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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Vida nas luas de Júpiter e Saturno



Foi inaugurado o Centro de Astrobiologia do Reino Unido, lançado para investigar se há vida fora do planeta Terra. O centro está examinando formas de vida na Terra e instalou um laboratório subterrâneo em Yorkshire, um quilômetro abaixo da superfície, para estudar como algumas formas de vida sobrevivem naquelas condições e procurar pistas de como isso poderia se estender a outros planetas, especialmente Marte, onde agora se acredita que possa haver vida sob a superfície, devido às suas condições severas.
O professor Charles Cockrell, chefe do Centro de Astrobiologia do Reino Unido insiste em dizer que  a procura por  vida alienígena passa pela busca por outros micro-organismos, uma procura que até agora não trouxe nenhum esclarecimento. Ele disse: “Em termos de vida extraterrena, a astrobiologia é ainda uma área onde se está procurando entender se a Terra é um exemplo único de planeta a abrigar vida ou se podemos encontrá-la em outros lugares.”
O lançamento oficial do centro causou debates entre os principais cientistas, que acreditam que a busca por outras formas de vida deveria se estender às luas geladas de Júpiter e Saturno, em vez de se concentrarem em Marte, como feito anteriormente.
Falando ao programa Radio 4 da BBC, o Dr Robert Pappalardo, cientista pesquisador sênior da Seção de Ciências Planetárias da  NASA, disse: “Por razões que eu realemente não compreendo o sistema solar mais amplo e o potencial de se encontrar vida por lá não têm sido considerados alta prioridade.”
Ele demonstrou receio em relação ao fato de a NASA atrasar a exploração das luas geladas de Júpiter, a chamada Missão Europa, em favor da exploração de Marte.
O dr Pappalardo acrescentou: “Eu me preocupo com a demora na exploração de Europa, mas quando isso finalmente ocorrer, algum dia, nós poderemos olhar para trás e dizer 'por que não fizemos isso antes?' Imagine se  daqui a 50 anos levarmos uma sonda até lá e encontrarmos sinais de vida. Durante todo esse tempo, teríamos estado procurando no lugar errado.”
O mais recente projeto da NASA para identificar, capturar e reposicionar um asteróide também foi alvo de críticas devido ao seu custo – propostas para o orçamento de 2014 incluem US$ 100 milhões para aprontar e pôr em operação o projeto, um dinheiro que alguns acreditam seria mais bem gasto na exploração do espaço mais remoto.
O professor Andrew Coates, chefe de ciência planetária do Laboratório Mullard de Ciências Espaciais da UCL disse que embora os projetos da NASA pareçam fantásticos, são muito dispendiosos, e ele acha que ela poderia estar “deixando de lado parte da ciência básica e exploração que a NASA deveria estar fazendo.”
A Agência Espacial Europeia planeja investigar a possibilidade de existência de vida em Júpiter, com sua missão de Exploração das Luas Geladas de Júpiter (JUICE) programada para investigar três das luas do planeta em uma missão que irá começar em 2022.
A professora Michelle Docherty, do Imperial College e principal pesquisadora para o magnetômetro que irá voar na missão disse no programa: “O que queremos entender é se há nas luas de Júpiter as condições ambientais necessárias para permitir a existência de vida.
“É preciso haver água em estado líquido, calor, estabilidade durante bastante tempo e compostos orgânicos. Acreditamos que Ganimedes Callisto e Europa tenham tudo isso, mas não teremos certeza até chegarmos lá.”
A missão JUICE está programada para ser lançada em 2022, devendo chegar a Júpiter em 2030.

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