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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Puppis A

O destrutivo resultado de uma potente explosão supernova se revela na delicada mistura de luz infravermelha e de raios X, como se vê nesta imagem do Telescópio Espacial Spitzer, do Observatório Chandra de Raios X, e do XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia.
A nuvem em forma de bolha é uma onda de choque irregular, gerada por uma supernova que poderia ter sido observada na Terra há 3.700 anos. Os remanescentes propriamente ditos, denominados Puppis A, estão distantes cerca de 7.000 anos-luz da Terra, e a onda de choque tem cerca de 10 anos-luz de diâmetro.
O tons pastel desta imagem  revelam que as estruturas em infravermelho e raios X seguem umas às outras bem de perto. Partículas de poeira aquecida são responsáveis pela maior parte da luz em comprimentos de onda infravermelha, mostradas nesta foto nas cores vermelha e verde. A matéria aquecida pela onda de choque da supernova emite raios X, que são coloridos de azul. As regiões nas quais as emissões em infravermelho e raios X se misturam, assumindo tons pastel, mais brilhantes.
A onda de choque parece acender-se ao bater contra as nuvens de poeira e gás circundantes que permeiam o espaço interestelar nessa região.
A partir do brilho em infravermelho, astrônomos encontraram uma quantidade total de poeira na região equivalente a cerca de um quarto da massa do Sol. Dados coletados pelo espectrógrafo infravermelho do Spitzer revelam como a onda de choque está destroçando os frágeis grãos de poeira que preenchem o espaço ao redor.
As explosões de supernovas formam os elementos pesados que poderão servir de matéria prima para a formação de gerações futuras de estrelas e planetas. O estudo da forma como os remanescentes de supernovas se expandem pela galáxia e interagem com outros materiais fornece importantes pistas sobre as nossas origens.
Dados em infravermelho do  fotômetro de imageamento multibanda do Spitzer (MIPS) em comprimentos de onda de 24 e 70 mícrons são representados em verde e vermelho. Dados em raios X do XMM-Newton abrangendo um espectro de energia entre 0,3 e 8 quiloeletronvolts são mostrados em azul.
Tradução de Luiz Leitão

The destructive results of a mighty supernova explosion reveal themselves in a delicate blend of infrared and X-ray light, as seen in this image from NASA's Spitzer Space Telescope and Chandra X-Ray Observatory, and the European Space Agency's XMM-Newton.
The bubbly cloud is an irregular shock wave, generated by a supernova that would have been witnessed on Earth 3,700 years ago. The remnant itself, called Puppis A, is around 7,000 light-years away, and the shock wave is about 10 light-years across.
The pastel hues in this image reveal that the infrared and X-ray structures trace each other closely. Warm dust particles are responsible for most of the infrared light wavelengths, assigned red and green colors in this view. Material heated by the supernova's shock wave emits X-rays, which are colored blue. Regions where the infrared and X-ray emissions blend together take on brighter, more pastel tones.
The shock wave appears to light up as it slams into surrounding clouds of dust and gas that fill the interstellar space in this region.
From the infrared glow, astronomers have found a total quantity of dust in the region equal to about a quarter of the mass of our sun. Data collected from Spitzer's infrared spectrograph reveal how the shock wave is breaking apart the fragile dust grains that fill the surrounding space.
Supernova explosions forge the heavy elements that can provide the raw material from which future generations of stars and planets will form. Studying how supernova remnants expand into the galaxy and interact with other material provides critical clues into our own origins.
Infrared data from Spitzer's multiband imaging photometer (MIPS) at wavelengths of 24 and 70 microns are rendered in green and red. X-ray data from XMM-Newton spanning an energy range of 0.3 to 8 kiloelectron volts are shown in blue.

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