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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Operação Harina

PF EM SÃO PAULO DEFLAGRA OPERAÇÃO “HARINA” CONTRA EVASÃO DE DIVISAS E LAVAGEM DE DINHEIRO
A Polícia Federal em São Paulo deflagrou na manhã desta sexta-feira, 28, a Operação Harina, com o objetivo de desarticular a atuação de grupos criminosos que praticam crimes financeiros através de operações responsáveis pela evasão de divisas, câmbio ilegal, descaminho e lavagem de dinheiro.

Policiais Federais distribuídos em 28 equipes, cumprem 28 mandados de busca e apreensão e 19 mandados de prisão nas cidades de São Paulo e Santos no Estado de São Paulo, Porto Alegre no Rio Grande do Sul e Três Lagoas no Mato Grosso do Sul além de prisões no Uruguai com o apoio da Interpol.

Um dos grupos criminosos utilizava-se de empresas interpostas (fantasmas) e sucessivas operações fictícias de compra e venda, para a realização de importações com valores subfaturados.
Para efetivar a evasão de divisas, os grupos realizavam, diariamente, operações conhecidas como dólar cabo, nas quais não há saída física da moeda, mas apenas um sistema extra-oficial de compensação entre doleiros e clientes.
Os crimes cometidos pela quadrilha são a evasão de divisas, descaminho, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, cujas penas, se condenados, podem chegar a 30 anos de prisão.
O nome da Operação “Harina” se dá em razão dos produtos descaminhados serem provenientes da Argentina.
Balanço da Operação Harina
Uma organização criminosa, composta por seis células de doleiros, movimentava US$ 500 mil por mês.
O principal investigado é o uruguaio Ricardo José Fontana Allende, que, em interceptações telefônicas autorizadas judicialmente, aparece como suposto chefe da organização.
Allende agiria, de acordo com as investigações, no Uruguai, mas possuía visto de permanência no Brasil. A sua operadora de turismo, Expo Brasil Passagens e Turismo, supostamente camuflava atividades ilegais de câmbio e remessa de dinheiro para o exterior.
Um esquema adicional da suposta quadrilha seria o de utilizar importadoras de trigo para simular ou superfaturar compras da mercadoria e, assim, mandar para o Uruguai recursos que depois seriam enviados a outros países. Daí o nome da operação da PF, Harina, que significa farinha em espanhol.
Nessa frente de atuação, os principais investigados são o também uruguaio Federico Hernan Las Heras e o doleiro Gustavo Alfredo Orsi, o "Junior".
Las Heras é ligado às empresas brasileiras Afil Importação e Comércio, e Trigomax.

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