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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Do pódio ao pó

Aqui vai u'a pequena poesia de Zé Nêumanne, sobre a morte, essa nossa inevitável companheira de viagem.
Do pódio ao pó
O ginasta se projeta no ar e se prostra ao solo; o tenista empunha a raquete e rebate a bola pra fora; o ponteiro corta com força e, bloqueado, faz o ponto contra; o zagueiro desvia a pelota e a vê morrer na própria rede; o nadador bate a mão na borda e sente o mundo a seus pés. O pódio premia o suor e o pó é o troféu da derrota. A existência é uma corrida de obstáculos sem fita de chegada; uma partida sem resultado; uma Olimpíada sem medalha: todos erram, todos perdem a vida, todos são iguais perante o amor e a morte.
O site, pra quem aprecia Zé Nêuma, é www.neumanne.com

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