A PF em Curitiba desenvolve hoje, 12, ação policial destinada ao cumprimento de
mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal na
capital, em torno de investigação que apura a falsificação de selos do INMETRO
(Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), bem como o uso
irregular destes mesmos selos, sobretudo em extintores de incêndio do tipo
veicular.
33 equipes, integradas por 160 policiais federais e 16
servidores do INMETRO, darão cumprimento, em 6 estados e no Distrito Federal, a
40 ordens de prisão e de busca e apreensão expedidas pelo juízo da 2ª Vara
Criminal Federal, desta capital.
As buscas visam ampliar a coleta do conteúdo probatório
já arrecadado, bem como tirar de circulação lotes de selos já produzidos pelo
grupo criminoso nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de
Janeiro, Goiás e Bahia, além do DF.
As empresas envolvidas no esquema criminoso
simplesmente colocavam os selos de autenticação do INMETRO (falsos ou mesmo
verdadeiros) em extintores de incêndio e os revendiam como se tivessem sido
recarregados. A conduta coloca em situação de risco clientes que adquirem o
produto adulterado que, em situação de necessidade, pode não apresentar
funcionamento adequado.
O INMETRO deverá emitir laudo de vistoria das empresas
envolvidas e os divulgar nos próximos dias, juntamente com o balanço final da
Operação.
Os investigados pela PF responderão pelos crimes de
falsificação de selo ou sinal público, falsificação de documento público,
falsidade ideológica, formação de quadrilha e corrupção passiva, delitos
previstos no Código Penal com penas que, somadas, podem se fixar entre 6 a 20
anos de reclusão, e entre 2 e 12 no caso de corrupção passiva.
Haverá entrevista coletiva para a imprensa, às 15h00,
na sede regional da PF no bairro Santa Cândida (Rua Profa. Sandália Monzon 210),
quando representantes do INMETRO detalharão aspectos da falsificação que,
conhecidos do público, podem levar a população a contribuir com a fiscalização
dos órgãos federais. Serão expostos na ocasião, ainda, materiais apreendidos
nesta data durante as diligências da Operação.
A PF deixou de observar no release que a resolução 333 do Contran proíbe a recarga de extintores veiculares a partir de 2005. Todos os extintores que equipam os carros novos são descartáveis. Como se vê na foto, a validade do extintor vem impressa no corpo do aparelho pela fábrica. No fundo do cilindro está estampado: descartável.
O nome Olho de Boi é uma referência a um antigo e famoso selo de colecionadores.
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