Extinção acelerada

O primeiro grande alerta sobre a ecologia foi dado em 1987 pela ex-primeira-ministra da Noruega Gro Harlem Bruntland, em seu informe "Nosso futuro comum": O custo da pobreza, em sofrimento humano e na degradação ambiental tem sido largamente ignorado". Vinte anos depois, a população cresceu 34%, e a renda per capita cerca de 40%, mas as coisas parecem não ter melhorado, segundo a ONU. Em um texto de 572 páginas, feito por 1000 especialistas, destacam-se os grandes problemas do meio-ambiente.

A sexta extinção: As espécies estão se extinguindo a taxas 100 vezes mais rápidas do que as observadas em registros fósseis, por causa de mudanças no uso do solo, a perda dos habitats, a superexploração dos recursos naturais e a expansão das espécies invasoras. Desde a época dos dinossauros, o mundo não vive nada parecido.

Aqui vai um dado interessante: A perda da biodiversidade dos cultivos. Apenas 30 tipos de cultivo geram 90% das calorias consumidas no mundo. O consumo massivo de recursos naturais supera a produção de matérias primas, quer dizer, a humanidade consome cada vez mais do que o planeta consegue gerar.

A chamada demanda ecológica da humanidade significa a proporção entre o consumo e a produção pela superfície terrestre. A população mundial chegou a um estado em que a demanda supera a capacidade de produção. Diz a ONU que a demanda da humanidade é de 21,9 hectares por pessoa, enquanto a capacidade biológica da Terra é de 15,7 hectares por pessoa. Cerca de 60% dos ecossistemas estão superexplorados, e pesca-se 4 vezes mais do que os oceanos suportam.

Sempre é bom lembrar que é precido duvidar dos números e interpretações da ONU. De qualquer forma, fica o registro.