Uma galáxia pode se esconder atrás de outra? Não no caso de SDP.81. Aqui, a galáxia em primeiro plano, mostrada em azul numa imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble, atua como uma enorme lente gravitacional, atraindo luz de uma galáxia ao fundo, mostrada em vermelho em uma imagem obtida em ondas de rádio pelo Atacama Large Millimeter Array (ALMA), ao redor dela, mantendo-a visível.
O alinhamento é tão preciso que a distante galáxia é distorcida em parte de um anel ao redor da galáxia em primeiro plano, uma formação chamada Anel de Einstein. Uma análise detalhada das distorções das lentes gravitacionais indica que uma pequena e escura galáxia satélite participa das deflexões, reforçando as indicações de que muitas galáxias satélites são bastante esmaecidas e dominadas por matéria escura.
A pequena galáxia é representada por um pequeno ponto branco à esquerda. Embora estendendo-se por apenas alguns arcossegundos, este Anel de Einstein tem, realmente, dezenas de milhares de anos-luz de diâmetro.
Tradução de Luiz Leitão da Cunha
Can one galaxy hide behind another? Not in the case of SDP.81. Here the foreground galaxy, shown in blue in an image taken by the Hubble Space Telescope, acts like a huge gravitational lens, pulling light from a background galaxy, shown in red in an image taken in radio waves by the Atacama Large Millimeter Array (ALMA), around it, keeping it visible.
The alignment is so precise that the distant galaxy is distorted into part of a ring around the foreground galaxy, a formation known as an Einstein ring. Detailed analysis of the gravitational lens distortions indicate that a small dark satellite galaxy participates in the deflections, bolstering indication that many satellite galaxies are quite dim and dominated by dark matter.
That small galaxy is depicted by a small white dot on the left. Although spanning only a few arcseconds, the featured Einstein ring is really tens of thousands of light years across.
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