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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

PETN - Trinitrato de pentaeritritol

PETN - O explosivo por trás dessa sigla, trinitrato de pentaeritritol, é difícil de detectar e extremamente potente; bastam 100 g para destruir um carro.

O explosivo, cuja fórmula estrutural é esta acima, foi usado em 2001 pelo" homem-bomba do sapato", e agora, no atentado que por pouco não jogou pelos ares o voo 253 da Northwest Airlines.

Extremamente poderoso, permite que terroristas usem pequenas quantidades para causar grandes danos. E os cristais sem cor da substância, PETN ou trinitrato de pentaeritritol são difíceis de detectar, se carregados em um recipiente selado.

Richard Reid, o "shoe bomber", tentou acionar um dispositivo de PETN – em um jato da American Airlines voando para Miami em 2001 – e nesse verão um homem tentou assassinar um membro da família real Saudita, após despistar detectores de segurança, com uma carga de PETN dentro do corpo.

"Se alguém quiser algo confiável, este é o explosivo de escolha" diz Hans Michels, especialista em explosivos do Imperial College, em Londres.

O dispositivo supostamente usado por Umar Farouk Abdulmutallab consisitia em uma seringa e um recipiente de plástico maleável com 80g de PETN. Os restos da bomba estão sendo analisados num laboratório do FBI.

O PETN é relativamente estável, e pode ser detonado tanto por calor como por uma onda de choque. É possível que o suspeito tenha usado uma seringa transformada em detonador elétrico, mas é mais provável que estivesse carregada com nitroglicerina.

"Decerto houve uma falha entre a carga primária e a principal, que impediu a detonação do PETN. Ainda assim, se explodisse, o avião poderia pousar, porque já estava muito baixo," disse Michels.

Se a seringa usasse um detonador líquido, como a nitroglicerina, o dispositivo dificilmente teria sido notado pelos equipamentos comuns de segurança. Abdulmutallab passou pela segurança em Lagos, Nigéria, e Amsterdã, Holanda, após ter sido submetido a detectores de metal, e sua bagagem, a raios-X.

Michels disse que mesmo mecanismos mais sofisticados, que "farejam" passageiros em busca de explosivos, analisam até as pregas das roupas e pertences, poderiam falhar na detecção do PETN.

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