Astrônomos obtiveram as primeiras imagens de um planeta ainda em formação, uma descoberta que, espera-se, irá permitir descobrir como planetas gigantes conseguem crescer no começo de suas vidas, conforme mostrou uma pesquisa publicada na quarta-feira.
Astrônomos australianos e americanos utilizaram um telescópio no Arizona para observarem uma jovem estrela localizada a cerca de 450 anos-luz, na constelação do Touro.
A estrela, chamada LkCa 15, é similar ao Sol, mas tem apenas alguns milhões de anos de idade.
Diferentemente do Sol, com 4,6 bilhões de anos, LkCa 15 ainda é circundada por um disco de gás e poeira, as matérias primas da formação de planetas. Dnetro do disco há uma grande fenda, umas 50 vezes maior que a distância entre a Terra e o Sol.
Astrônomos anteriormente suspeitavam que houvesse um planeta gigante orbitando na fenda. Uma pesquisa publicada na edição desta semana da revista Nature confirma a descoberta com imagens do planeta eminfravermelho, juntamente com o que parece ser um dois planetas irmãos.
Cientistas descobriram também, pela primeira vez, as "pegadas" químicas de gás hidrogênio superaquecido fluindo do disco de poeira para o planeta, uma prova de que ele ainda está em formação, disse Stephanie Sallum, estudante graduada em astronomia pela Universidade do Arizona, que liderou a equipe.
"Este jovem sistema proporciona a primeira oportunidade de estudar diretamente a formação de planetas e interações disco-planeta," escreveram Sallum e seus colegas na Nature.
Dos cerca de 2.000 planetas fora do sistema solar cujas descobertas foram confirmadas, nenhum está em estágio de formação.
Em um comentário relacionado, também publicado na Nature, o astrofísico da Universidade de Princeton Zhaohuan Zhu disse que a descoberta irá ajudar os cientistas a aprimorar suas teorias sobre como se dá a formação de planetas.
Por exemplo, é necessário mais trabalho para explicar a localização do planeta gigante e por que ele ainda está crescendo. Cientistas tampouco podem explicar como o planeta está gerando os grandes campos magnéticos que se acredita serem responsáveispor super carregarem suas linhas de alimentação de gás hidrogênio.
A descoberta também demonstra uma téchnica para encontrar outros planetas infantes através da procura por sinais indicativos de emissões de gas hidrogênio.
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