Outro dia, comentei aqui que o governo não baixava o preço da gasolina, hoje absurdamente alto em relação aos valores cobrados no exterior, até por causa do álcool, pois várias usinas estão com a corda no pescoço.
Agora, vejam o que acaba de ser publicado no jornal O Estado de São Paulo (online): Segundo uma fonte do governo, porém, um estudo realizado pela área técnica do Ministério da Fazenda propõe que a Petrobras reduza o preço dos combustíveis vendidos às refinarias, mas a queda não seria repassada ao consumidor. Ficaria nos cofres públicos por meio do aumento do recolhimento da Cide.
De acordo com a fonte, as discussões envolvem também a competitividade do álcool. Se houver uma queda no preço da gasolina, o governo teme que caia a procura por álcool. O setor já reclama da queda dos preços do produto em função do início da safra de cana.
Mas o argumento mais estúpido contra a queda dos preços da gasolina é este, dado na mesma notícia acima:
Outra barreira para redução dos preços dos combustíveis nas refinarias vem dos Estados, que perderiam arrecadação de ICMS. Essa perda teria que ser compensada pelo aumento dos repasses da Cide aos governadores.
Imaginem se um País que se preza pode funcionar dessa maneira, com governadores reclamando contra queda de preços, argumentando que perderiam arrecadação. Então, para eles, o mercado só funciona em um sentido: para cima... No quesito poluição, a gosolina brasileira é campeã: tem 1.000 ppm (partes por milhão) de emissão de poluentes, e não pode ser vendida nos Estados Unidos. Lá, exige-se o máximo de 50 ppm.
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