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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Operação Turko

PF E CPI “PEDOFILIA” REALIZAM OPERAÇÃO TURKO

Pela abrangência da ação da PF, fica claro que nenhum trangressor que age na internet está a salvo; a Polícia Federal tem condições de identificar e localizar os donos de sites que publicam fotos, promovem, incentivam ou fazem comércio da pornografia infantil, e não só dela, mas dos abusos sexuais de fato ocorridos. Como também está equipada para descobrir os autores de e-mails falsos em nome de bancos, lojas, firmas de cobrança, órgãos públicos, todos com a intenção de roubar dados e fraudar contas bancárias e cartões de crédito.

É bom acreditar na capacidade da PF e das polícias civis de alguns Estados de combater esses crimes. E cabe a todos os que desejam defender as crianças, combater o tráfico de seres humanos e os roubos na internet, repassar os emails recebidos ou os links dos sites, ou, ainda, informações que tiverem, à Polícia Federal, neste endereço exclusivo: crime.internet@dpf.gov.br . É uma obrigação cívica, de cidadania. Denúncias anônimas são aceitas e mantidas sob sigilo também através deste número: 0800 - 990500.

Brasília/DF - A Polícia Federal realiza hoje, 18, a Operação Turko para combater o crime de Pornografia Infantil na Internet. Cerca de 400 policiais cumprem 92 mandados de busca e apreensão em 20 estados e no Distrito Federal.
A investigação, coordenada pela Divisão de Direitos Humanos e pela Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF é resultado de informações repassadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia no Senado Federal, em parceria com a ONG Safernet e com o Ministério Público Federal de São Paulo.
Foi apurado que os investigados usavam comunidades em um site de relacionamentos para troca de material de pornografia infantil. Ao longo de um ano de investigação, que contou com a colaboração da empresa proprietária do site, foram filtradas cerca de 3.500 denúncias que acabaram levando até os alvos da ação de hoje.
Nas buscas os policiais irão acessar os computadores dos suspeitos para confirmar a existência de imagens de pornografia infantil. Caso o material seja encontrado, os responsáveis serão presos em flagrante.
Esta é a primeira grande operação após a publicação da lei 11.829, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente e tornou crime a posse de material pornográfico infantil.
A operação é uma das ações que marcam o Dia Nacional de Luta contra o Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi instituída pela Lei Federal nº 9970/00 e lembra um crime bárbaro que chocou todo o país e ficou conhecido como o “Crime Araceli”, ocorrido em 1973, em Vitória.
Recordando:
A menina Araceli Cabrera Crespo tinha apenas oito anos quando foi levar um envelope para um grupo de rapazes, a pedido da mãe, em Vitória, Espírito Santo. Ao chegar no local marcado, foi espancada, estuprada e morta. O crime ocorreu no dia 18 de maio de 1973, e o caso ficou célebre três anos depois, com a publicação do livro "Araceli, meu amor", do jornalista José Louzeiro.
Trinta e dois anos depois de sua morte, em homenagem à menina, nesta quarta-feira, dia 18 de maio, é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil. O dia foi instituído por lei federal em 2000.
Araceli desapareceu após sair da escola, localizada na Praia do Suá. Foi drogada, estuprada, espancada, estrangulada. Os assassinos, com o objetivo de dificultar a identificação do corpo da menina, ainda o imergiram em ácido.
Foram seis dias de muita angústia para os pais de Araceli até o corpo ser encontrado num matagal situado atrás do Hospital Infantil, também na região da Praia do Canto. Mas a dor da família estava apenas começando: o cadáver da criança só foi reconhecido oficialmente após três anos.
O crime foi um exemplo de impunidade.
Há muitas versões para o caso, e entre os acusados estão Dante Michelini e Paulo Helal, conhecidos pelas festas que promoviam na área nobre de Vitória.
Até mesmo a mãe de Araceli foi acusada de fornecer cocaína para pessoas influentes da região, inclusive para os próprios assassinos.
Apesar da comoção popular, o silêncio marcou o caso. E foi esse silêncio que acabaria por decretar a impunidade dos criminosos. Diante da falta de provas, os principais acusados acabaram tendo o júri anulado, e o crime hoje está prescrito, ou seja, os responsáveis não podem mais ser punidos.
Estados cobertos pela Operação Turko:
Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe.

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