As auroras boreais e auroras austrais são espetaculares fenômenos luminosos no céu, que ocorrem na alta atmosfera por partículas carregadas que seguem as linhas do campo magnético terrestre.
Como as linhas são simétricas, acreditava-se que as auroras também fossem, cada uma como o espelho da outra.
Mas, quando cientistas foram fazer a prova, descobriram que não são iguais; as auroras são assimétricas.
Havia sido observado que uma aurora no sul, por exemplo, podia estar deslocada alguns graus de longitude em relação a uma no norte, ou que sua intensidade poderia ser diferente devido a efeitos sazonais, ainda que com padrões idênticos.
Todavia, os pesquisadores K.M.Laundal e N.Ostgaard, da Universidade de Bergen, Noruega, explicam, na revista Nature, que as auroras boreais e austrais são claramente assimétricas.
As pesquisas são complicadas, pela escassez de dados e imagens realizadas de cada vez em ambos os polos que sejam comparáveis, mas eles utilizaram registros feitas pelas câmeras do satélite Image e por câmeras terrestres do Polar Visible Imaging System, localizadas nas duas calotas polares, para medir e comparar as auroras de maio de 2001, e demonstraram que a distribuição da intensidade de ambas foi diferente, com maior intensidade ao entardecer setentrional e ao amanhecer meridional.
É sabido que a força do campo magnético nos dois hemisférios não é a mesma e que isso pode gerar diferenças na intensidade das auroras entre os dois hemisférios.
No entanto, as diferenças de força do campo magnético na ionosfera terrestre, onde se dão as luminosidades, são muito pequenas, menores que 10%, e não é provável que possam explicar as assimetrias que se observam, segundo os pesquisadores.
A explicação sugerida é que a assimetria confirma a existência de correntes de linhas de campo inter-hemisféricos relacionadas às estações, o que havia sido previsto teoricamente, mas nunca antes demonstrado.
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