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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Areias betuminosas em expansão / Expanding oil sands

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O projeto das areias betuminosoas segue adiante
A Imperial Oil, subsidiária canadense da Exxon, no Brasil conhecida como Esso, interrompeu a queda nos investimentos nas areias betuminosas do Canadá ao anunciar, segunda-feira, que a companhia irá prosseguir com um investimento de US$ 7,1 bilhões no projeto de mineração de areia betuminosas do projeto Lago Kearl , localizado 44 milhas a nordeste de Fort McMurray, em Alberta.
Um parêntese para que o leitor não pense que o assunto é enfadonho e técnico, e abandone a leitura do texto: o sistema de extrair óleo das areias betuminosas e depois refiná-lo em derivados de petróleo é seguramente o mais sujo e ambientalmente desastroso processo de obtenção de energia.
A Imperial diz que o Projeto Kearl, estimado para operar durante meio século, 50 anos de devastação ambiental, irá finalmente dar um retorno de 300 mil barris de betume - uma susbtância espessa, pegajosa, que pode ser processada e transformada em óleo combustível. A preparação do local, na verdade, começou ano passado, e a operação de mineração se iniciará em 2012. Autoridades federais e provincianas revisaram a proposta de Kearl Lake em 2006, e um painel conjunto emitiu uma recomendação favorável, em 2007, advertindo que a companhia deverá adotar várias medidas de reparação de danos. Ano passado, quatro organizações ambientais, inclusive o Sierra Club do Canadá, e o Instituto Pembina, contestaram a decisão na Justiça Federal. "Eu não creio que esteja sendo gasto tempo suficiente pelos reguladores federais ou pelos reguladores de Alberta para verdadeiramente assegurar que eles sabem como gerenciar a paisagem ao final do dia," disse Sean Nixon, o advogado representante dos grupos ambientais, em uma entrevista à Canadian Broadcasting Corporation.
A ação da Imperial está sendo vista por alguns observadores da indústria energética como evidência de novo ânimo nos problemas do óleo, que tem sido duramente atingido por preços em queda e cancelamento de projetos que valem bilhões de dólares. Deborah Yedlin, colunista do Calgary Herald, notou terça-feira que "a decisão vem na iminência da legislação climática que está cada ver mais próxima de ser aprovada" nos Estados Unidos.
(Uma mudança substancial na legislação climática e enrgética, que inclui o delineamento de um sistema de cap-and-trade (uma legislação que permite a certas partes do país poluírem mais do que poderiam, adquirindo "créditos de poluição") foi aprovada pelo Comitê de Comércio e Energia da Casa semana passada. Se a lei passar, é provável que haverá um impacto negativo no desenvolvimento das areias betuminosas de Alberta). Ainda, o próprio fato de a Imperial forças a antecipação de Kearl em um momento de incertezas regulatórias sem precedentes a partir de uma perspectiva ambiental," escreveu a srta. Yedlin, "deve ser visto como um sinal encorajador sobre o contexto da forma como a legislação final será redigida".
Notícias sobre a decisão, divulgadas pela direção da Imperial, vêm poucos dias após o Greenpeace do Canadá e o Greenpeace Nórdico falharam em convencer a direção da StatoilHydro, o conglomerado norueguês de energia, a encerrar seus investimentos em areias betuminosas.
Após adquirir quatro ações da Statoil, o Greenpeace empreendeu uma campanha estridente contra as areias betuminosas na Escandinávia, há poucas semanas. A companhia encaminhou a reclamação para ser tratada em seu encontro anual. O grupo ambientalista está conseguindo algumas mudanças positivas para contrabalançar as perdas.
"Embora a moção não tenha sido vencedora," disse o Greenpeace em comunicado, " a iniciativa recebeu 3,6 milhões de votos".
A campanha, completou o grupo, foi discutida durante "mais da metade do discurso" proferido no encontro pelo executivo-chefe da Statoil, Helge Lind, e ocupou "a última hora do encontro."
Oil Sands Project Moves Forward
Imperial Oil, Exxon’s Canadian subsidiary, has broken the oil sands investment slump with an announcement on Monday that the company will proceed with a $7.1 billion project to mine bitumen from the Kearl Lake project, located about 44 miles northeast of Fort McMurray, Alberta.
Imperial says the Kearl project, which is expected to operate for half a century, will eventually yield a daily average of 300,000 barrels of bitumen — a thick, sticky substance that can be processed into fuel oil. Site preparation actually began last year, and the mining operation will commence in 2012.
Federal and provincial officials reviewed the Kearl Lake proposal in 2006, and a joint panel issued a favorable recommendation in 2007, with the caveat that the company undertake various remediation measures.
Last year, four environmental organizations, including the Sierra Club of Canada and the Pembina Institute, challenged that decision in federal court.
“I don’t think there’s enough time being spent by federal regulators or Alberta regulators in actually making sure they know how to manage the landscape at the end of the day,” said Sean Nixon, the lawyer representing the environment groups, in an interview with the Canadian Broadcasting Corporation.
Imperial’s move is being hailed by some energy industry observers as evidence of new life in the oil patch, which has been hard hit by falling prices and cancelled projects worth billions of dollars.
Deborah Yedlin, a columnist with the Calgary Herald, noted on Tuesday that the decision “comes on the heels of climate change legislation that’s getting closer to being passed” in the United States.
(A major climate change and energy bill, which includes the outlines of a cap-and-trade system, was approved by the House Energy and Commerce Committee last week. Should the bill pass, it is likely to have a negative impact on Alberta’s oil sands development.)
“Still, the very fact Imperial is forging ahead with Kearl at a time of unprecedented regulatory uncertainty from an environmental perspective,” Ms. Yedlin wrote, “has to be seen as an encouraging sign in the context of how the final legislation will be written.”
News of the decision, made by Imperial’s board, comes just days after Greenpeace Canada and Greenpeace Nordic failed to persuade the board of StatoilHydro, the Norwegian energy conglomerate, to withdraw from its own oil sands venture.
After acquiring four Statoil shares, Greenpeace conducted a high-profile anti-oil sands campaign in Scandinavia in recent weeks. The company addressed the challenge at its annual meeting.
The environmental group is putting a positive spin on its loss.
“Although the motion was not carried,” Greenpeace said in a release, the “initiative received 3.6 million votes.”
The campaign, the group added, was addressed in “more than half the speech” given at the meeting by Statoil’s chief executive, Helge Lund, and it occupied “the last hour of the meeting.”

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