Cientistas duplicaram a produção de energia de uma "bateria de bactéria" através da seleção de micróbios de um estuário, um dos quais comumente encontrado no espaço.
O desenvolvimento põe a tecnologia de energia microbial em um estágio próximo ao objetivo de fornecer uma fonte de energia portátil, independente e renovável para uso em dispositivos que empregam baixas energias, e em locais onde não há fornecimento de eletricidade.
Um equipe de cientistas concentrou as buscas no estuário do Rio Wear para coletar e testar diferentes bactérias de acordo com o potencial de geração de energia de cada uma. O processo microbial já é utilizado no tratamento de esgotos e de água, mas ainda está longe de chegar a fornecer quantidades de energia significativas.
A pesquisa Newcastle survey, divulgada na última edição da American Chemical Society's Journal of Environmental Science and Technology, mostra como de apenas um local pode surgir uma formidável série de micróbios relativamente poderosos.
Um dos melhores, cuja presença surpreendeu os cientists, foi o Bacillus stratosphericus que é encontrado em grandes quantidades à altitude de 30 km acima da superfície terrestre, e trazido ao solo pelo ciclo atmosférico do planeta.
Os pesquisadores testaram 75 espécies antes de combinarem as melhores para formar uma Célula de Combustível Microbial cuja potência de saída passou então de 105 watts por metro cúbico para 200 w/m³, o suficiente para acender uma lâmpada elétrica.
A distribuição dos micróbios foi então modificada para formar um biofilme mais eficiente ao gerar eletricidade.
A principal bactéria é chamada B. stratosphericus.
A MFC passa a funcionar ao ser mergulhada em água ou fincada no solo, dando início ao processo.
Selecionada pela revista Time há três anos como uma das 50 invenções mais importantes da ciência contemporânea, a energia microbial aproveita a eletricidade gerada naturalmente por alguns micro-organismos durante seu processamento da água de esgoto ou lama.
Versões comerciais têm eletrodos de carbono revestidos com um limo bacterial cujos minúsculos organismos convertem nutrientes em elétrons e transmitem a energia para uma bateria.
Amostras de micróbio "pegue e misture" deverão surgir a partir de uma quantidade cada vez maior de locais, inclusive o mar profundo.
Há ainda os snotworms, cuja habilidade de decompor os ossos de baleias mortas no leito marinho está atraindo o interesse científico.
Mais informações (em inglês): http://www.microbialfuelcell.org
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