Carlos Lamarca foi capitão do Exército Brasileiro, do qual desertou e furtou dezenas de fuzis, sub-metralhadoras e muita munição. Assaltou bancos e assassinou, pelas costas, um guarda-civil, torturou e matou a coronhadas um tenente da polícia militar e executou um policial federal, nos anos 70. Ontem, noticiou-se que a generosa Comissão de Anistia o promoveu, postumamente, a coronel, e concedeu à sua viuva um substanciosa pensão mensal de cerca de R$12 mil, correspondente à de general-de-brigada.
Naquela mesma época, terroristas, que hoje são chamados de guerrilheiros, jogaram um carro-bomba contra uma guarita do QG do II Exército, em São Paulo, matando o sentinela, soldado Mario Kozel Filho. Aos pais de Kozel, o governo paga pensão mensal de R$330,00, hoje menos um salário-mínimo, e o promoveu postumamente a sargento. Seu nome foi dado à avenida em frente ao quartel onde servia e morreu. Pelo visto, o desafortunado soldado estava do lado errado...
A pátria foi generosa com o traidor e frugal em relação ao soldado fiel e inocente. O valoroso capitão desertor morreu combatendo a ditadura militar para implantar outra, pior, em seu lugar. Um lunático a quem não foi dada, pela população, procuração nem tampouco apoio para cometer crimes em nome de uma ideologia torpe. Os que o apoiaram e hoje incensam sua memória deveriam, por coerência, gritar contra a ditadura de Fidel Castro, defender os presos políticos que apodrecem nas marmorras da ilha onde se fantasia a democracia. Bradar contra Hugo Chávez, que faz com a imprensa, no mínimo, o mesmo que fez o regime militar brasileiro. Aliás, Chavéz é tenente-coronel do Exército venezuelano, um ditador na maior acepção da palavra.
A que ponto chegamos, defender autores de crimes como tortura e assassinato, inadmissíveis pela Convenção de Genebra! O Brasil reescreve e falsifica sua história recente... Chegou-se à quintessência da inversão de valores!
Quem é pela vida jamais defenderá crimes de sangue em nome do que quer que seja.
Por justiça o blogue publica aqui não a foto do desertor, mas a do soldado Kozel, assassinado aos 18 anos.
Vejo uma relação entre dois de seus comentários como se eles formassem um par. Este "A homenagem errada" e o "Relaxa e goza". Os políticos de esquerda que supostamente defendem ideais democráticos, como o caso dos políticos do PT, têm uma face sizuda e até mesmo mal humorada quando estão fora do poder e "combatendo" a direita e a corrupção. Quando estão no poder permitem-se atitudes ora grosseiras, ora infantis, com falas que tangenciam a idiotia plena, como aquela vez que o Lula disse que iria ao "ponto G" do crescimento da economia e agora a dona Marta Botox mandando os passageiros dos vôos atrasados relaxarem e gozarem. Dessa forma, não é a homenagem ao Lamarca que está errada. Ela apenas faz parte dessa comédia de erros que além de parecer que não vai acabar nunca, está sempre a nos surpreender como novos fatos ligados à corrupção e frases idiotas ditas por pessoas que perderam o respeito por si próprias e querem induzir o povo a acreditar que ser de esquerda é ter uma linguagem chula para os holofotes e câmeras. Como dizia o velho Lula nos tempos em que era oposição, em seu português muito peculiar: "Menas maracutaia, companheiro!"
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