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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Visto negado


Os Estados Unidos negaram visto de entrada a uma menina que necessita doar sua medula para salvar a irmã.

Yarelis Bonilla, 5, residente em Elizabeth, New Jersey, EUA, sofre de leucemia linfoide, e sua esperança é um transplante de medula de doador perfeitamente compatível.

Sua irmã de 7 anos, Gisselle, se encaixa no perfil de doador para Yarelis, mas mora em El Salvador, e teve seus dois pedidos de visto de entrada negados pela embaixada do Estados Unidos.

Marian Habib, advogada da família de Yarelis, que nasceu nos Estados Unidos, disse: "Trata-se de uma emergência. Uma corrida contra o tempo."

Ela diz que a embaixada dos EUA em El Salvador tem de ser convencida de que a vida da garota está em risco, e de que sua irmã voltará a El Salvador após o transplante.
A família insiste em que a operação não pode ser realizada em El Salvador porque o país não tem os recursos médicos necessários.
Um relatório médico da pediatria do Newark Beth Israel Medical Center descreve a condição de Yarelis como de "risco de vida".

O senador Robert Menendez, de New Jersey, pediu ao Departamento de Estade a revisão do caso, mas a diretora de serviços de imigração, Kerlyn Espinal, disse que mantinha a negativa de concessão do visto.

Ela disse que o senador Menendez irá patrocinar um recurso para que Gisselle obtivesse uma "condicional humanitária" – o que significa que ela poderia entrar nos Estados Unidos somente para fazer a doação de medula.

"Há frequentemente o receio, em casos assim, que o detentor do visto não retorne a seu país," disse Espinal.

Os pais das irmãs são separados, e Yarelis mora em New Jersey com seu pai, Dagoberto, e a irmã reside em El Salvador com a avó materna.

Gertrudis Ramirez, avó paterna e cidadã americana, disse: "É duro para mim acreditar que esse país não queira salvar a vida de uma de suas crianças. A pequena Yarelis é americana." Habib tem ainda esperança de haver um acordo.

É inacreditável a insensibilidade dos burocratas de plantão, em qualquer parte do mundo. Burocratas são execrados porque não pensam. Ou melhor, pensam, mas pouco se importam com o destino alheio.
 

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