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segunda-feira, 5 de julho de 2010

O universo inteiro / The whole universe

Pesquisadores trabalhando com o telescópio europeu Planck, o maior experimento de cosmologia em quase uma década, divulgaram nesta segunda (5) seu primeiro mapa celeste completo da radiação cósmica de fundo, a "luz mais antiga" do Universo.
O telescópio de 600 milhões de euros, que capta radiação com frequências abaixo do infravermelho (não visível), foi lançado no ano passado e levou seis meses para montar o primeiro mapa.
A imagem mostra a Via Láctea como uma linha brilhante atravessando horizontalmente todo o centro do mapa. Acima e abaixo dessa linha, podem ser vistas grandes quantidades de pontos amarelos. Esses pontos, tanto na Via Láctea, quanto acima e abaixo dela, representam gás e poeira cósmicas. Não são estrelas, pois o telescópio não registra luz visível. Grande parte dessa radiação, acreditam os cientistas, originou-se 380 mil após o "Big Bang", quando a matéria havia se resfriado o suficiente para que a formação de átomos fosse possível. Antes disso, o cosmos seria tão quente que matéria e radiação estariam acopladas, e o Universo seria opaco.
Um dos principais objetivos do projeto é encontrar evidências para a "inflação", uma do incipiente Universo a velocidades acima da velocidade da luz.
Segundo a teoria, se essa "inflação" ocorreu, ela deveria estar registrada na radiação cósmica de fundo e seria passível de detecção.
O telescópio Planck é uma das principais missões da ESA (Agência Espacial Europeia). Lançado em 2009, encontra-se a mais de um milhão de quilômetros da Terra.
Ele carrega dois instrumentos para registrar o céu em nove bandas de frequência. O instrumento de alta frequência opera entre 100 e 857 GHz; o instrumento de baixa frequência opera entre 30 e 70 GHz.
Até 2012, o aparelho terá construído quatro mapas do Universo.
The first full-sky image from Europe's Planck telescope which was sent into space last year to survey the oldest light in the cosmos.
The satellite, costing 600m euros, was launched last year by the European Space Agency. It was sent nearly a million miles into space to record the origins of the universe. The Planck observatory's job was to look at the age, contents and evolution of the cosmos by studying the heat left behind by the Big Bang. In September it began to reveal its first images showing strips of ancient light across the sky. Now it has revealed a full picture of the sky.
The image shows what is visible beyond the Earth to instruments that are sensitive to light at very long wavelengths.
Dominating the picture are large parts of our Milky Way Galaxy. The bright horizontal line running across the middle of the image is the galaxy's main disc and where the Sun and Earth are. Also seen are huge bursts of cold dust that reach thousands of light-years above and below the galactic plane.
Scientists will spend years analysing the image to better understand how the Universe came to look the way it does.
"What you see is the structure of our galaxy in gas and dust, which tells us an awful lot about what is going on in the neighbourhood of the Sun; and it tells us a lot about the way galaxies form when we compare this to other galaxies," Professor Andrew Jaffe, a Planck team member from Imperial College London, told
BBC News.

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