Dia 17/1/2010, levei meu filho ao PS Central do HC/FMUSP, onde fomos atendidos, na sala de espera, em público, pelo médico Paulo.
Ante minha reclamação de que atendimento médico em público, salvo em emergência, é inadmissível, ele nos levou para o balcão onde ficam dois computadores, e ali, naquelas precaríssimas condições, examinou o menino. Pediu dois exames, um deles de mononucleose.
Disse-nos que, como não ficariam prontos na hora; eu deveria voltar no dia seguinte para receber os resultados, e para isso me deu uma receita de encaminhamento. O atendimento de duas pacientes, na sala de espera, (ou deveria eu dizer "palco"?) é inacreditável.
Sentado em frente, ouvi, sem esforço nem intenção, que uma delas se queixava ao médico de talvez estar com dengue, e filmei a cena. As imagens estão à disposição do Cremesp, se dele houver disposição, interesse e, principalmente, aquele eufemismo chamado "vontade política" em questionar o governo do Estado. Duvido muito.
Como o paciente apresentou melhora, deixei para buscar os resultados somente em, 26/1, e o atendimento já começou mal. No balcão de recepção, mandaram-me ir diretamente onde fora feita a coleta. Lá, a enfermeira me disse que seria preciso imprimir uma etiqueta para identificação do caso. Retornei ao balcão, onde a desleixada atendente fez o que já deveria ter feito, imprimindo a etiqueta.
Levei-a à enfermeira da coleta (dentro do PS central), que me que disse só um médico poderia "ver" o resultado no computador. Naquele mesmo balcão onde meu filho fora precariamente atendido, a médica de CRM nº 135.23X acessou o sistema, disse-me que o hemograma estava pronto, mas que o exame de mononucleose é muito demorado, leva até 30 dias para sair.
Ora, e o médico que fez o primeiro atendimento não sabia disso? Não imagina que as pessoas têm mais o que fazer, que um deslocamento até o HC tem custos?
Pedi, então, à médica que me mostrasse e imprimisse o resultado do hemograma, e ela recusou-se, dizendo que eu deveria ir a tal lugar, preencher uma ficha de atendimento. E que o paciente não estava presente.
Ora, o paciente tem 13 anos, e estava na escola. Eu sou o responsável legal por ele, e tenho o direito de acesso àquelas informações. O exame pertence ao paciente, que por ele pagou, no caso, através de impostos ao governo.
Ela não poderia se recusar a me fornecer, pelo menos, o resultado do hemograma, dizendo, candidamente, que "o que importa é que a criança está bem". Não, o que importa é que, se o médico que o atendeu pediu os exames e me mandou buscá-los, o fez porque era necessário.
Não se pode atender pacientes em público, fato que continuava ocorrendo em 26/1. Também não pode uma médica recusar-se a me entregar, mediante autorização de seu colega, por escrito, em meu poder, os resultados disponíveis, porque eu paguei por eles, e pago todos os dias, mediante os escorchantes impostos cobrados pelos governos.
O mais deplorável é que tudo isso ocorre depois de o Hospital das Clínicas haver descentralizado o atendimento, reduzindo bastante a quantidade de pacientes . Abusam das pessoas simples que lá são atendidas porque elas não têm voz, não sabem se expressar, nem conhecem seus direitos, mas eu sei os meus de cor.
E não admitirei tal descaso, sei muito bem exigir meus direitos e o significado de cidadania. Mas os profissionais do HC, seus dirigentes em particular, tratando dessa forma a "clientela compulsória", não estão muito preocupados com o quesito cidadania. O governo Serra e o federal não dão recursos suficientes? Reclamem através da imprensa, ainda que mediante o pedido de não citação da fonte!
Sabem o que meu filho, aos 13 anos, preocupado com seja lá o que ele imagina ser mononucleose me pergunta, todos os dias? Pai, já foi buscar meu exame?
Hoje, lhe direi: Fui, mas o irresponsável, omisso governo Serra, não tem pressa, nem está preocupado com você. Com seu voto, lá pelos seus 16anos, certamente estará...
Pensem nas pessoas que perdem um dia inteiro para ir buscar exames que os médicos deveriam saber que não saem em menos de abusivos 30 dias!
Tratem com carinho e desprendimento os que dependem de vocês que, inclusive, estudam ou estudaram, gratuitamente, em universidade paga pela coletividade.
Dados da receita emitida pelo médico Paulo:
Autorizo paciente a retornar dia 18/1/10 para "checar" exames laboratoriais p/ excluir Síndrome de mononucleose infecciosa. Ele me disse ser formado em clínica geral, logo, não é mero residente.
Não sabe mesmo quanto demora, naquele infernal vietnã público, um exame daqueles?
É assim que a politicalha abominável trata a gente de seu País, que lhes garante as mordomias, as aposentadorias integrais, e ainda a engana dizendo, como Lula, que "cuida" dos pobres.
Dilma Roussef, Lula, Aloísio Mercadante, José e Roseana Sarney, enfim, toda a politicalha brasiliense, quando o calo aperta, não vêm a São Paulo tratar-se no Hospital das Clínicas, mas no caro, luxuosíssimo hopsital particular Sírio Libanês, entre outros.
Aliás, não é de todo impossível que próprio pessoal do HC, do Cremesp e outras entidades que bem deveriam zelar pela saúde pública tenham lá seus convênios particulares. Alguém aposta um tostão contra a hipótese? O Serra que maltrata a nós, cidadãos medianos, e os pobres, é o mesmo que despreza os velhos, deixando de pagar-lhes os precatórios, patrocinando emendas no Congresso para dificultar ainda mais a quitação desses débitos. Com o apoio efusivo do prefeito Gilberto kassab, em seu primeiro e último mandato integral como prefeito de São Paulo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLuiz:
ResponderExcluirEu não sei em que área este Governo de São Paulo está acertando. Posso dizer, como professor de escola pública, que na da Educação não é, e na Saúde então, pelo seu relato, a coisa está vergonhosa. E olha que estes tucanos não podem culpar outras administrações passadas, pois estão no poder já há algum tempo.
Vou torcer para que seu filho melhore rápido.
jairo, obrigado. Ele está bem melhor, mas se o médico pediu um exame de mononucleose, e hepatite, além de hemograma, é porque achou necessário, ou não o faia num hospital de escassos recursos.
ResponderExcluirAí, ele me dá uma receita de encaminhamento para eu pedir ao residente no dia seguinte "olhar" o exame no computador. Onde já se viu "olhar" exame médico? Exames são feitos, com laudos, assinados e com diagnóstico. E mais, pertencem ao paciente.
Agora, se leva 30 dias para sair o resultado, o sujeito acha que sou bobo, que não mais o que fazer?
E os mais pobres, que atravessam a cidade para retornar à casa sem o exame?
Eu sempre procuro criticar oe elogiar participando da experiência, e acho que se as pessoas querem exercer cidadania, devem fazer isso: vão ao PS de sua cidade ou bairro, vejam, filmem, escrevam, critiquem.
Porque o pessoal mais humilde não apenas tem dificuldade em se expressar, como tem medo.
O CRM queria que mandasse a queixa por Fax, e eu perguntei-lhes em que séculos estão. Hoje, tudo é digitalizado, naõ tenho fax há anos.A impressora, barata, copia, escaneia, e imprime.
Pois bem, repeti a queixa ao Ministério da saúde e ao Conselho federal de Medicina. Dá trabalho, e não faço por raiva ou vingança. Faço para que todos, eu e os mais necessitados tenhamos um serviço decente, obrigação do Estado.
Na educação, li hoje umm editorial do estado, falando que 88 mil professores foram reprovados, que não têm condições de dar aula, e o Paulo Renato diz que a obrigação dele, secretário, é proporcionar a aula. Aula de quê?
Na sua área, física, exatas, há uma carência enorme. E como se supre isso? Incentivando via salário, cursos de aperfeiçoamento
Mas temos um piso nacional do magistério de 950 ( acho) enquanto etem aspone no Congresso, como o mordomo dos sarney, ganhando 12 mil. Secreta, o apelido dele, de secretário.
Juro pra ti Jairo, eu ando dia e noite com minha máquina fotográfica digital, que filma mais de meia hora. Então, quando pecisa, eu filmo, pra não dizerem que não era bem assim...
Você não acha que a USP e congêneres deveriam ser pagas, e o ensino médio e básico reforçados com essa economia?
Agora, a denúncia das fraudes do Detran, governo Alckimi, vc leu? Aquilo é verdadeiro,eu vi.
Não fabricam as placas antes,só na hora, se o cliente inisistir na de alumínio que custa 2,50. A maioria paga 90 pela de aço inox.
Tudo sem nota fiscal, claro. Foi em 2003, quando emplaquei minha moto. E são tucanos também no Detran do RS, o mesmo valor, 40 milhões.
Tucanos Sul, PMDB no norte/nordeste, em boa parte, PT, cada um fazendo o pior que pode na administração pública.
Não voto no Serra, nem na Dilma, muito menos em Ciro. Aí, vem o presidente do TSE dizendo que não se deve votar nulo. Como não? Se não há candidato em que eu confie, voto nulo, sim.
Abraços, vou dando notícias do caso.
O editorial do jornal vai no post seguinte. Não endosso nem recimino, porque não tenho conhecimento suficiente do assunto para opinar. Só sei que vai mal, agora por culpa de quem?
Existe aquela velha pergunta: quem é o responsável final? Quem planeja?
Professores reprovados
ResponderExcluirEditorial 27.1.2010 O Estado de SP
Os resultados da prova de seleção aplicada pela Secretaria Estadual da Educação para contratação de professores temporários da rede pública de ensino básico mostram por que a categoria se recusava a ser avaliada. Dos 181 mil docentes que se submeteram ao exame, preparado pela Unesp e aplicado em dezembro de 2009, cerca de 88 mil não alcançaram a nota mínima para lecionar. Ou seja, quase metade dos candidatos foi reprovada, não tendo acertado metade das 80 questões. E como um quinto da nota final vem de uma pontuação recebida pelos anos de serviço na rede, o desempenho médio dos docentes pode ter sido ainda mais constrangedor. Muitos reprovados já trabalham em sala de aula.
A prova de seleção dos temporários foi imposta em 2008 pelo governador José Serra. Até então, as exigências para a contratação eram apenas os diplomas dos candidatos e o tempo de serviço na rede escolar. Na ocasião, a Secretaria da Educação chegou a submeter os temporários a um teste, no qual 3 mil não acertaram nenhuma das 25 questões. Contudo, a categoria obteve na Justiça uma liminar, alegando que não havia base legal para a avaliação. Serra enviou, então, um projeto de lei à Assembleia Legislativa, que o aprovou em regime de urgência, no ano passado.
Contratados apenas para atender à demanda das escolas públicas do Estado, os temporários são professores que não realizaram concurso para ingressar na carreira do magistério público. Dos 230 mil docentes da rede pública de ensino médio, entre 40% e 50% tiveram contratos temporários ao longo de 2009. Muitos lecionam há anos e jamais haviam sido avaliados antes.
Ao obrigar os temporários a se submeterem a uma prova de seleção, o governo estadual queria estimular a categoria a se capacitar. Por isso, a Secretaria da Educação prometeu não recontratar quem não obtivesse média superior a 5 no teste aplicado em dezembro. Isso valia até para os professores com mais de três anos de trabalho na rede escolar, e que são considerados estáveis por uma lei estadual de 2007. Como não podem ser demitidos, a ideia era transferir os docentes reprovados das salas de aula para postos administrativos.
Segue...
Continuação-Editorial
ResponderExcluirAgora, com os resultados alarmantes da prova, a Secretaria da Educação está numa situação embaraçosa. Sem os professores temporários reprovados, ela não conseguirá oferecer aulas aos mais de 5 milhões de alunos que estudam nas 5,3 mil escolas da rede estadual. O problema é que, ao contratar docentes não qualificados, o governo estará dando um passo atrás em sua tentativa de melhorar a qualidade do ensino público no Estado. Que tipo de atividade didática esperar de quem não conhece a disciplina que ensina?
"Professores despreparados podem já ter causado prejuízo ao aprendizado dos alunos nos anos anteriores", diz o professor Paulo Braga Barone, do Conselho Nacional de Educação. "Minha primeira obrigação é garantir aulas aos alunos", rebate o secretário Paulo Renato Souza, admitindo a contratação de docentes não qualificados. A maior dificuldade está nas disciplinas de matemática e física, pois há muito tempo se registra um grande déficit de professores com licenciatura na área de ciências exatas. Para tentar minimizar o problema, o secretário está prometendo criar cursos a distância para capacitações em matérias específicas.
O problema, como reconhecem os especialistas, é que essas providências são emergenciais e seus resultados costumam ser duvidosos. O mais adequado seria criar cursos de formação continuada, oferecer bolsas de estímulo à capacitação docente e criar referenciais de qualidade para quem leciona na rede pública sem concurso. Essas medidas já fazem parte da política da Secretaria da Educação, mas sua implantação, além de ser lenta, esbarra em conflitos corporativos entre o governo e as lideranças sindicais do professorado. As autoridades educacionais reclamam do excesso de politização nas demandas dos docentes. E estes, por seu lado, reclamam da má qualidade do material didático.
Quem perde são os alunos, cuja formação está entregue a quem não tem condição de ensinar.
Luiz:
ResponderExcluirVamos encarar os fatos: Já estou dando aulas em escolas públicas há 20 anos, e infelizmente a verdade é que tenho visto muitos colegas professores muito mal preparados, bem como outros excelentes, que se esforçam para proporcionar aos seus alunos a máxima qualidade possível, dentro das limitações do espaço físico e material. Veja o exemplo do livro didático: Acredite, mas durante todos estes anos, até o ano passado, eu não podia contar com um livro de física, que os alunos pudessem usar e levar para casa para estudarem. Alguns alegavam que não tinham dinheiro para comprar, e então eu procurava trabalhar com aulas expositivas usando a lousa, e com listas de exercícios preparadas por mim, e que até recentemente eu colocava no meu blog, para que eles resolvessem, pois tenho a sorte de trabalhar em uma escola onde grande parte dos alunos tem em casa um computador com acesso à internet. Os que não tinham, iam a uma Lan House e imprimiam as listas.
Em 2009 chegaram os livros que eu escolhi e pedi através do PNLEM (Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio), e ao mesmo tempo, também tive que usar as apostilas do Governo do Estado de São Paulo, que se propõe a ensinar física de forma diferente da tradicional, com métodos de fato inovadores, mas muito difíceis de serem implantados, pelo que constatei. Talvez eu também esteja precisando me capacitar para conseguir trabalhar desta forma diferenciada, mas que no meu modo de ver, simplifica demais o conteúdo, deixando de lado o preparo para os exames vestibulares. Apenas não concordo que, em busca de uma estratégia que privilegie o aspecto, digamos, lúdico, de aprender os conceitos de física, estejamos marginalizando aqueles alunos que poderiam estar sendo preparados para prestar uma prova e conseguir entrar em uma universidade pública, e, de fato, tenho alguns alunos, com esta legítima ambição e capacidade. Sim, são minoria, mas sonham com isso.
Esta prova que o editorial do jornal se refere, realmente mostrou o despreparo de muitos professores. Eu, por ser da categoria dos efetivos, portanto concursado, não precisei fazê-la, mas já esperava por este resultado. Acho que quem deseja exercer a profissão de professor, e de fato merecer ser chamado como tal, deve, no mínimo, dominar o conteúdo de sua matéria, buscando constantemente se atualizar. Deve também ter um conhecimento das teorias que tratam de educação, de como se desenvolve e se constrói o aprendizado, as várias formas didáticas que favorecem as conquistas destes objetivos, que devem ser definidos em conjunto com a comunidade escolar, buscando sempre a participação dos pais, na busca por um modelo que contemple as necessidades da sociedade, no preparo para o trabalho, e procurando sempre promover conceitos de cidadania, respeito às diversidades sociais, culturais, étnicas, e religiosas, para que possamos melhorar as relações humanas, e contemplar um mundo melhor, com menos desigualdades e melhores condições de saúde, por exemplo, com médicos e atendentes em condições melhores de trabalho, que é o que a população muitas vezes sente falta, como ocorreu no seu caso.
ResponderExcluirEstou estudando para uma prova que vou fazer dia 3 de Fevereiro. O Secretário de Educação, Paulo Renato de Souza, resolveu estabelecer esta prova aos professores efetivos que querem ser promovidos por mérito. Até aí tudo bem, concordo que quem deve ter promoção e aumento de salários sejam os mais preparados. Apenas os 20% melhores classificados do Estado de São Paulo terão a tal promoção, e os demais não terão correção nenhuma no salário. Veja, não estou falando em aumento dos vencimentos, mas sim em reajuste, o que não é feito há muitos anos.
Outra coisa: Por que então não fazemos uma prova para o médico e a atendente do hospital em que você levou seu filho, e de acordo com o resultado, dando merecidas promoções ou não. Por que só os professores têm que provar que são bons para receberem aumento?
ResponderExcluirE mais, será que uma simples prova pode mostrar o conjunto de capacitações de um profissional? . O médico que te atendeu poderia muito bem passar em uma prova escrita, se houvesse, mas continuar te atendendo com desprezo.
A maioria das profissões envolve mais do que um conhecimento teórico. Envolve relações humanas, e como podemos avaliar este profissional somente através de uma prova?
Existem outros parâmetros que devem ser levados em conta. Veja, no seu caso: Poderia haver uma pontuação dada ao médico pelas pessoas que foram atendidas, através de um espaço aberto para reclamações, e este poderia ser um dos fatores que auxiliariam na promoção ou não deste médico. Da mesma forma, no caso dos profissionais de educação, há outros mecanismos auxiliares para se definir quem deve ou não receber mais.
Enfim, vou para por aqui, me preparar para esta prova, e tentar me encaixar nestes 20%, para tentar receber uma salário que me estimule a fazer cada vez melhor o que mais gosto na vida, que é ajudar os jovens de escolas públicas a entenderem um pouco melhor os fascínios da ciência, através do desenvolvimento do espírito crítico e investigativo, independente dos obstáculos que qualquer governo tente colocar no meu caminho.
Abraço.
Jairo, você lembrou o importante detalhe do material didático, que vc complementa pela internet. Os professores dos meus filhos também fazem isso, mesmo sendo colégio particular.
ResponderExcluirOutro dia, eu discutia com psicólogos a questão da cidadania, do ensino de solidariedade, respeito ao próximo, que, embora não seja talvez obrigação da escola, se deixado a cargo dos pais, talvez não seja feito.
De fato, correção salarial não é aumento. Ao menos isso deveriam estender a todos.
Um boa ideia essa da caixa de reclamações (e/ou elogios) nos hospitais ou órgão públicos. Mas aí vem o diabo dos detalhes: embora concorde que deva existir, muita gente não consegue se expressar por escrito de maneira inteligível, por carência educacional, mesmo. Mas vale a ideia, sim.
Professores são submetidos a provas, advogados fazem a prova da OAB, mas médicos, engenheiros, dentistas, não são obrigados.
Note o exame feito pelo Cremesp,facultativo, deu resultados escabrosos.Isso, porque só ia quem realmente tinha interesse, ou se achava preparado. Já imaginou se fosse obrigatório?
Acho que todo funcionário público (os privados já o são por seus chefes) deve ser avaliado periodicamente, e quanto melhor o for,mais incentivos deverá ter.
Mas são todos: juízes, policiais, promotores, etc.
Abraço, Boa sorte no exame. Sim, por mais preparado que se esteja, a sorte conta, diz o livro de Leonard Mlodinow.
CARTA - RESPOSTA
ResponderExcluirSão Paulo, 27 de janeiro de 2010
À Coluna São Paulo Reclama:
O Pronto Socorro do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP recebe cerca de 12 mil pacientes emergenciais por mês. Em suas dependências, são realizados atendimentos de alta complexidade como, por exemplo, a vítimas de acidentes. A qualidade das equipes médicas e os equipamentos de última geração, existentes no local, possibilitam a agilidade necessária para o salvamento diário da vida de dezenas de pessoas.
Como a estrutura do PS do HC é voltada ao atendimento emergencial, casos simples - como o do paciente citado pelo leitor Leitão da Cunha - deveriam ser encaminhados a hospitais de atendimento básico, para não sobrecarregar unidades terciárias. Ainda assim, em sua carta, o leitor Leitão da Cunha destaca “o tratamento médico irrepreensível e o zelo de enfermeiros e auxiliares” do HC. Seu filho chegou ao PS às 21h43, do último dia 17, recebeu completo atendimento e teve alta médica à 0h30.
Com relação às instalações, o leitor não atentou para o fato de que, atualmente, elas passam por obras de ampliação – as quais serão inauguradas em fevereiro. O leitor cita que seu filho foi atendido junto a um balcão com dois computadores. Justamente ali está localizada uma porta de aço que dá acesso às obras da nova unidade.
Além de proporcionar maior conforto em todo o PS, as obras garantirão 34 novos leitos destinados a pacientes em observação clínica ou que aguardam exames / cirurgias. Os novos leitos receberão cortinas divisórias e iluminação individualizada, em respeito à privacidade do enfermo. Com a inauguração, as instalações atualmente ativas passarão por adequações.
Enquanto a obra prossegue, contamos com a compreensão do senhor Leitão da Cunha, assim como a de outros 400 pacientes atendidos diariamente pelo Pronto Socorro.
Agência HC de Notícias
Núcleo de Comunicação Institucional - Assessoria de Imprensa
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Prédio da Administração – Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 225 - 3º Andar - São Paulo – SP
Obrigada por escrever e disponha do seu Estadão
São Paulo Reclama e Seus Direitos
Central de Atendimento ao Leitor e Defesa do Cidadão
O ESTADO DE S. PAULO
O Hospital tergiversa. Questionei o atendimento em público, filmado.
ResponderExcluirEle é permitido pelo CRM? Onde iria levar meu filho, àquela hora, se não ao PS do HC?
Moro no bairro, e a orientação é justamente que se atendam ali, preferencialmente, os moradores.
De fato, tecnicamente, fora o erro de previsão de prazo e entrega do médico, o atendimento foi irrepreensível. A isso se chama honestidade argumentativa. Elogiar o acerto, e denunciar o suposto erro.
Desonestidade, no mesmo quesito, é usar meu argumento favorável para fugir à resposta do talvez injustificável, se não eticamente vetado, atendimento na sala de espera.
O médico que atendeu meu filho nos deu uma guia para buscarmos os exames no dia seguinte, mas a médica que estava no plantão informou que exames de citomegalovirus levam até 30 dias para sair. Então, por que o médico, clínico geral formado, sabedor, decerto, da demora desse tipo de exame, que fez o atendimento, me fez perder tempo mandando que eu retornasse no dia seguinte, quando nem mesmo uma semana depois estava pronto?
Por que a médica recusou-se a me entregar o hemograma, que estava pronto? O exame pertence ao paciente! Deve ser impresso, interpretado, e assinado.
O hospital deixa de responder ao questionamento principal: É legal atender pacientes em público? E o sigilo médico?
O HC não vai além da sua obrigação perante o público, aliás, fica aquém. O deplorável governo Serra gasta 300 milhões em inúteis propagandas quando poderia e deveria estar empregando esses valores na saúde.
Resposta absolutamente evasiva.
Luiz M. Leitão da Cunha, Cerqueira César, São Paulo, capital.
Eles espertamente ressaltam a parte da sua carta em que você elogia a solicitude do médico, coisa que eu acho que deveria ser obrigação desses profissionais. Em contrapartida, eles não respondem ao questionamento sobre o erro do atendimento na sala de espera.
ResponderExcluirVergonha mesmo.