A Apple investiga seus fornecedores

A gigante da tecnologia, criticada pelas más condições de trabalho verificadas nas fábricas de alguns de seus fornecedores na China, disse ter pedido "auditorias especiais voluntárias" à  ONG Fair Labor Association (FLA) ” em várias fábricas, inclusive unidades pertencentes à Foxconn, a maior fabricante mundial de produtos electrônicos, em Shenzen e Chengdu. 

Uma equipe de inspetores daquela ONG, sediada em Washington DC, iniciou as inspeções na fábrica da Foxconn City em Shenzen.

Os problemas da Apple com a empresa taiwanesa Foxconn, que fabrica quase todos os seus produtos, remontam a 2010, quando vários trabalhadores cometeram suicídio em uma fábrica de Longhua, que tinha entre 300.000 e 400.000 funcionários.

No entanto, os problemas persistiram e, no mês passado, 150 trabalhadores da Foxconn ameaçaram se jogar do alto de uma fábrica de três andares, em Wuhan, alegando receberem o pagamento em parcelas e tendo de trabalhar em um ambiente sob pressão, sem nenhum tipo de treinamento.

O New York Times alegou numa investigação no mês passado que a Apple não teria cumprido suas promessas de melhorar as práticas trabalhistas nas fábricas do Oriente.

O presidente da Apple, Tim Cook, disse: “Nós acreditamos que os trabalhadores, seja onde for, têm direito de trabalhar em ambientes seguros e apropriados, razão pela qual pedimos à FLA para verificar com independência a atuação de nossos principais fornecedores.


Os fornecedores, inclusive a Foxconn, concordaram em permitir o acesso “irrestrito” a suas fábricas, segundo a Apple.


Inspetores irão ouvir milhares de funcionários a respeito de suas condições de moradia e trabalho – inclusive pagamentos, condições de saúde e segurança, e horários. Os resultados da investigação serão apresentados no site da FLA, em março.


A Apple também diz ter auditado anualemente, desde 2006, todas as fabricas que fazem a montagem final em sua cadeia de fornecedores.


A Foxconn também fabrica aparelhos para a Sony, Nintendo e HP.