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domingo, 27 de dezembro de 2009

Deserto político

Não costumo ver televisão, mas, às vezes, o faço por osmose, quando alguém está assistindo perto de mim.
Foi assim que ouvi uma propaganda de auto-elogio do governo de São Paulo, leia-se José Serra, enaltecendo as estradas paulistas, "as melhores do Brasil".
De fato, são muito boas,embora ao custo de pedágios caríssimos.
No entanto,a questão aqui não é discutir preços, mas a esperteza da omissão e a inutilidade da propaganda, paga por nós.
A administração dos pedágios foi privatizada, e por isso as estradas são boas, segundo quem as elogia. Logo, sua qualidade não é mérito de Serra.
O governo Serra é o que mais gasta em propaganda, abaixo do governo federal, mas, francamente, queimar dinheiro público para elogiar estradas, quando seu governo deve vários bilhões em dívidas de precatórios (dívidas governamentais para com terceiros, julgadas e deferidas pela Justiça) e o sistema de saúde tem, ainda sérias deficiências, é jogar dinheiro no lixo.
Alguém assim serve para presidir o Brasil? Mas não pense o (a) gentil leitor(a) que considero Dilma Rousseff uma opção a Serra. Dilma é um factóide, a imagem da incompetência e arrogância.
Sobrou quem? Ciro Gomes? Ciro é imaturo, não raro reage com palavrões a questionamentos da imprensa, não tem equilíbrio para o cargo. Sobra Marina Silva. Eu poderia dizer que ela demorou a sair do PT, só nesta última defecção pós-defesa (ou, mais apropriadamente, operação salvação) de José Sarney.
Do ponto de vista ético, não faria diferença ela mudar de partido, todos estão na lama. Se foi para o PV, é porque não poderia ser candidata pelo PT, mas suas chances são ínfimas.
Agora, nos tempos de PT, por ocasião dos incontáveis escândalos, nunca se a viu levantar uma voz de indignação, como o fez, entre raros outros, o senador Pedro Simon, do PMDB-RS. Enfim, temos aí um deserto político, que leva à conclusão de que nada vai mudar em 2010. A não ser que o acaso decida tomar as rédeas do processo...
E Aécio Neves? Por enquanto, ele desistiu da pré-candidatura. Mas sempre pode dar uma de Aloízio Mercadante e" desrenunciar".

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