Aqui vai u'a pequena poesia de Zé Nêumanne, sobre a morte, essa nossa inevitável companheira de viagem.
Do pódio ao pó
O ginasta se projeta no ar
e se prostra ao solo;
o tenista empunha a raquete
e rebate a bola pra fora;
o ponteiro corta com força
e, bloqueado, faz o ponto contra;
o zagueiro desvia a pelota
e a vê morrer na própria rede;
o nadador bate a mão na borda
e sente o mundo a seus pés.
O pódio premia o suor
e o pó é o troféu da derrota.
A existência é uma corrida de obstáculos
sem fita de chegada;
uma partida sem resultado;
uma Olimpíada sem medalha:
todos erram,
todos perdem a vida,
todos são iguais
perante o amor
e a morte. O site, pra quem aprecia Zé Nêuma, é www.neumanne.com
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