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sábado, 17 de agosto de 2013

Exoplanetas detectados por raios X


Pela primeira vez desde que exoplanetas, ou planetas orbitando estrelas que não o Sol, foram descobertos, há quase 20 anos, observações em raios X detectaram um exoplaneta passando em frente de sua estrela-mãe.
Um oportuno alinhamento de uma planeta e sua estrela-mãe no sistema HD 189733, situado a 63 anos-luz da Terra, permitiu que o  Observatório Chandra de Raios X da NASA e Observatório XMM Newton da Agência Espacial Europeia   observassem uma variação na intensidade de raios X quando o planeta transitou pela estrela.
"Milhares de possíveis planetas foram vistos transitando somente em luz óptica, visível," disse Katja Poppenhaeger do Centro Harvard-Smithsonian deAstrofísica (CfA) em Cambridge, Massachussets., who led a new study to be published in the Aug. 10 edition of The Astrophysical Journal. "Finally being able to study one in X-rays is important because it reveals new information about the properties of an exoplanet."
O planeta, denominado HD 189733b, é uma espécie de Júpiter quente, o que significa que tem tamanho similar ao de Júpiter em nosso sistema solar, mas em órbita muito próxima de sua estrela-mãe. HD 189733b está mais de 30 vezes próximo de sua estrela do que a Terra em relação ao Sol.Sua órbita dura 2,2 dias.
Astrônomos sabem há cerca de uma década que radiações  ultraviolete e de raios X vindas das estrela principal em HD 189733 estão fazendo evaporar a atmosfera de HD 189733b com o tempo. Os autores de um estudo estimam que ele esteja perdendo entre 100 milhões e 600 mihões de quilos de massa por segundo. A atmosfera de HD 189733b parece estar se tornando 25 por cento mais fina e 65 por cento mais rápido do que ocorreria se a atmosfera do planeta fosse menor.
"A atmosfera estendida deste planeta o torna um alvo maior para a radiação de alta energia de sua estrela, portanto, ocorre uma maior evaporação," disse o coautor Scott Wolk, também do CfA.
A estrela principal em HD 189733 tem também uma esmaecida companheira vermelha, detectada pela primeira vez em raios X com o Chandra. As estrelas provavelmente se formaram ao mesmo tempo, mas a principal parece ser entre 3 bilhões e 3,5 bilhões de anos mais jovem que sua companheira porque gira mais rápido, mostra níveis mais altos de atividade magnética e é cerca de 30 vezes mais brilhante em raios X do que sua companheira.
"Esta estrela não está mostrando sua idade, e tendo um grande planeta como companhia pode ser a explicação," disse Poppenhaeger. "É possível que este Júpiter quente esteja mantendo altas a rotação e atividade magnética da estrela devido a forças gravitacionais, fazendo parecer que se comporta de certa forma como uma estrela muito mais jovem."

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