A Polícia Federal de Ilhéus deflagrou, nesta manhã, 14, a Operação Radar, para o
cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão, na Agência da Previdência
Social local e nas residências de possíveis envolvidos, além de uma condução
coercitiva, com o objetivo de colher provas no interesse de inquérito policial
que apura fraudes contra a Previdência Social.
A operação é resultado de investigação conjunta do Ministério
da Previdência Social, Polícia Federal e Ministério Público Federal.
Teve início a partir de uma denúncia recebida pela Polícia
Federal, em maio/2010, dando conta de que um servidor da Agência de Ilhéus
estaria atuando irregularmente na intermediação e concessão de benefícios de
várias modalidades, principalmente pensão por morte, benefícios assistências e
auxílio doença, mediante o recebimento de propina.
As investigações apontaram a possível atuação de quadrilha, com
participação de membro de etnia indígena, que se utilizava de documentação
falsa, inserção de dados fictícios nos sistemas da Previdência Social e de
documentos com dados inverídicos para a obtenção de benefícios indevidos,
inclusive para familiares.
Os possíveis envolvidos na fraude serão intimados pela Polícia
Federal a prestarem depoimentos para esclarecimento dos fatos.
Participaram da operação 30 policiais e 7 servidores do
Ministério da Previdência Social, que desarticulam mais um grupo organizado que
estaria praticando irregularidades contra a Previdência Social.
As investigações chegaram ao possível envolvimento de 6
pessoas, sendo que as irregularidades remontam ao ano de 2003. Estima-se que o
prejuízo causado aos cofres públicos ultrapasse R$ 500.000,00, o que deverá ser
comprovado com a revisão dos benefícios considerados irregulares.
O nome da operação é uma alusão ao acompanhamento das ações
fraudulentas, via sistemas, efetuado pela Polícia Federal.
Se comprovadas as irregularidades, os envolvidos poderão
responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de
documentos e formação de quadrilha, com penas que podem chegar a seis anos de
reclusão.
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