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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O Cometa Siding Spring passa raspando por Marte


O Cometa Siding Spring é mostrado aqui antes e depois da filtragem registrada pelo Telescópio Espacial Hubble.
Um  cometa vindo das regiões mais longínquas do sistema solar completou uma rara passagem próxima de Marte, onde uma frota de espaçonaves robóticas fora preparada para estudos.
O Cometa Siding Spring passou a apenas 140.000 km de Marte, menos da metade da distância entre a Terra e a Lua, e 10 vezes mais próximo do que qualquer outro cometa conhecido já passou pela Terra, informou a Nasa.
Acredita-se que o cometa, cujo nome é uma referência ao observatório australiano que o descobriu no ano passado, seja um visitante de primeira viagem ao interior do sistema solar, tendo partido da Nuvem de Oort, localizada além da órbita de Netuno, há mais de um milhão de anos.
Acredita-se que cometas sejam os restos congelados que sobraram da formação do sistema solar, há 4,6 bilhões de anos.
“Este  cometa segue seu caminho em direção ao Sol, com uma cauda crescente,” disse o astrônomo David Grinspoon, do Instituto de Ciências Planetárias em Tucson, Arizona.
O cometa, descoberto por astrônomos do observatório em Coonabarabran, New South Wales, em Janeiro de 2013, chegou à sua aproximação máxima de Marte às 18h27 GMT, a cerca de 200.000 km/h.
As três naves orbitais de Marte e os dois jipes-sondas em sua superfície, além das orbitais de propriedade da Agência Espacial Europeia e indiana, tinham a missão de monitorar a aproximação e o sobrevoo do cometa, que pode ter deixado Marte envolto em uma nuvem de poeira de cometa.
“O cometa nunca esteve tão próximo do Sol. Esta é sua primeira passagem para o que chamamos a ‘linha água-gelo,’ onde ele realmente começa a expulsar sua água,” disse o astrofísico Carey Lisse, da Universidade Johns Hopkins em Laurel, Maryland, EUA.
Inicialmente, a Nasa estava preocupada com a possibilidade de a cauda de poeira do cometa representar uma ameaça às espaçonaves orbitais, ao passar tão próximo a Marte. Entretanto avaliações posteriores amenizaram essas preocupações, embora a  Nasa, ainda assim, tenha optado por desviar as órbitas de seus satélites de forma que eles se mantivessem atrás do planeta durante a parte mais arriscada do sobrevoo.
“Marte estará exatamente na borda da nuvem de detritos, portanto, poderá se chocar com algumas das partículas, ou não,” disse  o cientista da Nasa Rich Zurek, do Laboratório de Propulsão a Jato em Pasadena, Califórnia.
A atmosfera de Marte, embora muito mais fina que a da Terra, protegerá os jipes-sondas da Nasa Opportunity e Curiosity da poeira do cometa, que pode causar uma chuva de meteoros.
Mars irá passar diretamente através da coma do cometa, um envoltório de gáse poeira ao redor do núcleo do cometa, proporcionando uma oportunidade de estudos sem precedentes, disse Grinspoon. “Um evento realmente raro.”

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