A multinacional Johnson & Johnson resolveu encrencar com a Cruz Vermelha Internacional, entidade que presta serviços humanitários em todo o mundo, socorrendo vítimas de cataclismas, guerras, etc. O problema é que o logotipo da Cruz Vermelha é exatamente o mesmo que o da Johnson & Johnson, e usado há anos, sem problemas. Como a Cruz Vermelha tem usado o símbolo em produtos que vende para arrecadar fundos, a J & J resolveu processá-la, alegando que ela só deveria utilizar a imagem da cruz para fins não lucrativos, mas não é de lucros que se trata, e sim da venda de produtos cujos recursos serão empregados em benefício de gente em situação de necessidade extrema. Obsceno, não é mesmo? Foi o que disse o presidente da CVI:
"Uma empresa multibilionária processar a CV, acusando-a de violar a lei, de cometer um crime, é obsceno". A Johnson começou a usar o logotipo com a cruz vermelha SEIS ANOS após a criação da Cruz Vermelha Internacional, que arrecada com a venda destes produtos, vejam só, US$10 milhões, uma gota d'água no faturamento da multinacional farmacêutica. É verdade que a Johnson doou US$5 milhões nos três anos passados à Cruz Vermelha. Mas também é certo que seus dirigentes cometeram um erro fenomenal, porque compraram uma briga com o Congresso dos EUA e possívelmente serão derrotados na Justiça. E sua imagem sairá manchada deste episódio.
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