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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O segundo extra

 

O segundos extras foram estabelecidos porque a rotação da Terra está se desacelerando muito lentamente, ao ritmo de cerca de dois milionésimos de segundo por dia. 

 

O  “segundo extra”, um momento a mais acrescido ao tempo oficial mundial para mantê-lo  correto, poderá vir a ser abolido pela União Internacional de Telecomunicações (ITU) na semana que vem.


A ITU é a organização responsável pelo ajuste dos relógios em todo o mundo e fará uma reunião em Genebra na próxima semana, quando seus integrantes votarão sobre essa proposta controvertida. 
O segundo extra foi estabelecido em 1972, e desde então foi usado em 24 ocasiões, para manter o tempo astronômico - o qual é baseado na rotação da Terra - de acordo com o tempo atômico internacional, que por sua vez é baseado nos movimentos do átomo de césio, semelhantes, digamos, ao bater de um relógio.

Para se ter uma ideia da dimensão do segundo extra, sem ele o tempo atômico passaria um segundo adiante do tempo astronáutico uma vez a cada 500 dias.
No entanto, ainda que a questão fosse simples, a desaceleração da rotação da Terra não é constante, o que significa que ela tem de ser monitorada constantemente.


O Real Observatório Britânico, entre outros, apoia o segundo extra, mas há quem discorde da necessidade dele, como o Birô Internacional de Pesos e Medidas, em Paris, que pressiona pela sua abolição.

Segundo Jonathan Betts, do Real Observatório, a iniciativa seria deplorável, porque é importante não perder a conexão entre a medição do tempo e o Sol, que, afinal de contas,  é fundamental para a medição do tempo pela humanidade.

“Isso desconectaria a humanidade da Natureza, o que não é o desejo das pessoas”, diz.

Os que pregam o fim do segundo extra argumentam que vários sistemas de importância crítica, como os instrumentos de GPS usados em navegação aérea, ou os sistemas de negociação de títulos por computador, usados no mercado financeiro internacional, dependem de uma medição de tempo muito precisa, que poderia falhar se alguém se esquecesse de ajustá-los aos segundos extras.

O último segundo extra, que poderá então vir a ser o final, será acrescentado aos relógios à meia-noite de 30 de Junho de 2012.


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