusive, reproduz esta declaração do presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Cid Célio Jayme Carvalhaes: “os médicos aprovados no Revalida têm o conhecimento necessário para exercer a profissão no Brasil, apesar das críticas à escola (...) mas, se foram aprovados no Revalida, têm o mínimo exigido para atuar no Brasil. Eles passaram, tiveram mérito”. Outra opinião favorável aos estrangeiros foi ali expressada pela médica paulistana Denise Assumpção do Nascimento:  “Mas a gente vê que os formados em Cuba têm um enfoque mais humanitário. Na faculdade, por exemplo, tive uma disciplina específica de Medicina Familiar e Comunitária e atendi os pacientes onde eles precisavam”.


É óbvio que a importação de médicos, sejam de onde forem, não vai resolver  os problemas crônicos  da saúde em nosso país, que passam, principalmente, pela insuficiente destinação de recursos financeiros e materiais à área —  mas pode atenuá-los.

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