(Muito) dinheiro e poder é tudo o que importa, e a sordidez dos bancos
não tem limites.
A cidade de Cleveland, Ohio, está processando 21 grandes bancos, a quem cupla pela crise financeira que acomete a cidade, por haverem inundado o mercado imobiliário local com empréstimos hipotecários "subprime", ou de baixa qualidade, sabendo que muita gente não poderia acarcar com os pagamentos.
Na Inglaterra tambpem foi assim, bancos e/ou agentes financeiros incitavam candidatos a empréstimos a mentir sobre seus rendimentos.
As autoridades locais almejam recuperar centenas de milhões de dólares por danos supostamente causados por bancos como JP Morgan, Merril Lynch, Bank of America, Citibank, Lehman Brothers, Goldman Sachs, Deutsche Bank e Credit Suisse, entre outros. Gente da pesada.
A petição judicial, acessível, em inglês, em http://www.citi.cleveland.oh.us/ , diz que a grande banca americana emprestou dinheiro durante anos de maneira irresponsável a pessoas sem meios de pagá-los.
Em conseqüência, Cleveland, com 450 mil habitantes, antes líder nacional em recuperação de empréstimos, encontra-se imersa em uma onda de inadimplência de empréstimos hipotecários.
Isso conduziu ao abandono de bairros inteiros, tomados por saqueadores e delinqüentes, solapando as bases fiscais sa cidade, que perdeu ingresso de divisas e teve de gastar mais em prevenção de incêndios, proteção policial e demolição de prédios.
Para a prefeitura municipal, é evidente que so que venderam as hipotecas deveriam saber, e certamente sabiam, que sua política de crédito levaria a uma explosão de execuções, com danos à cidade.
Para o leitor ter uma idéia, entre 2002 e 2007, as execuções passaram de 120 para 7.583, de modo que, ano passado, uma média de 20 proprietários por dia são ameaçados com execuções.
O prefeito de Cleveland, Frank G. Jackson, reiterou que pretende obter judicialmente dos responsáveis o dinheiro para reerguer a cidade.
A prefeitura de Cleveland lamenta ter-se convertido no símbolo nacional da crise hipotecária.
A crise hipotecária americana (e não só) é caso de polícia, coisa de mafiosos. Alguém famoso já contou que seu pai lhe dizia para, ao avistar um banco, atravessar a rua, mudar de calçada.
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