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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Operação Trojan

OPERAÇÃO TROJAN DESARTICULA QUADRILHA DE CRIMES CIBERNÉTICOS EM TOCANTINS
A Polícia Federal em Tocantins deflagrou na manhã de hoje, 4, a Operação Trojan, no Tocantins, com objetivo de cumprir 20 mandados de busca e apreensão e 16 de prisão. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal neste Estado.
Ao todo estão sendo empregados 110 policiais federais. Eles estão dando cumprimento aos mandados judiciais nas cidades de Palmas e Paraíso do Tocantins, distante 60 km da capital, região onde atuavam os investigados e os líderes da quadrilha.
As investigações iniciaram em outubro de 2008, depois de denúncias recebidas de agências bancárias. Foi apurado que membros da quadrilha enviavam milhares de e-mails com um vírus do tipo Trojan anexado. Este vírus, depois de se instalar nos computadores de correntistas, copiava o número das contas e as senhas e enviava os dados para os "crackers". Com as informações, eram realizadas transferências de valores para contas de "laranjas" e também eram efetuados pagamentos de boletos bancários.
Segundo as investigações, a quadrilha desviava o dinheiro por meio de transações de contas correntes para contas-laranja mantidas pelo grupo. Existia um grupo de "aliciadores" que buscava pessoas que "alugavam" contas bancárias para que a quadrilha sacasse o dinheiro.
Participavam também do esquema criminoso comerciantes e empresários no Estado, sendo que eles forneciam boletos bancários de suas empresas (água, luz, telefone, IPVA, DARE, GPS etc) para que fossem pagos via internet de forma fraudulenta, utilizando contas de terceiros. Os valores recebidos pelos “crackers”, para que efetuassem o pagamento dos boletos, giravam em torno de 40% a 60% do total a ser pago.
A quadrilha agia principalmente na cidade de Palmas. Os detidos durante a operação deverão responder pelos crimes de formação de quadrilha (de 1 a 3 anos de prisão) e furto qualificado mediante fraude (de 2 a 8 anos de prisão).
Depois de deflagrada a operação, com a prisão dos crackers já identificados, ainda serão realizadas perícias dos materiais apreendidos, com o intuito de identificar e responsabilizar outros integrantes, além de precisar o montante de valores desviados pelos criminosos.

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