Astronomia, astrofísica, astrogeologia, astrobiologia, astrogeografia. O macro Universo em geral, deixando de lado os assuntos mundanos. Um olhar para o sublime Universo que existe além da Terra e transcende nossas brevíssimas vidas. Astronomy astrophysics, astrogeology, astrobiology, astrogeography. The macro Universe in general, putting aside mundane subjects. A look at the sublime Universe that exists beyond Earth and transcends our rather brief life spans.
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quinta-feira, 31 de julho de 2014
Impressões da superfície do Cometa Rosetta
Estruturas da superfície estão se tornando visíveis em novas imagens do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, tiradas pelo sistema de imageamento científico OSIRIS a bordo da espaçonave Rosetta, da Agência Espacial Europeia.
A resolução dessas imagens é, agora, de 100 metros por pixel. Uma das características mais impressionantes é atualmente encontrada na região do pescoço do cometa. Esta parte de 67P parece ser mais brilhante do que o resto do seu núcleo.
E se não fossem os negros?
É do brasilianista que mais entende de Brasil, o professor Richard Moneygrand, essa indagação provocadora. No Brasil, para assistir ao que considera "a mais bela atividade esportiva jamais inventada", ele chama minha atenção para a presença dos negros. "São aproximadamente 195!" Diz, entre o enfático e o venturoso, explicando que teve o cuidado de classificá-los com olhos brasileiros, porque se os visse na perspectiva americana dos "rednecks", os racistas cuja adjetivação tem origem no seu pescoço - neck - avermelhado pelo sol da labuta manual e humilde, semelhante à dos negros que eles detestam - o número seria maior.
Contei, diz Moneygrand, seguindo a aparência, a "marca" e não a "origem" como distinguiu, num estudo realmente clássico e protoestruturalista, o sociólogo Oracy Nogueira, ao revelar que, no Brasil, o contexto e o posicionamento social poderiam englobar a cor. Algo diverso do caso americano, no qual a descendência, e não a aparência, era inabalável. No Brasil, podia-se ser preto ou branco ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, não. Lá havia o fenômeno da "passagem", porque pessoas de pele clara, mas com ascendência negra, continuavam negros.
Tomei um gole demorado do meu Joãozinho Andarilho, renovei a dose do meu amigo e ele continuou.
Curiosa inversão. O país no qual a igualdade é um valor se torna hierárquico quando se trata de classificar os "outros" - negros, hispânicos, asiáticos, etc...; ao passo que vocês, imoralmente tolerantes com a desigualdade, se tornam flexíveis quando se fala de etnias. Aliás, minha estatística viria abaixo porque um negro nomeado capitão do time, digo, do Mato - vejam aquela famosa gravura do Rugendas -, torna-se automaticamente branco! Ele volta, é claro, a ser negro quando faz algo contrário às etiquetas que nem mesmo vocês entendem completamente. Mas o intermediário (com suas ambiguidades) tem um lugar no Brasil.
Insisti com Moneygrand para voltarmos à questão inicial.
Ele foi direto: sem negros, mestiços e mulatos não haveria esse futebol maravilhoso que renasce em cada Copa do Mundo. Foram vocês, brasileiros, que a partir de 30 mulatizaram o futebol mundial, colocando-o na Ásia, no Oriente Médio e na África. Mas o termo "mulatizar" é preconceituoso. O que houve, de fato, foi uma democratização agenciada pelo jogo: um jogo que exige 22 jogadores, fora os árbitros. Era muita gente branca para um Brasil carregado de mestiços - de gente de todas as cores. O Brasil cosmopolitizou o universo do futebol, o qual exige o talento que iguala, apesar de suas resistências hierárquicas - como no vosso desgastado, mas constitutivo, populismo - que permanece como um embaraço. Você, meu caro, falou disso mais e melhor do que nenhum outro.
Feliz com o reconhecimento - quem não fica? -, tomei mais um gole e comi mais um pastel de camarão.
Moneygrand prosseguiu com o ímpeto do time da Holanda, que tem 6 jogadores negros. Essa presença africana era impensável no passado. A França, um dos países mais racistas da Europa, tem 11 e a Bélgica, 8 negros! Eu fico feliz vendo esses descendentes institucionais das potências que repartiram a África, jogar igualitariamente partidas com suas ex-colônias. Dir-se-ia que não é muito, mas já é alguma coisa. E é exatamente essa "alguma coisa" que muda o mundo.
Veja o caso do basquete americano, continuou Moneygrand. Hoje, ele é um esporte negro, mas era proibido aos afro-americanos. Somente americanos nascidos nos Estados Unidos e filhos de pais caucasianos tinham o direito de jogar na liga All-American Basketball Alliance. Do mesmo modo, não era dado a negros e brancos frequentar a mesma piscina, o que explica a ausência de campeões de natação negros.
Como revela Gunnar Myrdal no seu não lido e não traduzido no Brasil An American Dilemma (publicado em 1944!) - falou um veemente Dick Moneygrand -, os negros se destinavam a certas atividades, reforçando o odiento estereótipo escravista de que seriam parte de uma "raça" inferior, primitiva e descontrolada. Deles seriam o crime, a dança, a prostituição, o canto e o atletismo. Eram proibidos de cantar em ópera. Jesse Owens foi o inesperado campeão olímpico em 1936, diante dos olhos arianos dos nazistas, mas, como ensina Myrdal, nenhuma celebridade negra deveria dar palpite ou opinião fora de sua atividade. Nem mesmo se fossem escritores ou atores. Numa sociedade segregada, justamente porque era competitiva e inevitavelmente meritocrática, o código racial, pretensamente biológico, bania os negros mais talentosos da vida pública. O sinistro código da raça englobava o do civismo liberal de Jefferson e Madison.
E se não tivéssemos os negros? Insisti.
Ah!, disse Moneygrand, sem o abrasileiramento que trouxe os negros, o futebol estaria morto. Como tudo que é puro, demasiado puro...
*
A partir da próxima semana, fico concentrado, reunindo forças para o próximo campeonato, na primeira quarta-feira de setembro.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Rô Ofiuco
As nuvens ao redor do sistema estelar Rô Ofiuco compõem uma das mais próximas regiões de formação estelar. Rô Ofiuco é um sistema estelar binário visível na região de cores claras à direita da imagem.
O sistema estelar, localizado a apenas 400 anos-luz de distância, se distingue por seus coloridos arredores, que incluem uma nebulosa de emissões vermelha e várias vielas de poeira claras e escuras. Próxima à parte superior direira do sistema Rô Ofiuco de nuvem molecular está a estrela amarela Antares, enquanto um distante, porém coincidentemente superposto sistema globular de aglomerados estelares, M4, é visível entre Antares e a nebulosa de emissões vermelha.
Próximo ao fundo da imagem está IC 4592, a nebulosa da Cabeça do Cavalo Azul . O brilho azul que circunda o olho da Cabeça do Cavalo Azul — e outras estrelas ao redor da imagem — é uma nebulosa de reflexão composta por poeira fina. À esquerda da imagem há uma nebulosa de reflexão geometricamente angulada, catalogada como Sharpless 1. Aqui, a brilhante estrela próxima ao vórtex de poeira cria a luz da nebulosa de reflexão circundante.
Embora a maioria desses detalhes seja visível através de pequenos telescópios apontados na direção das constelações de Ofiuco, Escorpião e Sagitário, a única maneira de ver os intrincados detalhes dos redemoinhos de poeira, como mostrados acima, é através de câmeras de longa exposição.
Tradução de Luiz Leitão
The clouds surrounding the star system Rho Ophiuchi compose one of the closest star forming regions. Rho Ophiuchi itself is a binary star system visible in the light-colored region on the image right.
The star system, located only 400 light years away, is distinguished by its colorful surroundings, which include a red emission nebula and numerous light and dark brown dust lanes. Near the upper right of the Rho Ophiuchi molecular cloud system is the yellow star Antares, while a distant but coincidently-superposed globular cluster of stars, M4, is visible between Antares and the red emission nebula.
Near the image bottom lies IC 4592, the Blue Horsehead nebula. The blue glow that surrounds the Blue Horsehead's eye — and other stars around the image — is a reflection nebula composed of fine dust. On the above image left is a geometrically angled reflection nebula cataloged as Sharpless 1. Here, the bright star near the dust vortex creates the light of surrounding reflection nebula.
Although most of these features are visible through a small telescope pointed toward the constellations of Ophiuchus, Scorpius, and Sagittarius, the only way to see the intricate details of the dust swirls, as featured above, is to use a long exposure camera.
O Cometa C/2013 UQ4 (Catalina)
O cometa C/2013 UQ4 (Catalina) foi observado pela espaçonave Near-Earth Object Wide-field Infrared Survey Explorer (NEOWISE) da NASA apenas um dia após passar por seu ponto de maior aproximação do Sol.
O cometa brilha intensamente em comprimentos de onda de luz infravermelha, com uma cauda de poeira espalhando-se por mais de 100.000 quilômetros pelo céu. Sua atividade espetacular é causada pela vaporização de gelo que havia sido preservado desde a época da formação do planeta, há 4,5 bilhões de anos.
Comet C/2013 UQ4 (Catalina) has been observed by NASA’s Near-Earth Object Wide-field Infrared Survey Explorer (NEOWISE) spacecraft just one day after passing through its closest approach to the sun.
The comet glows brightly in infrared wavelengths, with a dust tail streaking more than 62,000 miles (100,000 kilometers) across the sky. Its spectacular activity is driven by the vaporization of ice that has been preserved from the time of planet formation 4.5 billion years ago.
Tapete voador
O pianista alemão Stefan Aaron toca um piano cor de laranja em uma plataforma "tapete voador", suspensa por um helicóptero, sobre o aeroporto de Munique, na Alemanha. O concerto é a quarta estação do "Orange Piano Tour", que leva o artista a vários lugares do mundo.
terça-feira, 29 de julho de 2014
A Nebulosa do Caranguejo
O Pulsar do Caranguejo, uma estrela de nêutrons magnetizada, do tamanho de uma cidade, girando 30 vezes por segundo, situa-se no centro desta cativante imagem de campo amplo da Nebulosa do Caranguejo.
Esta é uma espetacular imagem dos remanescentes de uma das supernovas da Via Láctea, que combina dados de pesquisa ópticos com dados de raios-x do Observatório Orbital Chandra. A composição foi criada como parte de uma comemoração da exploração de 15 anos do cosmos de alta energia pelo Chandra. Como um dínamo cósmico, o pulsar alimenta a emissão de luz de raios X e luz óptica pela nebulosa, acelerando partículas carregadas a energias extremas para produzir os jatos e anéis que brilham em raios X.
A estrutura de anéis mais interna tem cerca de um ano-luz de diâmetro. Com uma massa maior que a do Sol e a densidade de um núcleo atômico, o pulsar giratório é o núcleo destruído da estrela de grande massa que explodiu, enquanto a nebulosa consiste nos restos em expansão das camadas externas da estrela. A explosão da supernova foi observada no ano de 1054.
Esta é uma espetacular imagem dos remanescentes de uma das supernovas da Via Láctea, que combina dados de pesquisa ópticos com dados de raios-x do Observatório Orbital Chandra. A composição foi criada como parte de uma comemoração da exploração de 15 anos do cosmos de alta energia pelo Chandra. Como um dínamo cósmico, o pulsar alimenta a emissão de luz de raios X e luz óptica pela nebulosa, acelerando partículas carregadas a energias extremas para produzir os jatos e anéis que brilham em raios X.
Tradução de Luiz Leitão
The Crab Pulsar, a city-sized, magnetized neutron star spinning 30 times a second, lies at the center of this tantalizing wide-field image of the Crab Nebula.
A spectacular picture of one of our Milky Way's supernova remnants, it combines optical survey data with X-ray data from the orbiting Chandra Observatory. The composite was created as part of a celebration of Chandra's 15 year long exploration of the high energy cosmos. Like a cosmic dynamo the pulsar powers the X-ray and optical emission from the nebula, accelerating charged particles to extreme energies to produce the jets and rings glowing in X-rays.
The innermost ring structure is about a light-year across. With more mass than the Sun and the density of an atomic nucleus, the spinning pulsar is the collapsed core of the massive star that exploded, while the nebula is the expanding remnant of the star's outer layers. The supernova explosion was witnessed in the year 1054.
A spectacular picture of one of our Milky Way's supernova remnants, it combines optical survey data with X-ray data from the orbiting Chandra Observatory. The composite was created as part of a celebration of Chandra's 15 year long exploration of the high energy cosmos. Like a cosmic dynamo the pulsar powers the X-ray and optical emission from the nebula, accelerating charged particles to extreme energies to produce the jets and rings glowing in X-rays.
The innermost ring structure is about a light-year across. With more mass than the Sun and the density of an atomic nucleus, the spinning pulsar is the collapsed core of the massive star that exploded, while the nebula is the expanding remnant of the star's outer layers. The supernova explosion was witnessed in the year 1054.
O quasar transitório
No final de junho de 2013, um excepcional sistema binário contendo uma estrela de nêutrons girando muito rápido sofreu uma importante mudança de comportamento, nunca antes observada.
O sinal de rádio do pulsar desapareceu, enquanto o sistema brilhou cinco vezes mais forte em raios gama, a mais potente forma de luz do espectro eletromagnético, segundo medições do Telescópio Espacial Fermi de Raios Gama da NASA.
As descobertas foram publicadas na edição de 20 de julho do The Astrophysical Journal. A equipe informa que este é o primeiro exemplo de um sistema binário de raios gama transitório, compacto e de pouca massa já visto.
Tradução de Luiz Leitão
In late June 2013, an exceptional binary containing a rapidly spinning neutron star underwent a dramatic change in behavior never before observed.
The pulsar's radio beacon vanished, while the system brightened fivefold in gamma rays, the most powerful form of light, according to measurements by NASA's Fermi Gamma-ray Space Telescope.
The findings were published in the July 20 edition of The Astrophysical Journal. The team reports this is the first example of a transient, compact, low-mass gamma-ray binary ever seen.
O mar do Caribe visto da ISS
A bordo da Estação Espacial Orbital Internacional (ISS), sobrevoando a Terra cerca de 225 milhas náuticas acima do Mar do Caribe, nas primeira horas de 15 de lulho, o astronauta da NASA Reid Wiseman fotografou esta vista panorâmica voltada para o norte, que inclui parte de Cuba, Bahamas e Flórida, e abrange até várias outras áreas do sudeste dos Estados Unidos. A longa linha de luzes à esquerda do centro da foto mostra o formato de Miami.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
A Nebulosa do Homúnculo em 3D
Se você está procurando algo interessante para imprimir com uma nova impressora 3D, pode experimentar a Nebulosa do Homúnculo. A poeirenta nuvem cósmica bipolar tem cerca de 1 ano-luz de diâmetro, mas foi ligeiramente reduzida em escala para impressão a cerca de 1/4 de nanossegundo-luz, ou 80 milímetros. A Homúnculo em tamanho real circunda Eta Carinae, famosas estrelas instáveis em um sistema binário embutido na ampla Nebulosa de Carina, distante cerca de 7.500 anos-luz da Terra.
Entre 1838 e 1845, Eta Carinae passou pela Grande Erupção, tornando-se a segunda mais brilhante estrela no céu noturno do planeta Terra, e ejetando a Nebulosa do Homúnculo. O novo modelo em 3D da ainda expansiva Homúnculo foi criado através da exploração da nebulosa com o VLT/
Este instrumento é capaz de mapear a velocidade do gás hidrogênio molecular através da poeira da nebulosa com uma resolução fina. Ele revela valas e protrusões, mesmo nas regiões obscurecidas por poeira voltadas para o lado oposto ao da Terra. A própria Eta Carinae ainda sofre violentos surtos, sendo uma candidata a explodir em uma espetacular supernova dentro de alguns milhões de anos.
Between 1838 and 1845, Eta Carinae underwent the Great Eruption becoming the second brightest star in planet Earth's night sky and ejecting the Homunculus Nebula. The new 3D model of the still expanding Homunculus was created by exploring the nebula with the European Southern Observatory's VLT/
Felipão, o professor de gestão de Dilma
Técnico e presidente usaram pátria, hino e bandeira para chutar a vida real para escanteio
Dilma Rousseff disse, em 1.º de julho de 2013, que seu governo tinha o “padrão Felipão”, em resposta a uma pergunta sobre se seus ministros tinham “padrão Fifa”. Referia-se ao ex-técnico da seleção brasileira Luiz Felipe Scolari após reunião ministerial depois da vitória sobre a Espanha por 3 a 0 no Maracanã, onde ela seria vaiada várias vezes domingo, na final da Copa, antes e ao entregar a taça ao capitão alemão, Philipp Lahm. A comparação tinha sido feita na temporada de protestos nas ruas em que o povo exigiu “padrão Fifa” para a gestão pública federal, nada exemplar. Apesar de ter escolhido o treinador como modelo, ela não foi entregar a Copa das Confederações ao time que ele treinou. Um ano e 13 dias depois, tendo o mesmo time sofrido hecatombes inéditas nos jogos finais da “Copa das Copas”, ela o relegou ao ostracismo para se refugiar no verso de um samba de Paulo Vanzolini (“levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”) e na criatividade (“a derrota é a mãe de todas as vitórias”).
Dilma não atuou na seleção nem a treinou. Não é também dirigente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Mas não resiste a recorrer ao dito esporte bretão para parecer simpática. Nascida em Minas, comemorou a conquista da Libertadores da América pelo Atlético Mineiro em 2013 em redes sociais. “Congratulo (sic) com toda a torcida do Atlético pela conquista do título. Eu sou torcedora do Atlético e, quando criança, ia com meu pai a muitos jogos do Galo no Mineirão”, postou. Não faltou quem nos mesmos veículos lembrou que 1) como nasceu em 1947, tinha 18 anos e, portanto, não era criança, quando o estádio foi inaugurado; e 2) que o pai morrera em 1962, três anos antes de sua inauguração.
Consta que Clio, a deusa da história, é irônica. Pelo visto, os deuses do futebol também. Em 8 de julho o estádio foi palco da derrota mais humilhante que o Brasil sofreu na história, ao perder de 7 a 1 na semifinal da Copa. Dela o técnico saiu como padrão de incompetência, e não de excelência.
Nenhum torcedor dotado do mínimo de bom senso teria apostado pesado no time de Scolari na Copa: ganhou da Croácia com a ajuda do juiz, empatou com o México contando com muita sorte e ao vencer Camarões passou para as oitavas de final contra o Chile, e não contra a Holanda, por absurdos erros do árbitro, que anulou dois gols legítimos dos mexicanos no jogo de estreia contra os africanos. A trave nos últimos segundos da prorrogação e no último pênalti carimbou o passaporte para as quartas de final contra a Colômbia, que nunca foi páreo para a canarinha nos melhores momentos dela e nos piores desta. O Brasil ficou entre os quatro melhores com a ajuda da sorte e de apito amigo.
Mas na véspera da semifinal contra a temida Alemanha a presidente resolveu apostar todas as fichas de chefe de governo e de Estado e de candidata à reeleição no “padrão Felipão” de excelente gestão. A página oficial da Presidência da República na internet, usada na campanha eleitoral com uma sem-cerimônia só comparável à do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao desconhecer o fato, divulgou sua “conversa” com internautas sobre a Copa. Chamou os adversários de “urubus”, condenou o “pessimismo indevido” de um sujeito oculto chamado imprensa, vulgo “mídia golpista”, e adotou como mascote de palanque o craque Neymar, cuja dor, ao ser atingido por um jogador do time que fora menos violento do que o Brasil no jogo, segundo ela, “feriu o coração de todos os brasileiros”. Para completar, sem se dignar a explicar o significado do gesto nem da expressão, copiou do astro do Barcelona o “é tóis”, paródia criada por ele para o “é nóis” dos corintianos, com a letra T formada pelos braços e pelo cotovelo. E enquanto a torcida lhe fazia eco gritando o nome do ídolo ferido, os alemães impingiram à seleção mais campeã das Copas a pior goleada em semifinais do torneio.
Felipão, fiel a seu padrão de embromation, mal consumado o desastre, elogiou o próprio trabalho, lembrando que seu “grupo” – sua “família”, ou seja, as vítimas de suas doses patéticas de autoajuda – foi o primeiro a chegar a uma semifinal desde a Copa em que ele mesmo treinou o time campeão, em 2002, há 12 anos. O auxiliar técnico Carlos Alberto Parreira comprometeu o respeitável currículo de campeão mundial de 1994 lendo na entrevista a carta de uma fã que elogiou a preparação do time de um esporte cujos fundamentos ela própria dizia desconhecer.
Antes de o “padrão Felipão” ser submetido a outro vexame na disputa pelo terceiro lugar contra a Holanda na arena Mané Garrincha, com o nome de um gênio do tempo em que nosso futebol tinha cara e vergonha, os bombeiros do Planalto correram para salvar a chefe do incêndio. Descalçaram-lhe as chuteiras e ela pôs de novo o capacete de chefe de obras, para jogar espuma sobre a tentativa canhestra de barganhar o sucesso da seleção por votos na eleição. Apelaram até para o óbvio: “Futebol e política não se misturam”. Fez-se isso com desleixo idêntico ao de estropiarem a frase de Nelson Rodrigues “a pátria em chuteiras” por outra, que só adquiriu nexo após o vexame: “a pátria de chuteiras”. Dilma e seu professor (assim os pupilos chamam seus técnicos) usaram pátria, hino e bandeira para chutar a realidade para escanteio.
Dilma ainda contribuiu para o besteirol de político ignorante em esporte ao atribuir o chamado mineiratsen à exportação dos melhores jogadores nacionais para o exterior. O uso da palavra exportação, cabível para médicos cubanos, mas não para nossos craques, omite as evidências de que a seleção atuou em nível similar ao dos campeonatos locais por absoluta incapacidade de dirigentes que se recusam a aprender como se joga nos mercados que hoje vencem. E de governantes que perdoam as dívidas monstruosas acumuladas por estes bancando papagaios de pirata para ganhar votos, perdendo o pudor e as Copas.
Jornalista, poeta e escritor
(Publicado na Pág.A2 do Estado de S. Paulo na quarta-feira 16 de julho de 2014)
Uma nova orelha
Charlotte Ponce, 12, mantém erguido seu braço no Beaumont Hospital, em Royal Oak, Michigan, EUA. Charlotte foi mordida por um guaxinim de stimação quando era bebê, e agora vai receber uma nova orelha.
Um cirurgião irá implantar o órgão, numa operação de 6 a 8 horas de duração. O dr. Kongkrit Chaiyasate retirou cartilagem das costelas de Ponce em abril, e a esculpiu com a forma de uma orelha com o uso de um molde gerado por computador, baseado na outra orelha dela. Depois, implantou a estrutura sob a pele do antebraço de Charlotte. Desde então, o implante vem tomando a forma da orelha.
Uma ponte espiral de jovens estrelas ligando duas antigas galáxias
O Telescópio Espacial Hubble fotografou uma estrutura incomum, com 100.000 anos-luz de extensão, que lembra um colar de pérolas em formato de saca-rolhas e ventos ao redor dos núcleos de duas galáxias em colisão.
A singular estrutura da espiral de estrelas pode resultar em novas ideias a respeito da formação de superaglomerados estelares que resultam de galáxias em fusão e da dinâmica dos gases neste processo raramente visto.
"Ficamos surpresos em encontrar esta impressionante morfologia. Há muito tempo sabemos que o fenômeno 'pérolas em um colar' é visto nos braços de galáxias espirais e em pontes de marés gravitacionais entre galáxias interativas. No entanto este arranjo de superaglomerado em particular nunca havia sido visto antes em gigantescas galáxias elípticas se fundindo," disse Grant Tremblay , do Observatório Austral Europeu em Garching, na Alemanha.
Aglomerados de superestrelas jovens, azuis, são uniformemente espaçados ao longo do colar através das galáxias, com separações de 3.000 anos-luz. O par de galáxias elípticas está incrustado profundamente no interior do denso aglomerado galáctico chamado SDSS J1531+3414. A poderosa força gravitacional do aglomerado distorce as imagens das galáxias de fundo em faixas azuis e arcos que dão a ilusão de estarem dentro do aglomerado, um efeito chamado lente gravitacional.
Astrônomos observadores inicialmente lançaram a hipótese de que o "colar de pérolas" seria, na verdade, uma imagem sob o efeito de lente gravitacional de uma dessas galáxias de fundo, mas suas recentes observações de acompanhamento com o Telescópio Óptico Nórdico em Santa Cruz de Tenerife, na Espanha, descartaram aquela hipótese.
O aglomerado galáctico faz parte de um programa do Hubble de observação de 23 aglomerados massivos que criam potentes efeitos de lente gravitacional no céu. Os aglomerados foram inicialmente catalogados no Sloan Digital Sky Survey (SDSS), um projeto para criar os mais detalhados mapas tridimensionais já feitos do universo. A equipe de Tremblay descobriu o estranho colar de superaglomerados por acaso, ao revisar imagens que vinham do Hubble. Os pesquisadores ficaram impressionados com o que viram em SDSS J1531+3414, e a singular natureza da fonte estimulou a equipe a fazer observações de acompanhamento com telescópios baseados no solo e no espaço.
Os processos físicos subjacentes que fizeram surgir a estrutura "colar de pérolas" estão relacionados à instabilidade Jeans, um fenômeno físico que ocorre quando a pressão interna de uma nuvem de gás interestelar não é forte o suficiente para impedir o colapso gravitacional de uma região cheia de matéria, resultando em formação estelar. Este processo é análogo ao que faz com que uma coluna de água caindo de uma nuvem de chuva se rompa, e com que a chuva caia em gotas, em vez de jatos contínuos.
Cientistas atualmente estão trabalhando parachegar a uma melhor compreensão da origem do colar de estrelas. Uma possibilidade é a de que o frio gás molecular que alimenta o surto de formação estelar possa ter sido originado nas duas galáxias em fusão. Outra possibilidade é o chamado cenário "fluxo de resfriamento", no qual o gás se resfria da atmosfera ultra quente de plasma que circunda as galáxias, formando lagos de gás molecular frio que começa a formar estrelas. A terceira possibilidade é a de que o gás frio que alimenta o colar de formação estelar se originaria de uma onda de choque de alta temperatura criada quando as duas gigantescas galáxias elípticas colidiram entre si. Essa colisão comprimiria o gás e criaria uma folha de denso plasma se resfriando.
"Seja qual for a origem deste gás de formação estelar, o resultado é incrível. É muito emocionante. Não se pode encontrar uma explicação mundana para isso," disse Tremblay.
sábado, 26 de julho de 2014
O Cometa C/2013 A1 Siding Spring
Este gráfico representa a órbita do cometa C/2013 A1 Siding Spring ao redor do Sol. Em 9 de outubro de 2014, o cometa irá passar muito perto de Marte.
Seu núcleo deixará de atingir Marte por uma questão de cerca de132,000 quilômetros.. O trilha de partículas de poeira do cometa, lançada por seu núcleo poderá ser larga o suficiente para alcançar Marte, ou não.
Arte de meteorito
O designer sueco, Kristian Stahl, especialista em transformar materiais extraordinários em produtos exclusivos para os super ricos, produziu o que há de melhor em fichas de pôquer.
As fichas, encrustradas com diamantes e ouro 18 quilates, contêm uma fatia circular do meteorito Muonionalusta que caiu na Terra há um milhão de anos.
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Auroras sobre o norte do Canadá
Fortes ventos solares e jatos de partículas carregadas vindos do Sol resultaram em várias gratificantes noites em dezembro último para quem esperava ansiosamente por auroras.
A imagem acima mostra impressionantes auroras espalhando-se pelo céu nas proximidades da cidade de Yellowknife, no norte do Canadá. As auroras eram tão brilhantes que não só inspiraram admiração, como também era facilmente visíveis em imagens com duração de exposição de apenas 1,3 segundo.
Um vídeo filmado simultaneamente mostra as luzes dançantes no céu em evoluções de tempo real enquanto turistas, muitos dos quais estavam lá só para ver auroras, reagiam com encanto. As moradias cônicas à direita da imagem são teepees, e longe ao fundo, próxima ao centro da foto, está a constelação de Orion.
Tradução de Luiz Leitão
Gusting solar winds and blasts of charged particles from the Sun resulted in several rewarding nights last December for those anticipating auroras.
The above image captured dramatic auroras stretching across a sky near the town of Yellowknife in northern Canada. The auroras were so bright that they not only inspired awe, but were easily visible on an image exposure of only 1.3 seconds.
A video taken concurrently shows the dancing sky lights evolving in real time as tourists, many there just to see auroras, respond with cheers. The conical dwellings on the image right are teepees, while far in the background, near the image center, is the constellation of Orion.
A face escura do Cosmos
Nosso universo tem muitos mistérios, e agora surgiu mais um. Cientistas estão estupefatos por descobrir que o cosmos é mais escuro do que imaginavam. Segundo um estudo, 80 por cento da luz na parte da galáxia mais próxima à Terra está faltando.
A razão da falta é complexa, mas tem algo a ver filamentos de hidrogênio e uma crise envolvendo a produção insuficiente de fótons. Parece haver uma discrepância entre a quantidade de energia e a de luz.
A razão da falta é complexa, mas tem algo a ver filamentos de hidrogênio e uma crise envolvendo a produção insuficiente de fótons. Parece haver uma discrepância entre a quantidade de energia e a de luz.
O que isso tudo pode significar? E como fica nossa compreensão da conhecida história da criação no livro de Genesis? Deus disse faça-se a luz, e houve a luz. Estaremos entrando em uma nova era da escuridão?
Tradução de Luiz Leitão
Our universe contains many mysteries, and now there is a new one. Scientists are baffled to find that the cosmos is darker than they thought. According to a study, 80 per cent of the light in the part of the galaxy nearest Earth is missing. The reason for the shortage is complex, but it has something to do with hydrogen tendrils and a crisis involving the underproduction of photons. There seems to be a mismatch between the amount of energy and the amount of light.
What can all this mean? And where does it leave our understanding of the familiar creation story in the book of Genesis? God said let there be light, and there was light. Are we entering a new dark age?
O estado sempre verde
Brock Baker mostra sua camiseta e 2 gramas da marijuana que comprou legallmente na loja Spokane Green Leaf, em Spokane, Washington.
Um ano depois após o uso recreativo da Cannabis sativa por adultos acima de 21 anos ter sido legalizado por votação do eleitorado, as primeiras lojas licenciadas do estado de Washington abriram as portas, fornecendo o produto a centenas de consumidores que faziam fila do lado de fora, emocionados por fazerem parte do momento histórico.
quinta-feira, 24 de julho de 2014
Ou4: Uma Nebulosa de lula gigante
Esta nebulosa, uma misteriosa aparição, semelhante a um calamar, ou lula, é muito esmaecida, mas também bastante grande no céu do planeta Terra. Nesta imagem de mosaico, composta por dados de banda estreita do Telescópio de 2,5 metros Isaac Newton, ela se estende por cerca de o equivalente a 2,5 vezes a Lua cheia, na direção da constelação de Cefeu.
Recentemente descoberta pelo astrofotógrafo francês Nicolas Outters, a notável forma bipolar da nebulosa e a emissão são consistentes com o que seria uma nebulosa planetária, o manto gasoso de estrelas semelhantes ao Sol em colapso, mas sua real distância e origem são desconhecidas.
Uma nova investigação indica que Ou4 realmente situa-se na região de emissões SH2-129, distante cerca de 2.300 anos-luz. Consistente com aquele cenário,a lula cósmica representaria um espetacular jorro de matéria impulsionado por um sistema triplo de estrelas quentes, de grande massa, catalogado como HR8119, visível próximo ao centro da nebulosa.
Se for assim, essa realmente gigantesca nebulosa em formato de lula teria, fisicamente, cerca de 50 anos-luz de diâmetro.
Tradução de Luiz Leitão
A mysterious, squid-like apparition, this nebula is very faint, but also very large in planet Earth's sky. In the mosaic image, composed with narrowband data from the 2.5 meter Isaac Newton Telescope, it spans some 2.5 full moons toward the constellation Cepheus.
Recently discovered by French astro-imager Nicolas Outters, the remarkable nebula's bipolar shape and emission are consistent with it being a planetary nebula, the gaseous shroud of a dying sun-like star, but its actual distance and origin are unknown.
A new investigation suggests Ou4 really lies within the emission region SH2-129 some 2,300 light-years away. Consistent with that scenario, the cosmic squid would represent a spectacular outflow of material driven by a triple system of hot, massive stars, cataloged as HR8119, seen near the center of the nebula.
If so, this truly giant squid nebula would physically be nearly 50 light-years across.
Vídeo: F-35 Lightning II - o caça a jato invisivel
Ele é praticamente invisível, proporciona ao piloto uma visão de a 360 graus, e tem o mais potente motor de caça a jato do mundo.
O jato furtivo britânico F-35 Lightning II da Lockheed Martin, é um "infinitamente pequeno” caça a jato monomotor de um lugar.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Sondas Van Allen mostram como acelerar elétrons
Uma das grandes questões sem resposta que atormentam os cientistas em relação ao clima espacial é o quê cria dois gigantescos donuts de radiação que circundam a Terra, chamados cinturões de radiação de Van Allen. O cinturão de radiação de Van Allen externo muda de forma, tamanho e composição, com algumas partículas movendo-se quase à velocidade da luz. Dados recentes das Sondas Van Allen da NASA indicam que um processo de duas etapas acelera essas partículas: Um mecanismo dá às partículas um impulso inicial e, em seguida, um tipo de onda eletromagnética chamado Whistlers completa o serviço.
O cinturão de radiação de Van Allen interno é razoavelmente estável, mas o externo varia em tamanho, forma e composição de uma maneira que os cientistas ainda não entendem direito. Algumas das partículas deste cinturão se movem quase à velocidade da luz, mas o que as acelera desta forma?
"É importanta entender como ocorre este processo," disse Forrest Mozer, cientista espacial da Universidade da Califórnia em Berkeley, e o primeiro autor do artigo sobre esses resultados publicado online no Physical Review Letters, em 15 de julho de 2014, e na edição impressa de 18 de julho. "Nós não apenas acreditamos que um processo similiar ocorra no Sol e ao redor de outros planetas, mas também que essas partículas velozes possam danificar os equipamentos eletrônicos das naves espaciais e afetar os astronautas no espaço."
Durante as últimas décadas, inúmeras teorias sobre a origem dessas partículas extremamente energéticas foram desenvolvidas. Elas, na maioria, se encaixaram em duas diferentes possibilidades. A primeira teoria é a de que as partículas vêm de muito mais longe, umas 400.000 milhas, ou mais, acumulando energia pelo caminho. A segunda teoria diz que algum mecanismo acelera partículas já localizadas naquela região do espaço. Após dois anos no espaço, os dados das Sondas Van Allen apontaram majoritariamente para a segunda hipótese.
Além disso, mostrou-se que uma vez que as partículas atingem energias razoavelmente grandes, de 100 keV, ela se movem a velocidades em sincronia com gigantescas ondas eletromagnéticas que podem acelerá-las ainda mais – da mesma forma como um impulso no tempo certo em um balanço pode mantê-lo movendo-se mais e mais alto.
"Este artigo incorpora a teoria das ondas Whistler anteriormente adotada," disse Shri Kanekal, cientista designado da missão para as Sondas Van Allen no Centro Goddard de Voos Espaciais da NASA em Greenbelt, Maryland, EUA. "Mas fornece uma nova explicação sobre como as partículas obtêm seu impulso de energia inicial."
Este primeiro mecanismo é baseado em algo chamado estruturas de domínio temporal, que Mozer e seus colegas haviam identificado anteriormente nos cinturões. São pulsos de campo elétrico de duração muito curta, que correm paralelamente aos campos magnéticos que passam através dos cinturões de radiação. Essas linhas de campos magnéticos guiam o movimento de todas as partículas carregadas nos cinturões: As partículas se movem e giram ao redor das linhas, como se estivessem traçando a forma de uma mola. Durante esta fase inicial, os pulsos elétrios impulsionam as partículas mais rapidamente para a frente, na direção paralela aos campos magnéticos. Este mecanismo pode aumentar um pouco as energias – embora não tanto quanto se acredita ser necessário para que as ondas Whistler tenham qualquer efeito. Entretanto Mozer e sua equipe mostraram, através de dados das Sondas Van Allen e de simulações, que as Whistlers podem, de fato, afetar particulas àquelas energias mais baixas.
Juntamente, o impulso um-dois é um mecanismo que pode efetivamente acelerar as partículas a velocidades intensas, que têm, durante tanto tempo, misteriosamente aparecido nos cinturões de Van Allen.
"As Sondas Van Allen puderam monitorar esse processo de aceleração melhor do que qualquer outra espaçonave porque foram projetadas e colocadas em um órbita especialmente para esse propósito," disse Mozer. "A missão forneceu a primeira confirmação realmente consistente do que está ocorrendo. Esta é a primeira vez que podemos de fato explicar como os elétrons são acelerados até quase a velocidade da luz."
Esse conhecimento ajuda o trabalho de compreender suficientemente os cinturões a fim de proteger espaçonaves e astronautas próximos.
Tradução de Luiz Leitão
Tradução de Luiz Leitão
One of the great, unanswered questions for space weather scientists is just what creates two gigantic donuts of radiation surrounding Earth, called the Van Allen radiation belts. The outer Van Allen radiation belt changes shape, size and composition, with some particles zooming along at close to light speed. Recent data from NASA's Van Allen Probes suggests that a two-fold process accelerates these particles: One mechanism gives the particles an initial boost and then a kind of electromagnetic wave called Whistlers does the final job.
The inner Van Allen radiation belt is fairly stable, but the outer one changes shape, size and composition in ways that scientists don't yet perfectly understand. Some of the particles within this belt zoom along at close to light speed, but just what accelerates these particles up to such velocities? Recent data from the Van Allen Probes suggests that it is a two-fold process: One mechanism gives the particles an initial boost and then a kind of electromagnetic wave called Whistlers does the final job to kick them up to such intense speeds.
"It is important to understand how this process happens," said Forrest Mozer, a space scientist at the University of California in Berkeley and the first author of the paper on these results that appeared online in Physical Review Letters on July 15, 2014, in conjunction with the July 18 print edition. "Not only do we think a similar process happens on the sun and around other planets, but these fast particles can damage the electronics in spacecraft and affect astronauts in space."
Over the last few decades, numerous theories about where these extremely energetic particles come from have been developed. They have largely fallen into two different possibilities. The first theory is that the particles drift in from much further out, some 400,000 miles or more, gathering energy along the way. The second theory is that some mechanism speeds up particles already inhabiting that area of space. After two years in space, the Van Allen Probes data has largely pointed to the latter.
Additionally, it has been shown that once particles attain reasonably large energies of 100 keV, they are moving at speeds in synch with giant electromagnetic waves that can speed the particles up even more – the same way a well-timed push on a swing can keep it moving higher and higher.
"This paper incorporates the Whistler waves theory previously embraced," said Shri Kanekal, the deputy mission scientist for the Van Allen Probes at NASA's Goddard Space Flight Center in Greenbelt, Maryland. "But it provides a new explanation for how the particles get their initial push of energy."
This first mechanism is based on something called time domain structures, which Mozer and his colleagues have identified previously in the belts. They are very short duration pulses of electric field that run parallel to the magnetic fields that thread through the radiation belts. These magnetic field lines guide the movement of all the charged particles in the belts: The particles move along and gyrate around the lines as if they were tracing out the shape of a spring. During this early phase, the electric pulses push the particles faster forward in the direction parallel to the magnetic fields. This mechanism can increase the energies somewhat – though not as high as traditionally thought to be needed for the Whistler waves to have any effect. However, Mozer and his team showed, through both data from the Van Allen Probes and from simulations, that Whistlers can indeed affect particles at these lower energies.
Together the one-two punch is a mechanism that can effectively accelerate particles up to the intense speeds, which have for so long mysteriously appeared in the Van Allen belts.
"The Van Allen Probes have been able to monitor this acceleration process better than any other spacecraft because it was designed and placed in a special orbit for that purpose," said Mozer. "The mission has provided the first really strong confirmation of what's happening. This is the first time we can truly explain how the electrons are accelerated up to nearly the speed of light."
Such knowledge helps with the job of understanding the belts well enough to protect nearby spacecraft and astronauts.
Marmota gulosa
Esta marmota gulosa engole sofregamente biscoitos que tomou de outra marmota.
O roedor faminto conseguiu afanar a delícia, deixando apenas migalhas para seu amigo faminto.
Nuvens notilucentes
Nuvens notilucentes sobre a Praia Seaburn, em Sunderland.O fenômeno astronômico é formado por minúsculos cristais de gelo na borda do espaço, 250.000 pés acima da superfície terrestre.
As nuvens só podem ser vistas em determinadas condições, durante os meses de verão, entre maio e agosto, quando o Sol não se põe muito abaixo do horizonte. Elas só são visíveis quando iluminadas pela luz solar vinda de sob o horizonte enquanto as camadas mais baixas da atmosfera estão sob a sombra da Terra.
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terça-feira, 22 de julho de 2014
Erupção de um filamento solar
O que aconteceu com nosso Sol? Nada de mais — ele apenas expeliu um filamento. Próximo à metade de 2012, um duradouro filamento solar subitamente irrompeu no espaço, produzindo uma energética Ejeção de Massa Coronal (CME).
O filamento havia sido contido durante dias pelo sempre mutante campo mangnético solar, e o tempo da erupção era inesperado. Observada cuidadosamente pelo Observatório de Dinâmica Solar, que orbita o Sol, a explosão resultante disparou elétrons e íons no Sistema Solar, parte dos quais chegou à Terra três dias depois, afetando a magnetosfera terrestre, causando auroras visíveis.
Loops de plasma circundando uma região ativa aparecem acima do filamento em erupção, na imagem em ultravioleta. Durante a semana passada, a quantidade de manchas solares visíveis no Sol inesperadamente reduziu-se a zero, levando a especulações de que o Sol passou agora por solar máximo muito incomum, o tempo do ciclo solar de 11 anos em que o astro é mais ativo.
Tradução de Luiz Leitão
What's happened to our Sun? Nothing very unusual — it just threw a filament. Toward the middle of 2012, a long standing solar filament suddenly erupted into space producing an energetic Coronal Mass Ejection (CME).
The filament had been held up for days by the Sun's ever changing magnetic field and the timing of the eruption was unexpected. Watched closely by the Sun-orbiting Solar Dynamics Observatory, the resulting explosion shot electrons and ions into the Solar System, some of which arrived at Earth three days later and impacted Earth's magnetosphere, causing visible aurorae.
Loops of plasma surrounding an active region can be seen above the erupting filament in the ultraviolet image. Over the past week the number of sunspots visible on the Sun unexpectedly dropped to zero, causing speculation that the Sun has now passed a very unusual solar maximum, the time in the Sun's 11-year cycle when it is most active.
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