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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Apophis


Concepção artística por computador.

O asteróide Apophis ocupou as manchetes em dezembro de 2004. Seis meses depois de sua descoberta, astrônomos pensavam ter imagens suficientes para calcular uma órbita provável da rocha espacial de 300 metros de diâmetro. E ficaram chocados.
Havia uma chance em 300 de que ele se chocasse contra a Terra em abril de 2029. A Nasa então emitiu um comunicado pedindo a astrônomos de todo o mundo que fizessem mais observações para que se pudesse definir a órbita com maior precisão.Com isso, em vez de se reduzir, as chances de colisão em 13 de abril de 2009, uma sexta-feira (pois é!) aumentaram.
No Natal de 2004, essa probabilidade era de 1 em 45, e a coisa parecia grave. Então, em 27 de dezembro, surgiu uma novidade.
Reexaminando  imagens anteriores, os astrônomos encontraram uma de março, que havia passado despercebida. Com isso, o cálculo de sua órbita pôde ser aprimorado, mostrando que a probabilidade de impacto em 2029 era de quase zero. Entretanto, existe uma pequena chance de colisão em 2036.
Embora não haja motivos para alarme, tampouco se pode relaxar. Apophis continua na lista de Asteroides Potencialmente Perigosos do Minor Planet Center da International Astronomical Union.
Embora a maioria dos asteróides se encontre no cinturão entre Marte e Júpiter, há outros fora dali. Apophis pertence a um grupo chamado família  Aten. Na maior parte do tempo esses asteróides circulam entre a Terra e o Sol, porém mais próximos deste, o que dificulta sua observação, ofuscada pelo brilho solar.
Ao passar pela óbita externa da Terra, Apophis irá aparecer brevemente no céu noturno.Na quarta-feira, 9 de janeiro de 2013, os astrônomos terão a rara oportunidade de observá-lo com uma bateria de telescópios:  ópticos, radiotelescópios e outros, como o Observatório Espacial  Infravermelho Herschel.Os dois principais dados desconhecidos da rocha espacial são sua massa e forma de rotação. Esses dois fatores influenciam sua órbita, e sem eles não é possível obter cálculos precisos. 
Outra questão importante é a forma como a luz solar afeta a órbita do asteróide, seja aquecendo-o ou  exercendo pressão sobre ele. A Rússia tem planos para instalar um farol de rastreamento em Apophis por volta de 2020, para facilitar  o acompanhamento de sua trajetória daqui da Terra.
A passagem de Apophis na quarta-feira será suficientemente próxima para permitir observações, mas  relativamente bem distante considerando-se que a Lua está a 385.000 de nosso planeta. Já em 2029 o panorama será outro.
Na sexta feira,  13 de abril de 2029, Apophis irá passar a apenas  30.000 km da Terra – menos de um terço da distância entre a Lua e nosso planeta, e menos até que a altitude de vários satélites de comunicações, que o orbitam a 36.000 km de altitude. Ele será visível do Atlântico central como um objeto de brilho moderado.

E em 2036?!?

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