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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Propaganda caríssima

Governo pede mais R$ 110 milhões para publicidade
Eduardo Militão, Congresso em Foco
O governo federal quer mais R$ 110 milhões para gastar com publicidade em 2010, quando serão disputadas as eleições presidenciais. A proposta orçamentária enviada ao Congresso diz que deverão ser gastos R$ 700 milhões nas ações de publicidade institucional e de utilidade pública, ou 19% em relação ao autorizado para este ano. Nessa conta, porém, não entra a previsão dos gastos com publicidade das estatais.
A Presidência da República vai gastar com publicidade mais do que os ministérios da Saúde e da Educação. O Palácio do Planalto terá R$ 212 milhões, seguido pela Saúde, com R$ 128 milhões. O Ministério da Educação está na quinta posição, com R$ 27 milhões.
A assessoria afirma que os dois principais aumentos publicitários dizem respeito ao Ministério da Saúde e ao IBGE. “O Ministério da Saúde lançará campanhas de mobilização para vacinação contra o vírus da influenza A-H1N1 e contra a hepatite e a pneumonia, ambas não realizadas em 2009. O IBGE realizará censo populacional de grandes proporções no próximo ano”, diz a Secretaria de Comunicação.
Na hipótese de a lei eleitoral ser desconsiderada e a execução das despesas com propaganda seguir a tendência dos últimos anos, em 2010, os gastos publicitários do governo serão de cerca de R$ 500 milhões.
Mas isso não é tudo: os governos estaduais e municipais também têm gastos absurdos com propaganda.
O Estado de São Paulo torrou R$ 59,3 milhões, a prefeitura da capital, R$ 56,3 milhões.
Mas isso é passado: em 2010, a prefeitura de São Paulo, que não consegue dar atendimento decente, rápido, eficaz, em suas AMAs, unidades de saúde, vai bater o recorde.

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) planeja aumentar despesas com propaganda em 31% no ano que vem, atingindo a incrível cifra de R$ 105 milhões para divulgar obras e campanhas. Obras não se divulgam, executam-se.

Kassab pretendia gastar, em 2009, R$ 31 milhões, cifra aumentada para R$ 80 milhões. Mas, o céu parece ser o limite. Somente o município de São Paulo gastar R$ 105 milhões em propaganda é indefensável.

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