Astronomia, astrofísica, astrogeologia, astrobiologia, astrogeografia. O macro Universo em geral, deixando de lado os assuntos mundanos. Um olhar para o sublime Universo que existe além da Terra e transcende nossas brevíssimas vidas. Astronomy astrophysics, astrogeology, astrobiology, astrogeography. The macro Universe in general, putting aside mundane subjects. A look at the sublime Universe that exists beyond Earth and transcends our rather brief life spans.
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sábado, 27 de outubro de 2007
Reclassificação da maconha
Há duas semanas, publiquei um artigo sobre liberação de drogas. Hoje, a BBC divulga uma reportagem sobre o consumo de maconha na Inglaterra após a reclassificação da droga. Confira:
O consumo de maconha entre os britânicos está em queda desde 2003, apesar da mudança da lei, em 2004, que reclassificou a planta como droga de classe menos perigosa e eliminou a pena de prisão para os consumidores, segundo indicam estatísticas divulgadas pelo Ministério do Interior da Grã-Bretanha.
A pesquisa anual sobre consumo de drogas realizada pelo ministério indica que a porcentagem de jovens entre 16 e 24 anos que disseram ter consumido a droga nos 12 meses anteriores caiu gradativamente nos últimos anos, de 26,2% no período 2002/2003 para 20,9% entre 2006 e 2007.
A proporção de pessoas entre 16 e 59 anos que dizem ter consumido maconha em algum momento de sua vida, porém, se mantém praticamente estável: 30,6% em 2002/2003 e 30,1% em 2006/2007.
O governo britânico havia mudado a classificação da maconha, em janeiro de 2004, passando a agrupá-la entre substâncias menos nocivas.
A droga, anteriormente agrupada na classe B, de substâncias consideradas de perigo médio, juntamente com anfetaminas e barbitúricos, passou a ser classificada na classe C, que inclui drogas consideradas menos perigosas, como os esteróides anabolizantes.
Com a reclassificação, os consumidores pegos fumando maconha passaram a ter a droga confiscada e recebem uma advertência, em vez de responder a processo criminal.
O argumento do governo, na época, era de que a mudança permitiria à polícia se concentrar no combate ao tráfico e ao uso de drogas como o crack, a heroína e a cocaína, classificadas na categoria A, de substâncias mais pesadas.
Mais cocaína
Os dados da pesquisa do Ministério do Interior, porém, indicam um aumento no consumo de cocaína desde que a mudança foi adotada.
Entre 2002 e 2003, 5,1% dos jovens entre 16 e 24 anos declararam ter consumido cocaína no ano anterior à pesquisa. Entre 2006 e 2007, esse percentual aumentou para 6%.
No mesmo período, entretanto, o consumo de outra droga de classe A, o ecstasy, caiu de 5,8% dos jovens pesquisados, em 2002/2003, para 4,8% entre 2006 e 2007.
Outras drogas consideradas pesadas, como crack, LSD e heroína, tiveram o consumo praticamente estável nesse período.
Em julho, o governo britânico encomendou a uma comissão oficial uma nova análise sobre a questão para a possível revisão da mudança de classificação da maconha, após notícias de que o mercado britânico estava sendo invadido por uma variedade mais forte da droga, conhecida como “super-skunk”. COMENTÁRIO: Na verdade, não houve liberação, porque a droga continua sendo apreendida, mesmo dos simples usuários. Mesmo assim, o consumo caiu, como o de ecstasy. O texto da BBC diz que a maconha era classificada no mesmo nível de outras drogas como anfetaminas e barbitúricos, e foi rebaixada para o dos anabolizantes, considerados menos perigosos - mas eu os considero tão ou mais perigosos que as anfetaminas. Mas se o governo britânico classificava a maconha no mesmo nível das anfetaminas, por que mantê-la na ilegalidade? A conclusão da reportagem é que, mesmo com tudo o que foi gasto pelo governo, o consumo de vários tipos de droga se manteve estável. Logo, de nada adiantou, para a sociedade, a proibição.
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