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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Fazer pouco com muito e coragem política

Lula da Silva, o homem da palavra fácil, descompromissada, e agora, comprovadamente, infrator de leis, multado 3 ou 4 vezes por propaganda eleitoral antecipada. Pior, debocha da Justiça. Deplorável.
E fez escola, claro; o raciocínio é lógico: se o presidente pode, os demais também podem, José Serra, Dilma Rousseff.
Salva-se Marina Silva, fora do debate idiota de comparações e acusações mútuas, infantis. Quem fez mais, quem fez menos? Ridículo.
Marina teve a coragem de expressar sua posição contra o casamento gay. Perfeito, opinião pessoal, sincera.
Se ela me concedesse a entrevista que não me canso de pedir, e ela nem sabe quem sou, eu perguntaria: Marina, se um projeto de união homossexual fosse aprovado, você, eleita e empossada no cargo de presidente, vetaria a lei? Eis o ponto. A prova da coragem de expressar opinião pessoal, separando-a da impessoalidade do cargo. Vetaria?
Há vetos justificáveis, que afetam a economia, mas contra a união gay, não se pode apelar para dogmas, nem para fórmulas matemáticas, mas, sim, obedecer à lógica do humanismo, de que as pessoas são diferentes, e têm os mesmos direitos. Quero dizer, devem ter, porque, na verdade, não os têm, ainda, e há tempos.

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