Pesquisar conteúdo deste blog

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Uma burca para Geisy

Miguezim de Princesa
I
Quando Geisy apareceu Balançando o mucumbu Na Faculdade Uniban, Foi o maior sururu: Teve reza e ladainha; Não sabia que uma calcinha Causava tanto rebu.
II
Trajava um mini-vestido, Arrochado e cor de rosa; Perfumada de extrato, Toda ancha e toda prosa, Pensou que estava abafando E ia ter rapaz gritando: "Arrocha a tampa, gostosa!"
III
Mas Geisy se enganou, O paulista é acanhado: Quando vê lance de perna, Fica logo indignado. Os motivos eu não sei, Mas pra passeata gay Vai todo mundo animado!
IV
Ainda na escadaria, Só se ouvia a estudantada Dando urros, dando gritos, Colérica e indignada Como quem vai para a luta, Chamando-a de prostituta E de mulherzinha safada.
V
Geisy ficou acuada, Num canto, triste a chorar, Procurou um agasalho Para cobrir o lugar, Quando um rapaz inocente Disse: "oh troço mais indecente, Acho que vou desmaiar!"
VI
A Faculdade Uniban, Que está em último lugar Nas provas que o MEC faz, Quis logo se destacar: Decidiu no mesmo instante Expulsar a estudante Do seu quadro regular.
VII
Totalmente escorraçada, Sem ter mais onde estudar, Geisy precisa de ajuda Para a vida retomar, Mas na novela das oito É um tal de molhar biscoito E ninguém pra reclamar.
VIII
O fato repercutiu De Paris até Omã. Soube que Ahmadinejad Festejou lá no Irã, Foi uma festa de arromba Com direito a carro-bomba Da milícia Talibã.
IX
E o rico Osama Bin Laden, Agradecendo a Alá, Nas montanhas cazaquistãs Onde foi se homiziar Com uma cigana turca, Mandou fazer uma burca Para a brasileira usar.
X
Fica pra Geisy a lição Desse poeta matuto: Proteja seu bom guardado Da cólera dos impolutos, Guarde bem o tacacá E só resolva mostrar A quem gosta do produto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário