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terça-feira, 1 de maio de 2007

A ditadura da mediocridade

Reclamamos, com carradas de razão, da mediocridade de nossa política, mas um olhar mundo afora permite ver que cabeças miúdas são uma constante em vários países. O lugar comum "o brasileiro não sabe votar" serve perfeitamente para os franceses e os venezuelanos, que não são obrigados a votar, é uma verdade insofismável nos EUA, onde se elegeu e reelegeu George W. Bush, ou, ainda, na Bolívia e no Equador. Quase às vésperas das eleições, que escolhas têm os cidadãos na França entre o direitista Nicolas Sarkozy, um estúpido que se referiu aos imigrantes como escória quando era ministro do Interior, e Ségolène Royal, essa esquerdista que hoje posa ao lado do radical José Bové, aquele mesmo que, em visita ao Brasil em 2001, participou da destruição de mudas da multinacional Monsanto? Estaremos nós, eleitores, irremediavelmente fadados a ter de escolher entre o menos ruim de dois, sempre imposto pela ditadura cartorial dos partidos políticos? José Serra ganhou disparado em São Paulo as eleições para governador, e há pouco tempo teve participação importante na eleição do atual presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, desprezando solenemente a candidatura de seu colega de partido Gustavo Fruet. No Brasil ou alhures, não haverá uma democracia digna do nome enquanto as coisas permanecerem deste jeito, com candidatos "prontos", pré-fabricados através de acordos de cavalheiros e acertos interpartidários, ou mesmo com eleição de parlamentares não pelo voto direto, mas pelos conquistados pelas agremiações.

É a ditadura da mediocridade.

3 comentários:

  1. Leitão

    Você tem razoa eu votei no Serra e me arrependi justamente por causa desta adesão disfarçada ao governo federal e á sua base de apoio

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  2. O líder ultradireitista Jean-Marie Le Pen recomendou nesta terça-feira, 1º, que seus simpatizantes se abstenham "maciçamente" no segundo turno das eleições presidenciais do próximo domingo e pediu que "tomem a revanche" no pleito legislativo de junho, que são "essenciais para a França".

    APESAR DE SER UM FIGURA PATÉTICA, LE PEN TEM RAZÃO.

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  3. Nao acho que seja ruimvotar na Segolene. Pior seria Sarkozy ou em branco.

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