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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A Jóia de Medina (The Jewel of Medina)

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Gato escaldado tem medo de água quente. Primeiro, foram os Versos Satânicos, de Salmon Rushdie, depois, foi "Submission", filme curta-metragem baseado no livro de Ayaan Hirsi Ali, que custou a morte do cineasta Theo Van Gogh, em 2004; em seguida, as caricaturas de Maomé. Agora, é a vez de A Jóia de Medina, livro da jornalista Sherry Jones, 46, ter seu lançamento suspenso preventivamente, por receio dos editores de incitação à violência religiosa.
A história narra a vida de A'isha desde que se torna a prometida de Maomé, com seis anos, até a morte do profeta.
O editor adjunto da Randon House, Thomas Perry,disse que a editora recebeu uma " advertência de que a publicação da obra poderia ofender a comunidade islâmica e suscitar atos de violência". Assim, para a segurança da autora, da empresa e dos distribuidoresm decidiu-se pela suspensão do lançamento.
Jones, no entanto, está livre para vender seu livro através de outras editoras.
A autora de The Jewel of Medina esteve no Oriente Médio, onde estudou e pesquisou a História Árabe, e diz que sua novela é uma síntese de tudo o que aprendeu. Uma grande história de amor, onde A'isha é a mulher favorita de Maomé.

8 comentários:

  1. Interessante a gente ir aprendendo um pouco mais sobre os grandes nomes da História, das Religiões, mas...
    Eu fico impressionada como as pessoas com um pouco tempo de pesquisa tiram conclusões que "viram verdade".

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  2. Maria José,

    Agradeço seu comentário, mas não o entendi. Não escrevo para "reclamar" de uma eventual crítica, mas, apenas para pedir-lhe que esclareça quais conclusões seriam verdades irônicas.

    Abraços,

    Luiz Leitão

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  3. Oi, Luiz

    Eu estou fazendo uma pesquisa sobre os comentários da tão polêmica obra A Jóia de Medina.

    Eu sou muçulmana e na verdade não é necessário ler este livro para saber que Aisha (que Deus esteja satisfeito com ela) foi umas das mulheres mais importantes na História de minha religião. Aisha era uma mulher dotada de excepcional memória, o que ajudou os muçulmanos da época a preservar o Sagrado Alcorão, já que ele foi todo memorizado pelos companheiros e seguidores do profeta Muhammad (que a paz e a bênção de Deus estejam com ele). Ela detinha grande conhecimento da literatura e da medicina e ajudava muitas pessoas nessas categorias.

    Acontece que a autora do livro com certeza não buscou as informações devidas sobre Aisha no Alcorão e na Sunnah do Profeta. O Alcorão é o nosso livro sagrado e a Sunnah é o conjunto de relatos e ditos do profeta com relação aos modos e bons costumes do muçulmano. Muitos dos ditos do profeta foram relatados por Aisha.

    Portanto, o livro A Jóia de Medina acaba por se tornar uma obra literária de cunho fraco, já que não foi embasado nas duas principais fontes das quais os muçulmanos se orientam. Essa escritora muito provavelmente estudou sobre a vida de Aisha com um professorzinho árabe qualquer que nem reza, ou segue a religião.

    Quando nós muçulmanos botamos a boca no trombone, não é para criticar ou instigar violência, mas sim para defender nosso maior tesouro: o Islam. Você se lembra o que freiras fizeram nas portas dos cinemas quando foi lançado o filme A Última Tentação de Crito? É mais ou menos isso que fazemos também.

    Luiz, espero que seu blog seja um instrumento de divulgação eclética (como é citado no cabeçalho) e que você nunca se deixe levar por opiniões falsas de quaiquer assuntos que sejam. Já que aqui é de tudo um pouco, senti-me à vontade para comentar.

    Que Deus lhe abençoe.
    Elizabete Reis (Fatima)

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  4. Olá, Fátima,

    Obrigado por sua visita e comentários no blogue, a respeito de a Jóia de Medina.

    Não sei se foi Ayaan Hirsi Ali quem disse, como você, que o Islã não é nada do que se diz por aí; quer dizer, há versões deturpadas usadas para manipulação, como se usa amiúde a religião católica para controle, poder e manipulação. Uma Igreja que não permite mulheres sacerdotes.

    Veja a questão do véu na França, por exemplo: a sua proibição na pátria da liberté, égalité, fraternité, é uma contradição. As meninas muçulmanas não o usam por imposição, mas por costume, tradição, enfim.

    A Sharia, imposta pelo Talebã, que se diz ser uma lei islâmica, não me parece bem aceita pela população no Waziristão, quando o presidente fez um acordo, em que ela seria imposta por ali.

    É uma lei dos homens, se não estou enganado, essa sim para controlar, submeter, humilhar.

    O papa católico é um homem arrogante, intransigente, desumano. Há meios variados de se pregar religiões, depende das intenções de quem o faz, ou de quem a interpreta.

    Os índios têm seus deuses, os maias tinham suas divindades, os gregos também.

    Eu não tenho religião, mas respeito todas, e acredito que possa haver um ser superior, que cada cultura vê à sua maneira.

    Veja o escritor português J. Saramago, esse grande crítico do deus católico. Não li o livro dele, apenas um resumo, mas sei que as palavras são bastante afiadas.

    Essa opressão que tanto se liga ao Islã existe de forma mais sutil na católica, e a violência de gênero não é exclusiva de religião ou país. Está em muitos lares, ricos e pobres.

    Você escreve muito bem, com leveza e elegância,e argumentos lógicos, claros.

    Os assassinos de Theo Van Gogh são fanáticos, mas não creio que sejam os verdadeiros seguidores do Islã. Estou certo ou errado?

    Um abraço,

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  5. Fátima,

    Não consegui inserir o comentario em seu blog. Aparecem as letras de confirmação, mas não os espaço para digitá-las.

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  6. Oi, Luiz.

    É verdade, não dá pra comentar no meu blog. Vou corrigir esse probleminha de configuração.

    Quanto ao Islam, veja só: você deve ter ouvido as denominações xiita, sunita, sufista, hehehe. Então os verdadeiros muçulmanos são chamados de povo da Sunnah (já comentei a definição para Sunnah). Sunita é todo aquele que segue o Alcorão e a Sunnah. Porque olha só, o muçulmano obedece e se submete a Deus e segue o comportamento de seu profeta. Salomão, Jesus, Noé, Abraão, Muhammad (que a paz esteja com todos eles) todos eles foram profetas e de exímio comportamento. Eles não praticavam a violência, não eram terroristas e pregavam a paz. Foram perseguidos, difamados, humilhados, mas se mantiveram firme na submissão a Deus.

    Quando a gente vê na tevê que um muçulmano matou, ou que explodiu tal lugar, com certeza não foi um sunita, porque nós seguimos os bons costumes e pregamos a paz.

    Mas como você mesmo disse que hoje os cristãos tem um papa arrogante, você está certo. Eu já fui católica e como católica gostava muito do Papa João Paulo II. Ele foi um homem mediador entre as religiões, diferente deste, que no meu ver é um tremendo terrorista.

    Luiz, sucesso com o blog e que Deus te abençoe.

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  7. Fátima,

    Há alguns dias, eu escrevi um artigo, sobre aquela menina perseguida na Uniban, por causa da roupa (Sharia à brasileira).

    Para isso, pesquisei e achei um texto muito bom sobre a Sharia, escrito por uma mulher, que não reporoduzo aqui porque não tenho permissão, mas posso enviar por e-mail a quem desejar.É muito, muito bom, esclarecedor."Corão, a Sharia e os direitos das mulheres"

    A autora é: Asma Barlas.

    A versão original pode ser lida em:

    http://www.asmabarlas.com/TALKS/2009_venice.pdf.

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  8. Oi, Luiz

    Eu me interessei pelo texto.
    Por favor, manda no meu e-mail: islamsemrodeios@gmail.com

    Deus te abençoe.

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