Pesquisar conteúdo deste blog

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Labaredas solares


 
Labaredas solares são enormes explosões de energia magnética na atmosfera do Sol, que causa uma intensa explosão com brilho crescente. Elas não podem ser detectadas a olho nu (jamais olhe diretamente para o Sol, pois isso pode danificar sua visão) da superfície da Terra, mas podem ser observadas através de telescópios, raios X espaciais e equipamento de imageamento térmico.
A quantidade de energia liberada por uma labareda pode chegar a ser equivalente a milhões de bombas de hidrogênio de 100 megatons explodindo simultaneamente – dez milhões de vezes maior que a energia liberada em uma erupção vulcânica.
Frequentemente com duração de poucos minutos, as labaredas solares aquecem a matéria a vários milhões de graus e produzem uma explosão de radiação em várias frequências do espectro eletromagnético, de ondas de rádio a raio X e gama.


As labaredas ocorrem quando a energia eletromagnética que se formou na atmosfera solar é subitamente liberada - principalmente nas regiões ativas ao redor das manchas solares. Sua frequência varia entre várias vezes ao dia, quando o Sol se encontra em plena atividade, a menos de uma por semana nos períodos de baixa atividade solar.

Grandes labaredas são menos frequentes do que as menores. A atividade solar varia em um ciclo de 11 anos, em cujo pico há normalmente mais machas solares e, portanto, mais labaredas.


 
Raios X e radiação UV emitidos por labaredas solares podem causar tempestades de radiação de longa duração na ionosfera da Terra – a parte superior da atmosfera do planeta – e causar blecautes em transmissões de rádio em todo o planeta.

Cada labareda produz fluxos de partículas altamente energética no vento solar e na magnetosfera da Terra, as quais podem representar riscos em caso de exposição de espaçonaves e astronautas à radição. Uma labareda solar, em 20 de janeiro de 2005, liberou a mais alta concentração de prótons já medida diretamente, e levou apenas 15 minutos para alcançar a Terra, indicando uma velocidade de aproximadamente um terço da velocidade da luz.

Cientistas advertiram que uma erupção solar realmente grande poria destruir satélites e danificar redes de transmissão de energia e telecomunicações em todo o globo.
A Nasa disse recentemente que a Grã-Bretanha poderia enfrentar uma onda de blecautes de energia, além da interrupção de sinais críticos para as comunicações por longos períodos se a Terra for atingida por uma “tempestade espacial" que ocorre uma vez em cada geração.


 
Os métodos atualmente usados para prever labaredas são problemáticos, e não é possível atualmente dizer quando uma região ativa do Sol irá produzir uma labareda.


Mas certas propriedade das manchas solares e regiões ativas do Sol se correlacionam com as labaredas. Regiões magneticamente complexa, chamadas manchas delta produzem a maioria das grandes labaredas, então, um esquema simples de classificação de manchas solares é comumente usado como ponto de partida para a previsão de labaredas. As previsões são usualmente representadas em termos da probabilidade de uma labareda ocorrer de 24 a 48 horas. O Instituto Nacional da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos emite previsões desse tipo.

Algumas missões espaciais foram lançadas para observar labaredas, entre as quais a Hinode - uma nova espaçonave lançada pela Agência Japonesa de Exploraçao Aeroespacial em 2006 para observar o fenômento em detalhes.

 A primeira labareda já observada foi também a mais poderosa até hoje registrada. Ela ocorreu em 1859 e foi relatada independentemente pelos astrônomos britãnicos Richard Carrington e Roger Hodgeson. Os cientistas observaram a labareda como o brilho localizado de pequenas regiões em um grupo de manchas solares. O evento deixou marcas no gelo da Groenlândia iem forma de nitratos e berílio-10, que permitem a medição hoje de sua força.




Nenhum comentário:

Postar um comentário