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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Kepler 10-C


Esta conceção artística mostra o sistema Kepler-10, que abriga dois planetas rochosos. Em primeiro plano aparece Kepler-10c,  um planeta com um peso 17 vezes maior que o da Terra, e mais que o dobro do seu tamanho. 

Esta descoberta representa um desafio para os  teóricos da formação planetária explicarem como teria se dado a formação de um mundo como este.
“Ficamos muito supresos quando percebemos o que havíamos decoberto,” disse o astrônomo Xavier Dumusque, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CfA), que chefiou as análises realizadas com a utilização de dados originalmente coletados pelo Telescópio Espacial Kepler, da NASA.
Kepler-10c, como foi denominado, tinha um tamanho, previamente medido, 2,3 vezes maior que o da Terra, mas sua massa não era conhecida até agora.  A equipe usou o instrumento HARPS-North do Telescopio Nazionale Galileo, nas Ilhas Canárias, para realizar observações de acompanhamento a fim de obter a medição da  massa do gigante rochoso.
Acreditava-se que mundos como esse não pudessem existir. A enorme força gravitacional de um corpo de tal massa levaria ao acúmulo de um envoltório de gás durante sua formação, que tornaria o planeta um gigante de gás do tamanho de Netuno, ou mesmo de Júpiter. Entretanto acredita-se que este planeta seja sólido, composto basicamente de rocha.
"Logo quando pensávamos que já havíamos visto de tudo, a natureza nos traz uma enorme surpresa – neste caso, literalmente," disse Natalie Batalha, cientista da missão Kepler  no Centro Ames de Pesquisas da NASA, em Moffett Field, Califórnia. "A ciência não é maravilhosa?"
Kepler-10c orbita, a cada 45 dias, uma estrela semelhante ao Sol, o que o torna demasiado quente  para permitir a existência de formas de vida como as que conhecemos. Está localizado a cerca de 560 anos-luz da Terra, na constelação de Draco, o Dragão. O sistema abriga também Kepler-10b, o primeiro planeta rochoso descoberto através de dados do Kepler.

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