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segunda-feira, 26 de março de 2007

O petróleo e os ditadores

As manchetes anunciam nobres intenções das nações ricas de substituir petróleo por combustíveis renováveis, em benefício do planeta. No entanto, a realidade mostra que as coisas não são bem assim. China e Estados Unidos saem em busca de mais óleo nos países africanos, investindo bilhões em Angola, em promissores campos de águas profundas, além da "província" de Cabinda.
Enchem os cofres do ditador José Eduardo dos Santos, e conseqüentemente, aumentam o seu poder, ninguém se importa com o destino que será dado à montanha de dólares, que certamente não será revertida em benefício da polulação angolana, sempre vítima da maldição que acompanha as imensas riquezas da nação.
Ainda que o aumento da exploração de petróleo viesse a melhorar a vida dos povos africanos, seria possível questionar por quê não se planta a Cana-de-açúcar, que geraria mais empregos e beneficiaria a todos, e de resto pouparia a Terra de uma contribuição adicional para o Efeito Estufa
É certo que mesmo no Brasil existem cortadores de cana em péssimas condições de trabalho, desumanas mesmo, e seria preciso estar atento para isso na África, porque não se pode querer que um produto seja competitivo à custa da saúde dos empregados.
Não convém, no entanto, alimentar ilusões, o poder da indústria petrolífera é descomunal, mas não é maior que a cobiça e a insensibilidade de muitos ditadores, não só na África.

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