Pesquisar conteúdo deste blog

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O Sol deverá "virar de cabeça para baixo'


O campo magnético do Sol  está prestes a virar de cabeça para baixo, ao inverter sua polaridade.


Em Agosto, a Nasa disse que a inversão iria ocorrer dentro de três a quatro meses, mas que seria impossível would be impossible to estabelecer uma data mais específica.
O físico solar Todd Hoeksema, da Universidade de Stanford, disse que a inversão teria "efeitos de onda" por todo o sistema solar.
Segundo a Nasa o campo magnético do Sol muda sua polaridade aproximadamente a cada 11 anos.
Para comparar, a última vez que o campo magnético da Terra se inverteu foi há quase 800.000 anos.
Quando isso ocorre, os polos  magnéticos opostos trocam de lugar, de forma que o campo magnético se inverte.
A inversão dos  polos ocorre no pico de cada ciclo solar, quando o "dínamo magnético interno" do Sol se reorganiza.
O mecanismo interno exato que conduz a mudança magnética não é ainda totalmente compreendido pelos pesquisadores, embora o campo magnético do Sol tenha sido monitorado diariamente pelos cientistas do Observatório Solar Wilcox de Stanford.
Esta terá sido a quarta mudança desse tipo que o observatório monitorou.
Durante o ciclo solar de 11 anos, a nova polaridade se forma como 'manchas solares', que são áreas de intensa atividade magnética,  aparecendo como manchas nas proximidades do equator da superfície do Sol.
Durante o período de um mês, essas manchas solares se desintegram e a intensa atividade magnética muda-se do equador do Sol para um de seus polos.
Segundo Hoeksema, quando o campo magnético se move em direção ao polo, ele vai erodindo a polaridade oposta existente.
Ele disse: "É mais ou menos como a maré subindo e descendo,"
"Cada pequena onda traz um pouco mais de água para dentro, e finalmente tem-se a inversão total."
Sobre os possíveis efeitos disso, cientistas disseram que podem ser disseminados. O campo magnético do Sol exerce sua influência em um espaço amplo, chamado heliosfera.
A heliosfera se estende bem além de Plutão e chega tão longe quanto a sonda  Voyager da NASA, que está próxima á borda do espaço interestelar.
Durante as inversões magnéticas, o Sol está também tipicamente em seu pico.
Outro possível impacto é que o campo magnético alterado so Sol poderia interagir com o próprio campo magnético da Terra, o que poderia aumentar a quantidade e o alcance das auroras.
Poderia também execer um efeito sobre as redes de distribuição de energia elétrica e satélites de GPS.
Entretanto, a "inversão" magnética do Sol poderia também ajudar a proteger a Terra.
Durante a inversão, a atual 'folha de corrente' torna-se ondulada. A folha de corrente é uma superfície que se projeta para fora do equador do Sol.
Uma folha de corrente mais ondulada atua como uma barreira melhor para defletir raios cósmicos, que podem ser perigosos para astronautas e sondas espaciais.
Alguns cientistas dizem que raios cósmicos também podem afetar o clima da Terra e o nível de nebulosidade.
Isso certamente irá ajudar os que esperam observar as espetaculares luzes do norte, ou auroras boreais.
Os cientistas ainda não saberão, nas próximas três semanas, se a inversão se completou.

Tradução de Luiz Leitão

The sun's magnetic field is about to flip upside down as it reverses its polarity.
In August Nasa said the reversal would happen in three to four months time, although that it would be impossible to pinpoint a more specific date.
Solar physicist Todd Hoeksema from Stanford University said that the reversal would have "ripple effects" across the whole of the solar system.
According to Nasa the sun's magnetic field changes polarity approximately every 11 years.
In comparison the last time the Earth's magnetic field flipped was almost 800,000 years ago.
When this happens the opposing magnetic poles switch places so the magnetic field is flipped.
The pole reversal happens at the peak of each solar cycle as the sun's "inner magnetic dynamo" reorganises itself.
The exact internal mechanism that drives the magnetic shift is not yet entirely understood by researchers, although the sun's magnetic field has been monitored on a daily basis by Scientists at Stanford's Wilcox Solar Observatory.
This will be the fourth such shift that the observatory has monitored.
Throughout the 11 year solar cycle new polarity builds up as 'sunspots' which are areas of intense magnetic activity that appear as blotches near the equator of the sun's surface.
Over a month long period these sunspots disintegrate and the intense magnetic activity migrates from the sun's equator to one of the sun's poles.
According to Hoeksema as the magnetic field moves towards the pole it erodes the existing opposite polarity.
He said: "It's kind of like a tide coming in or going out,"
"Each little wave brings a little more water in, and eventually you get to the full reversal."
As to what effect this may have, scientists said it could be widespread. The sun's magnetic field exerts its influence in a wide space, known as the heliosphere.
The heliosphere stretches well beyond Pluto and is as far reaching as NASA's Voyager probes close to the edge of interstellar space.
During a magnetic flip the sun is also typically at its peak.
Another possible impact is that the sun's altered magnetic field could interact with the Earth's own magnetic field which could increase the number and range of auroras.
It could also have an effect on power distribution grids and GPS satellites.
However the Sun's magnetic 'flip' could also help protect the Earth.
During the reversal the sun's 'current sheet' becomes wavy. The current sheet is a surface that jets outwards from the sun's equator.
A more wavy current sheet acts as a better barrier to deflect cosmic rays which can be a danger to astronauts and space probes.
Some scientists say that cosmic rays can also affect the Earth's climate and level of cloudiness.
It will certainly help those hoping to glimpse the spectacular northern lights.
Scientists won't know for the next three weeks whether the flip is complete.

Nenhum comentário:

Postar um comentário